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PROBLEMAS SOCIO-CULTURAIS QUE INTERFEREM NO TRABALHO DOCENTE

Por:   •  6/10/2016  •  Projeto de pesquisa  •  6.267 Palavras (26 Páginas)  •  593 Visualizações

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PROBLEMAS SOCIO-CULTURAIS[1] QUE INTERFEREM NO TRABALHO DOCENTE1

Isabelly dos Santos²

Maria Edilaine Barbosa Nascimento³

Vanessa Ribeiro de Carvalho4

RESUMO: Pretende abordar os problemas enfrentados no interior da escola e o papel do pedagogo diante deste contexto. Objetivam discutir os as questões sociais presentes na escola.  Faz uso dos métodos de abordagem, indutivo e dedutivo, além de exemplos e citações de outros autores. Aponta as principais características dos problemas que atingem as escolas, dando destaque a homofobia, a discriminação racial, a violência escolar (incluindo a do tipo bullying e a violência contra o professor), o assédio moral e a intolerância religiosa. Busca identificar e compreender as causas e consequências destes problemas dando ênfase aos aspectos sociocultural, histórico e familiar que os envolvem. Conclui que o pedagogo e todos os que participam da formação dos indivíduos estão inseridos numa realidade escolar complexa e que para que eles possam lidar com esta complexidade, devem buscar alternativas que transformem o ambiente escolar de maneira que este possa atingir seu principal objetivo, o de ser espaço para ensino e aprendizagem.

Palavras-chave: Problemas; Pedagogo; Aspectos socioculturais.

Introdução

        O ambiente escolar é composto por indivíduos que possuem características distintas, influenciadas pelo contexto sócio histórico ao qual pertencem e de onde adquirem conceitos para a vida. Como seres humanos complexos, ao iniciarem a vida escolar se deparam com situações novas que causam atingem diretamente a sua formação enquanto indivíduos que participam de uma determinada sociedade. Apresentamos aqui as questões de maior expressividade na atualidade relacionada aos problemas enfrentados no interior da escola procurando compreendê-los e tendo como objetivo fundamental identificar sob qual perspectiva o pedagogo pode auxiliar neste processo a partir de quais concepções estas situações podem se apresentam.

Conceituação epistemológica.

        As relações interpessoais no entorno e interior da escola geram trocas de aprendizagem e experiências, porém geram também conflitos entre os participantes destas relações. Os conflitos e problemas discutidos ao longo desta pesquisa são também as mais frequentes e constantes na contemporaneidade.

        O conceito epistemológico de cada um destes problemas se dá de acordo com as consequências que eles trazem ao que são atingidos por eles. Segundo Ferrari (2012) homofobia é a designação para “uma espécie de medo irracional diante da homossexualidade ou da pessoa homossexual”, ou seja, coloca a pessoa que opta por um relacionamento com alguém do mesmo sexo em posição de inferioridade.  O pedagogo deve buscar caminhos para tratar a homofobia na escola, conscientizando os alunos da necessidade de respeitar o próximo.

        A discriminação racial conforme Silva Jr (2002, p.14) tem consequência que não são facilmente diagnosticadas e que não recebem o tratamento devido. Percebemos diante disto que há um despreparo da parte dos que trabalham com a educação para lidar com esta situação.

        A indisciplina escolar conforme Alves (2006, p. 24), não pode ser confundida com violência e por isto merece um tratamento especifico, buscando os motivos que cercam este problema.

        A violência escolar abrange a agressividade que é causada pelos problemas relatados anteriormente, além do bullying, da que é direcionada ao professor e ainda o assédio moral, este um tipo de violência que afeta especificamente o psicológico daqueles que sofrem com ele. Rosa (2010, p. 04) afirma que “quando o assunto é violência em um contexto geral, faz-se referência aquele comportamento existente entre homens que envolvem formas de agressão premeditada, e por vezes mortal, de um indivíduo ou grupo contra seus semelhantes”.  Compreendemos que a agressividade é fortemente influenciada por aspectos que envolvem o ambiente em que o indivíduo está inserido e diante disto o pedagogo deve se munir de todo conhecimento possível para lidar com este problema.

        A intolerância religiosa é um tipo de problema que se encontra num nível de dificuldade de tratamento alto, pois o Brasil é um país que historicamente inseriu no seu contexto escolar a religião e que ainda nos dias atuais se faz presente. Mesmo que seja determinado constitucionalmente que a escola deve ser laica, a religiosidade ainda é algo que gera conflitos de ideias. Especialmente as religiões afrodescendentes, que são vistas por muitos a partir de uma perspectiva errônea. Segundo Cardoso (2009), o “bem e o mal” são o centro das discussões relativas à intolerância religiosa. O pedagogo deve ser capacitado para tratar a intolerância religiosa, ainda que sua opção dogmática seja contrária a que está sendo afetada no ambiente escolar. A opção do profissional da educação não pode interferir no seu trabalho e o respeito deve ser difundido na escola.

        A partir destas concepções, compreendemos que os estudantes da área educacional, devem conhecer os problemas do entorno e interior da escola para que a partir das suas causas e consequências definir quais embasamentos teóricos poderá utilizar em sua caminhada profissional.

1Homofobia na escola.

        Um dos problemas enfrentados no entorno e no interior da escola é a homofobia, grupos são formados com a ideia de combate ao homossexualismo, como se o ser homossexual fosse como uma doença que precisa ser combatida. Esse preconceito não é exclusivo do ambiente escolar, mas sim uma questão social.

        Segundo o programa Conexão Repórter, transmitido pela emissora SBT, só no ano de 2014 foram assassinados 65 jovens homossexuais brutalmente nas ruas, por grupos que se intitulam exterminadores do homossexualismo. A sociedade impõe aos indivíduos certo moralismo e a partir disso o preconceito é instalado.

que ficariam incomodados “se tivessem como parente ou colega de escola uma pessoa homossexual”. Os pais de alunos também não fogem deste quadro, muitos também não concordam que seus filhos tenham colegas que se interessem pelo mesmo sexo. Diante destes dados, considera-se a educação vinda de casa, onde os pais possuem o preconceito, que tem influência no que é imposto pela sociedade, e passam para seus filhos. Infelizmente nas escolas também existem professores com tal posicionamento, desejam não ter em suas salas de aula, alunos que sejam homossexuais.

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