Pedagogia

Educação de jovens e adultos currículos e praticas pedagógica

 O artigo trata de questões teóricas e práticas relacionadas ao currículo na Educação de Jovens e Adultos – EJA. Tem como intencionalidade pedagógica refletir sobre as relações fundamentais do processo de organização do trabalho docente, com vista a refletir suas implicações sobre o currículo A importância de tratar desses aspectos fundantes da organização do trabalho pedagógico se deve à necessidade de melhor compreender a prática docente. Nesse texto trabalharemos especialmente sobre o tema currículo na EJA.  Inicialmente refletiremos sobre um currículo orientado para a Educação de Jovens e Adultos, destacando a questão da leitura e da escrita, direitos de aprendizagem para os alunos jovens e adultos. O objetivo é ampliar o entendimento sobre o currículo na Educação de Jovens e Adultos, refletindo sobre direitos de aprendizagem na EJA.

              Falar sobre currículo é tratar de questões referentes ao que se ensina na escola. Nesse contexto o currículo multicultural implica em propostas educativas que considerem as diferenças culturais, sociais, econômicas, linguísticas, étnicas, de gênero etc., a  aprendizagem para a EJA se coloca como uma questão no campo dos direitos pessoais e sociais. Educação “tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar‐lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer‐lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”.

                    A Biologia do amor e a Biologia do conhecimento são duas proposições que estão ancoradas na ideia de que a construção do conhecimento, bem como o processo de aprendizagem humana, pode se dar via diferentes metodologias e ou práticas didáticas, metodológicas, organizativas e pedagógicas.

                  É tomando experiência como um processo que acontece num espaço-tempo vivido, como uma forma de dizer de si e do mundo, que acredito na sua grande potência criativa para a construção de conhecimentos  e de saberes em relação à atuação docente. Há que se pensar alternativas curriculares sem a pretensão de que representem fielmente a realidade, mas sim que possam dialogar com ela, que estejam abertas para receber as contribuições e acréscimo daqueles e daquelas que chegam ao espaço escolar.

                O autor afirma que os mapas que até então nos guiaram, que no orientaram, perderam sua capacidade de nos orientar. Por outro lado, e aí reside nosso desassossego, está o fato de que os futuros mapas a serem cartografados não passam de linhas quase ilegíveis e, portanto, de difícil possibilidade de interpretação

                O currículo não é um mero local de transmissão de conhecimentos e de transcrição do real, o currículo é, isso sim, mais uma representação do real. Outro ponto fundamental quando se quer pensar um currículo e práticas pedagógicas que busquem dialogar com o mundo vivido, respeitando as diferentes narrativas que são trazidas pelos educando e pelas educandas para o espaço cotidiano da escola.

                Na epígrife deste capítulo, ao afirmar que o mundo pode ser visto como um texto Paz está nos desafiando a pensar nas múltiplas possibilidades de relacionamento e representações que dele se pode construir. Senso o mundo um texto, posso fazer dele diferentes leituras, a nossa imaginação representa os objetos, estes não se apresentam tal e qual são na realidade. É nesse sentido que a expressão aperitivo é tomada. Como aquilo que nos provoca, que nos aguça o apetite de saber. Da mesma forma o uso aqui de sabor relaciona-se com a origem comum, no latim, das palavras saber e sabor. Reforço, assim meu objetivo de não assumir a tarefa , tão em voga, de construtor de novas e iluminadas saídas e ou alternativas ideais de intervenção pedagógica em educação.

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