Os Contos na Educação Infantil

Darciete A. Paes dos Santos¹

Jolany Moraes Farias¹

Leila Regina Brito da Silva¹

Liamara Dantas Rodrigues¹

Amanda Pereira Marques D’Almeida²

1. INTRODUÇÃO

Chapeuzinho vermelho, Cinderela, A bela e a fera, João e Maria, A Branca de Neve, entre outros. Quem nunca ouviu uma dessas historinhas?

Repleta de magia, fantasias, com bruxas, príncipes e princesas e a luta do bem contra o mal os contos de fadas estão presentes em nossa vida desde a infância, e quando se trata de educação infantil lá está ela presente em sala de aula, despertando a curiosidade e estimulando a imaginação dos pequeninos.

Geralmente o contato com essas histórias inicia-se no âmbito familiar e posteriormente na escola, ressaltando que o apoio da família é muito importante para a formação de bons leitores, por mais que as crianças não saibam ler os códigos letrados, ela pode fazer sua leitura através das imagens dispostas nos livros.

Curiosamente os contos de fadas sobrevivem aos avanços tecnológicos e continuam encantando não somente crianças mas também adultos, e muitos se perguntam: Como isso é possível? O que essas historinhas marcadas por sua simplicidade, tem, que deixam crianças e adultos tão maravilhados, que tem o poder de nos transportar para um mundo irreal, que nos faz suspirar e sonhar e que leva muitos adultos desejarem à ser criança novamente? Por isso escolhemos desenvolver o tema aqui proposto. É incrível como uma narrativa tão simples e que encantou crianças na idade média, conseguiu ultrapassar a geração dos computadores, dos celulares, da internet e ainda se manter tão viva.

O desenvolvimento deste trabalho será dividido da seguinte forma: Fundamentação teórica que abordará - a origem dos contos de fadas, onde iremos conhecer quatro importantes nomes que foram fundamentais na literatura desses contos; a importância desses contos na educação infantil, onde será abordado as características desse gênero e dos personagens buscando mostrar de que forma eles influenciam no desenvolvimento e formação de caráter das crianças; e como trabalhar os contos de fadas em sala de aula expondo os métodos que o professor pode estar utilizando na contação de histórias e como trabalhar algumas atividades com seus alunos; Materiais e métodos expondo o que foi utilizado para a construção deste trabalho ; Resultado e discussão, buscando tratar o que o grupo absorveu sobre assunto abordado durante toda a pesquisa; e por fim conclusão.

Para o desenvolvimento deste trabalho, focaremos no dia-a-dia em sala de aula onde o professor deve envolver a criança, aguçar sua curiosidade, envolver aqueles olhinhos brilhantes, e conduzi-lo ao mundo da imaginação, mundo este que também nos envolve.

Diante do que já foi exposto e considerando as potencialidades que a prática possibilita para as crianças da educação infantil, e que a infância é um período de descobertas de diferentes linguagens, o presente trabalho, tem como principal objetivo analisar os contos de fadas como forma de linguagem na educação infantil, expondo sua importância para o desenvolvimento cognitivo e construção da personalidade.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.A ORIGEM DOS CONTOS DE FADAS.

Os contos de fadas são passadas de geração em geração, mas engana -se quem acredita que os contos de fadas sempre foram voltadas para o público infantil.

De origem europeia, durante a idade média à princípio os contos de fadas não eram de fadas e eram destinados ao público adulto pois suas narrativas tinham conteúdos obscenos como pornografias, canibalismo e adultério, mas apesar dos conteúdos impróprios ao público infantil, as crianças, que nesta época eram vistas como adulto em miniatura, escutavam também esses contos, pois nesta época a infância era desvalorizada e não tinha importância na sociedade.

Estas histórias eram contadas em locais onde os adultos costumavam se reunir em busca de diversão na qual eram relatados situações do dia-a-dia e com algumas modificações para tornarem as histórias mais interessantes .

Bastos(2004, p.77 ) sobre a origem dos contos, diz que,

Talvez tenha nascido pela necessidade que o homem tinha de falar de seu cotidiano, de suas aventuras e de fenômenos que ele não sabia explicar. Para fugir da dura realidade, ele inventa, ou quem sabe, mescla fatos reais e o que gostaria que ocorresse em sua vida, e quem sabe nesse momento, tenha nascido esta forma de contar.

Ao longo do tempo com a infância passou a ser valorizada, e os contos foram ganhando espaço na educação infantil como forma de linguagem na sua aprendizagem. O percursor dos contos de fadas foi o Francês Charles Perrault(1628-1703), este foi o primeiro a adaptar os contos para o público infantil, e através dos seus contos as narrativas deixaram de ser orais para se tornarem literatura. Para Bastos(2004,p.76 ), os contos “Moram no imaginário dos homens desde as mais antigas civilizações e tomaram a forma literária que hoje conhecemos a partir de escritores como Charles Perrault um dos mais importantes e representativos do gênero “Contos de Fadas “.

Assim os contos de fadas passaram a adotar um papel importante na vida das crianças por tratarem de problemas que elas se identificam, trabalhando então os diversos sentimentos como a solidão, a inveja, o medo, o abandono, insegurança, carência, amor, tristeza entre outros, assim os personagens tocam seus sentimentos fazendo com que a criança sinta a necessidade de externalizar suas emoções.

Sobre esses sentimentos Bettelheim, (2015, p.16 ) afirma:

Mas a criança está sujeita a sentimentos desesperados de solidão e isolamento e, com frequência, experimenta uma angústia mortal. Na maioria das vezes, ela é incapaz de expressar esses sentimentos em palavras, ou só pode fazê-lo indiretamente: medo do escuro, de algum animal, angústia acerca de seu corpo.

Em seguida temos os irmãos Jacob Grimm (1875-1863) e Wilhelm Grimm (1786-1859), estes começaram a reescrever os contos, que foram sendo coletados, revisados e divulgados ao longo de décadas. A obra dos irmãos foi decisiva para moldar nossa concepção de literatura infantil. Buscando torna-la mais vividas e cativantes, substituíram o discurso indireto (fala do narrador) pelo direto (fala de personagens),porém seus