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ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  6/10/2018  •  Artigo  •  3.190 Palavras (13 Páginas)  •  231 Visualizações

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A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PARA O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Josseane Mengue França¹

Liliam dos Santos¹

Patricia Rodrigues de Lima¹

Tatiana Pereira Gomes¹

Professor Tutor: André Ricardo Gonçalves Dias ²

RESUMO

Este artigo objetiva apresentar uma reflexão geral sobre a influência do espaço físico no desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos. Foram realizadas pesquisas em livros sobre o assunto, e uma entrevista com a diretora de uma escola municipal de educação infantil de Novo Hamburgo, questionando-a se haviam traços das propostas teóricas da metodologia de Reggio Emilia, os quais discutem a importância da interação entre educador e educando e da organização dos espaços, do papel do educador e também como se dá à relação da criança com o meio proporcionado a ela. Os espaços que se constituem dentro do contexto da educação infantil devem ser preparados para criança e com a criança, respeitando o direito que ela tem de buscar construir a sua autonomia, sua identidade bem como, o seu próprio conhecimento e ao educador infantil cabe o papel de reconhecer sua verdadeira e importante função na escola.

Palavras-chave: Criança, Espaço, Educação Infantil.

1. INTRODUÇÃO

Salientamos a relevância da organização do espaço no processo educativo, como o mesmo auxilia e contribui para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, as diferentes organizações que possibilitam interação entre os membros e experiências significativas, facilitando assim na prática educativa. A maneira como o espaço escolar é organizado deve ser repensado para que seja promotor do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças, principalmente na Educação Infantil.

Sabe-se que a adaptação da sala com os espaços diversificados contribui para proporcionar um aprendizado expressivo as crianças. Neste sentido entende-se que a transformação do ambiente e da descoberta pela criança de que muitos mundos cabem em uma sala. Este trabalho tem como objetivo apontar a percepção das crianças sobre a organização do espaço na Educação Infantil. O mesmo propõe apresentar como deve ser a organização dos espaços para o brincar na educação infantil, a composição dos espaços de uma EMEI do município de Novo Hamburgo, e das escolas de Reggio Emilia.

Nessa pesquisa de campo foi aplicado um questionário aberto com (1- Na escola se faz uso

da proposta pedagógica de Loris Malaguzzi? Porque? 2- Como é a composição dos espaços para o brincar na escola? 3- Qual a importância da organização dos espaços para o brincar? 4- Dentro do ambiente da educação infantil estes espaços devem ser preparados por quem? 5- Existem mudanças periódicas nestes espaços? E quais os resultados? 6- No ponto de vista da escola qual a importância da interação entre educador e educando?

Esta entrevista foi realizada na EMEI Negrinho do Pastoreio da rede municipal de Novo Hamburgo com a diretora Romilda.

2. A CRIANÇA E A INSTITUIÇÃO

As escolas de educação infantil são de grande valia, pois além de acrescentar a ação da família faz a intermediação entre o sujeito e a sociedade e promove a construção do conhecimento, divulga a cultura e possibilita que a criança se humanize, socialize e eduque-se. Gradualmente a criança vai mudando seu comportamento deixando de imitar o adulto e vai segue os modelos e valores que são passados pela escola expandindo sua autonomia e se integrando ao grupo social. É na escola que se elabora uma das maiores partes das perguntas e respostas necessárias a compreensão de nossa vida, sociedade e cotidiano.

A educação infantil é um estágio em que a criança está em desenvolvimento de descobrir a si mesma e o mundo ao seu redor. Por isso os espaços ricos e diversos em materiais proporcionam caminhos livres as crianças para que possam ter a oportunidade de saciar sua curiosidade e descobrindo. Nesta fase grande parte do desenvolvimento se dá através da atuação da criança sobre a simples e rica forma do brincar e de explorar o brinquedo.

É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções. Essa qualificação do espaço físico é que o transforma em um ambiente. [...] nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice- versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma clara. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado. (HORN: 2004, p. 28)

2.1 DOCENTE, CRIANÇA E OS ESPAÇOS

É na brincadeira e na recreação que a criança expressa com entusiasmo consigo mesma, com os colegas, com o meio, formando a individualidade, desenvolvendo autoconfiança e se tornando independente.

O brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagens das crianças, como, por exemplo, as de escolher, imitar, dominar, adquirir competências, enfim de ser ativo em um ambiente seguro, o qual encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais. (HORN: 2004, p.71)

Trabalhar em ambientes de atividades diversos é analisar a organização do espaço e do trabalho que oferece várias possibilidades de atividades ao mesmo tempo, de modo que os pequenos possam optar onde estar e o que fazer. Num espaço organizado, busca-se o equilíbrio entre aquilo que é novo para a criança e aquilo que é familiar, momento em que retoma ações e brincadeiras.

Ao estruturar e organizar continuamente sua sala, o educador favorece o envolvimento das crianças em brincadeiras entre elas, sem necessidade de interferência direta; dessa forma ele fica mais disponível para aquelas crianças que procuram interagir com ele. (CARVALHO: 2003, p.154)

Uma organização do espaço bem elaborada reflete no que o professor compreende sobre a criança, e como ele incentiva a sua autonomia. Facilita as convivências entre os sujeitos e planeja a partir do conhecimento prévio das crianças, atentando-se com o favorecimento do autoconhecimento, a autonomia e a evolução das habilidades, cognitivas, afetivas, social e cultural.

Este tipo de organização deixa o livre acesso das crianças na sala um momento em que elas exercitam sua autonomia. Aprendem a escolher e a tomar decisões, a se responsabilizarem por suas ações e cuidar dos objetos desses espaços.

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