PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

EM GRUPO

Trabalho apresentado à UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial do curso de Licenciatura em pedagogia.

2014

Introdução

Essa pesquisa foi baseado em um estudo de campo na Escola Estadual Bernardo Horta no município de Irupi, estado Espírito Santo. No qual utilizamos de coletas de dados e entrevista pedagogo da escola para que pudéssemos organizar e desenvolver o trabalho.

O foco da pesquisa foi a rotina escolar vivencia pelos professores e o que eles gostariam que fosse “diferente” no especo de trabalho. Como elemento norteador para o desenvolvimento deste trabalho, solicitamos o PPP – Projeto Político Pedagógico. O PPP da escola é atualizado anualmente e apresenta diversas informações pertinentes a nossa pesquisa.

Em um segundo momento, reuniu-se o grupo para debater as informações coletas para desenvolvimento do trabalho. Transcevendo a síntese da historia da escola

Desenvolvimento

Síntese da História da Escola - Nos anos 1950 Irupi, ainda Vila de Cachoeirinha do Rio Pardo, recebe através do Decreto nº. 1895 de 18/01/1955, a Escola Rural “Bernardo Horta" para atender as crianças e jovens filhos de moradores da região. Em 1965 com o crescimento da demanda, a Escola Rural “Bernardo Horta" é transformada através do Decreto nº. 1099, de 08/04/1965, em Grupo Escolar "Bernardo Horta".

A Comunidade da então Vila de Cachoeirinha do Rio Pardo cresce e surge a necessidade de um ginásio, para garantir aos jovens o direito e a possibilidade de ampliar um pouco mais os seus estudos. Através de muitas reivindicações e lutas, a Comunidade consegue a criação do Ginásio Estadual de Irupi, oficializado pelo Projeto de Lei nº 03/71.

Em 1973, é unificado o Ginásio Estadual de Irupi e o Grupo Escolar “Bernardo Horta”, recebendo a denominação Escola de 1º Grau "Bernardo Horta" (Portaria nº. 37, de 03/07/1973).

Pouco mais de 10 anos se passaram e, novamente através de reivindicações dos educadores e familiares os quais sofriam em ver seus filhos saírem para outras localidades, enfrentando perigos, devido a problemas de transportes e a péssima conservação das estradas, sensibilizam as autoridades competentes e a Secretaria de Estado da Educação, transforma este estabelecimento em Escola de 1º e 2º Graus "Bernardo Horta" oferecendo Pré-Escolar, Ensino Primário e Ensino de 1º e 2º Graus (Portaria nº 1819, de 21/10/1982).

Em 1988 a Secretaria de Estado da Educação, pela Portaria E-2421, de 22/02/1988, cria o Curso Técnico em Contabilidade e com o passar de alguns anos percebendo a pequena oferta de trabalho para estes técnicos, começa novamente outra luta, e a Escola de 1º e 2º Graus Bernardo Horta passa a oferecer o Curso de Habilitação para o Magistério em 1º Grau (Portaria nº 3100) e o Curso Técnico em Administração de Empresas (Portaria E-3102).

Novamente percebendo as mudanças no mercado de trabalho e a vinda de algumas faculdades para localidades próximas, a Escola passa a oferecer Ensino Fundamental pelo Projeto EJA – Educação de Jovens e Adultos,  e o Ensino Médio  (Portaria nº. 092-R de 20/12/2001). Em 2006, cria-se o Curso Técnico em Gestão de Agronegócio, tendo em vista que o município tem sua base econômica sustentada pela produção rural, representada em quase sua totalidade por pequenas e médias propriedades, onde as famílias desenvolvem a agricultura familiar enfatizando a produção de café.

Hoje a Escola denominada Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Bernardo Horta” busca desenvolver um trabalho que possa contribuir na realização dos sonhos da comunidade como também vencer os desafios. Atende uma clientela de 1126 alunos, distribuídos entre os ensinos fundamental, médio e EJA.

A educação e suas finalidades não é tarefa apenas dos educadores, a sociedade deve incorporar essa exigência. A vida neste século solicita uma educação que permita aos educandos associar a técnica com a aplicação de conhecimentos teóricos, relacionar o que se estuda com o que se faz, pois isso, em determinados momentos, aparece como uma fragilidade da escola.

Para superar essa fragilidade, a comunidade escolar reorganiza os tempos e os espaços escolares desenvolvendo projetos educativos e atividades extra classe. Sentindo a necessidade de oferecer outros cursos para satisfazer a clientela local e faremos o que for possível para que isso aconteça.

Análise Teórico-Reflexivo - A clientela da EEEFM. “Bernardo Horta”, não difere das demais escolas publicas urbanos com forte influência do meio rural devido às comunidades rurais que fazem parte de seu entorno.

É composta por alunos que residem na zona urbana, em sua maior parte no turno vespertino e alunos que residem na zona rural, em sua maior parte nos turnos matutino e noturno. Percebe-se na escola um quadro de grande heterogeneidade, devido à clientela ser composta de moradores das realidades rural e urbana, sendo esta convivência de meios sociais divergentes, de grande enriquecimento para todos os integrantes desta comunidade escolar. O alunado dos tempos atuais vem demonstrando desinteresse para os estudos. As crianças e adolescentes, em sua maioria provenientes de classe média baixa, inseridas em meio a grande vulnerabilidade social, oriundas de famílias completamente ausentes da vida escolar dos filhos. Seja  em função do grande volume de tarefas acumuladas, ou de transferir a responsabilidade da educação dos filhos unicamente para a escola. O adulto, em sua maioria trabalhador batalha pela manutenção com seus no comércio e outras atividades da zona urbana ou da lavoura, pela necessidade de retirar, através do trabalho, o seu meio de sobrevivência. Assim sendo, o dia a dia destes alunos se transforma em  poucos bens materiais.