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Pedagogia em campo

Por:   •  29/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.274 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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          Trabalho de Pratica de Ensino II – Observação na Sala de Aula

- Escola Classe SQS 214

- No dia em que ia fazer a visita da escola classe da quadra 214, liguei de manhã para agendar minha visita, já que as aulas lá acontecem também a tarde, como da última vez que estive lá. Na última visita que havia feito, ninguém me atendeu depois de muito ligar, então fui lá pessoalmente e pedi para falar com o coordenador, logo ele me atendeu, foi muito gentil, sentamos na mesa e começamos a entrevista. Na conversa, fiquei sabendo q escola a muito tempo passava por dificuldades no grupo coordenador e organizador da instituição, estavam conseguindo ajeitar as coisas naquela época, e inclusive, não tinha PPP também, estava sendo construído.

    Dessa vez que liguei lá, me atenderam. Falei que era aluna de letras e que pretendia fazer a visita com a carta de recomendação do meu professor. Logo em seguida, a mulher disse que não seria possível ir lá sem a permissão da regional de ensino, e também disse que a professora de português era nova, e mesmo que eu levasse a autorização, provavelmente a professora não me atenderia pois ficaria nervosa, já que era sua primeira vez em sala de aula. Fiquei bastante chateada, e não tive o trabalho de ir na regional e também, a escola ou eram os professores, entraram em greve.

    Na outra vez que estive lá, entrevistei a professora e pude ver o andamento todo da escola, a entrevista e as observações foram as seguintes:

-Entrevista com a professora Luane Almeida: (não lembro a data)

-Eu: Como professora, como você lida com todos os alunos em sala de aula e como consegue dar a matéria?

-Professora: Assim, eu tento fazer o meu planejamento, então, quanto ao planejamento está tudo ok, as turmas aqui não são numerosas, até porque a gente trabalha com inclusão, então, cada turma, eu tenho quatro turmas de sexto ano, algumas turmas, a maioria delas, tem um menino com necessidades específicas, então, por lei ela não pode ser uma turma cheia, é uma turma com no máximo vinte alunos, e assim, é complicado né, os meninos aqui tem muitas deficiências, assim, de leitura, de escrita, mas a gente tenta dividir esse trabalho de língua portuguesa com leitura e produção, e traços assim da gramática. E assim, o planejamento está ok, dá pra seguir direitinho, a tarde eu faço um projeto de leitura com eles, que vai culminar agora esses dias com o chá literário, a gente faz um rodízio de livros, faz construção de personagem reciclável, faz roda de leitura, e fora isso o trabalho de sala de aula.

-Eu: E como você faz para prender a atenção dos alunos?

-Professora: Minha estratégia de ensino é muito tradicional. Como eu trabalho com sexto ano e a característica desses meninos é muito hiperativa, a maioria deles aqui, então assim, o meu ritmo é bem tradicional, eu chegou, eu sou aquela professora linha dura, então vou na cadeira de todo mundo, eu tenho fichinha de atividades, de controle, uso carimbo, então eu entro e digo, coloco no quadro, olha a nossa agenda hoje é essa, hoje a gente vai fazer leitura, vamos fazer compreensão e vamos fazer isso, ao término eu vou  sair de cadeira em cadeira conferindo. Então isso a gente consegue, de uma certa forma, disciplinar os meninos.

-Eu: e os alunos tem ido bem?

-Professora: É, assim, vamos dizer, metade vai bem. Até porque assim, são meninos que não tem muita referência, eles não têm referência dentro de casa, de estudo, alguns chegam aqui com grandiosas dificuldades sem saber o que que é uma classe de palavra, então a gente tem que assim, não é uma sala uniforme de conhecimento, então vai como dá.

-Eu: e na literatura? Como você faz para eles se interessarem pela leitura?

-Professora: Bom, o que a gente fez agora foi o seguinte, como aqui na escola não existe um livro didático para todas as salas, não tem um livro adotado, eu pego um tanto de livros aqui, infanto-juvenil, de todos os título, e o acervo aqui é bem novo, tem dês do que eles gostam a uma literatura mais clássica, então eu pego assim, quarenta livros e levo pra sala, distribuo e cada um vem escolher o que mais lhe agrada, daí eu dou um prazo para eles lerem, aí a gente faz um roda de leitura, trabalhamos elementos da narrativa, o que é o protagonista, o antagonista, tudo aquilo, espaço, tempo, lugar e sempre faço algo assim. Esse bimestre pedi que eles escolhessem o personagem favorito e construíssem com material reciclável, eles fizeram e cada um foi lá na frente, apresentou, disseram porque o escolheu, que característica tinha relacionando um pouco do livro e isso vai terminar no chá literário, fora isso, a gente explora outros gêneros, construção de história em quadrinhos, levo para fazer cordel no laboratório, a professora de artes faz a xilogravura, tudo isso culmina em um chá literário. Um projeto de leitura nunca atinge cem por cento, o que a gente tenta pescar ali já é um lucro, tem muito menino que não tem referência dentro de casa, de pai que lê, de mãe que lê, que conta história, então a gente aqui dentro da escola a gente tenta fazer esse papel, é claro que isso não é suficiente, não é garantia que vai tornar esse aluno um leitor, mas ele pelo menos está tendo um incentivo, está sendo convidado a conhecer esse mundo da leitura.

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