Os Ambientes Virtuais

SANTOS, Edméa Oliveira dos. A Construção De Ambientes Virtuais De Aprendizagem: Por Autorias Plurais E Gratuitas No Ciberespaço. Disponível em: <http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf>. Acesso em: 25 de maio, 2014.

Com o artigo “A construção de ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias plurais e gratuitas no ciberespaço”, Edméa Oliveira dos Santos apresenta o conceito de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), mostrando suas potencialidades, como criá-los e como administrá-los.

Segundo a autora, um ambiente virtual é aquele onde há interação entre seres humanos e objetos técnicos, podendo haver a aprendizagem.

“Os novos paradigmas epistemológicos apontam para a criação de espaços que privilegiem a co-construção do conhecimento, o alcance da consciência ético-crítica decorrente da dialogicidade, interatividade, intersubjetividade. Isto significa uma nova concepção de ambiente de aprendizagem – comunidade de aprendizagem que se constitua como ambiente virtual de aprendizagem” (SANTOS, 2013, p. 1).

A aprendizagem oriunda da utilização de AVA possibilita que todas as pessoas tenham acesso a conteúdos multimidiáticos, hipertextuais, mixados e passíveis de simulações. Além disso, há a possibilidade de interação com outras pessoas, tanto o criador da página, quanto outros usuários. “Através de interfaces, o digital permite a hibridização e a permutabilidade entre os sujeitos da comunicação. Emissores podem ser também receptores e estes poderão ser também emissores” (SANTOS, 2013, p. 5).

No ciberespaço podem ser encontrados AVAs com diferentes práticas pedagógicas e comunicacionais. Duas delas são: práticas instrucionistas e práticas interativas e cooperativas. A primeira se refere a prática pela qual há o fornecimento de todo o conteúdo necessário, seguido de uma relação de atividades a serem realizadas. Já a segunda apresenta um material que é construído aos poucos, com a interação entre o criador da página e os navegantes.

Para a criação de um AVA de boa qualidade, é necessária a criação de sites que possuam intertextualidade, intratextualidade, multivocalidade, navegabilidade, mixagem e multimídia. Deve-se também possibilitar as comunicações síncrona e assíncrona, criar atividades de pesquisa e ambientes para avaliação.

A autora ainda diz que

“o grande desafio da mediação pedagógica é gerenciar a complexidade entre os elementos e os seus feixes de interações. […] A mediação pedagógica tem um papel de destaque, não somente no sentido de procurar ampliar as interações, como também, fazer intervenções para garantir conexões de qualidade. É importante identificar: os possíveis obstáculos, […] e os elementos potencializadores” (SANTOS, 2013, p. 14).

Edméa conclui seu artigo observando que, se há a identificação dos obstáculos e dos elementos potencializadores, é possível o desenvolvimento de atividades adequadas para o perfil dos visitantes da página.