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Os Excluídos do Interior

Por:   •  9/6/2018  •  Resenha  •  549 Palavras (3 Páginas)  •  1.646 Visualizações

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SÍNTESE DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO II

PEDAGOGIA

OS EXCLUÍDOS DO INTERIOR

Texto - Eixo II

                  Com base no texto “Os excluídos do Interior” e as contribuições teóricas propostas por Pierre Bourdieu, podemos analisar dois lados extremos: De um lado, estabelecimentos improvisados e feitos de forma precipitadas para acolher as grandes massas de alunos das periferias, cujo os mesmos são desprovidos e desafortunados do ponto de vista cultural. Por outro lado, podemos ver os alunos de “boas Famílias” seguirem uma trajetória escolar igual à de seus pais ou avós. Ao nos depararmos com escola, podemos diferenciar as dificuldades e aflições que os alunos de classes sociais mais nobres enfrentam das dificuldades e aflições dos alunos que frequentam os colégios da periferia.

                  Tratando-se do contexto escolar, Pierre Bourdieu nos traz uma importante comparação entre e depois dos anos 50: Antes as escolas secundárias eliminavam de forma prematura e brutal as crianças que provinham de famílias desfavorecidas culturalmente e essas seleções tinham como principal base na situação social, fazendo-os acreditar que era eles quem não queriam a escola e não a escola que não os queriam. Após os anos 50, crianças e jovens que proviam de famílias com profissões manuais (artesãos, agricultores e comerciantes) passaram a ter acesso as escolas de ensino secundário, fazendo aumentar a concorrência e investimentos das classes mais favorecidas. Pouco a pouco os novos beneficiários perceberam que não bastavam ter acesso ao ensino secundário para ter êxito nele ou que seus certificados escolares não lhes garantiam acesso a posições sociais por eles almejadas. Esses indivíduos ao possuírem seus diplomas desvalorizados, se sentem responsáveis por não fazerem jus às chances que lhes foram dadas. Com isso, é praticado um ato de exclusão ainda maior do que aquela praticada anteriormente.

                   Sendo assim, caímos no conceito de capital cultural, teoria criada por Pierre Bourdieu para explicar a forte relação entre o desempenho escolar relacionado à herança familiar dos indivíduos, ou seja, os alunos que provem de uma família com um maior capital cultural financeiro terão maiores oportunidades de uma educação de qualidade do que aqueles que não possuem tal capital. Sem contar no próprio conhecimento oficial que é distribuído de várias formas e em diferentes regiões e escola dentro dessa mesma sociedade. Isso nos mostra os mecânicos articulados para que a classe dominante se perpetue no poder, e a classe dominada se sujeite a ela e assim continue num processo de alienação.

                   Importante lembrar também que a escola foi criada com intuito de ensinar os indivíduos a ler, escrever e fazer contas, a fim de capacitá-los para o trabalho nas grandes indústrias na época da Revolução Industrial, contudo podemos dizer que embora a escola possua um papel fundamental na sociedade, ela também é agente de um dos maiores mecanismos de exclusão e de desigualdades entre as classes sociais, ou seja, ela favorece uma classe e rejeita a outra, a menos favorecida.

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