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RELATO DE EXPERIENCIA EM HISTORIA DA EDUCAÇÃO

Por:   •  8/12/2021  •  Relatório de pesquisa  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  100 Visualizações

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MONITORIA DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO I PARA OS/AS ACADÊMICOS/AS DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFG: RELATO DE EXPERIÊNCIA[1]

OLIVEIRA, Aline da Silva[2]; THIAGO, Diovana Ferreira de Oliveira[3]

Palavras-chave: Relato de experiência. Monitoria. História da Educação I.

INTRODUÇÃO/ JUSTIFICATIVA

A monitoria surgiu no final do século XVIII na Inglaterra através do método sistematizado conhecido por monitorial ou mútuo (PERES, 2005.) sendo difundindo em alguns países da Europa. Para Lancaster, os monitores, usando de poucos recursos, não tem o dever de corrigir tarefas, trabalhos, mas sim de orientar os/as alunos/as para que eles se corrijam.

Devido ao exposto, considera-se que o programa de monitoria, de acordo com a Resolução UFG/CEPEC Nº 1418 Art. 1º, atribui os deveres do/a monitor(a): desenvolver o Plano de Trabalho elaborado em conjunto com o professor(a)  orientador(a); auxiliar os estudantes que estejam apresentando baixo rendimento na aprendizagem da disciplina; auxiliar o professor orientador nas tarefas didático-científicas; cumprir a carga horária semanal de doze (12) horas; preencher, em conjunto com o professor(a)  orientador(a), o relatório final de monitoria.

A monitoria possibilita ao discente a oportunidade de tirar dúvidas sobre conteúdos vistos em sala, quando possivelmente ficaram algumas lacunas que não foram preenchidas pelo professor(a) durante as aulas. Em alguns conteúdos é necessário retomar conceitos anteriores e aprofundá-los, uma vez que o professor(a) entende que o aluno(a) já tenha esses conceitos internalizados. Há ainda alguns alunos/as que necessitam de uma monitoria diferenciada, é o caso dos acadêmicos da etnia Xavante, pois é necessário considerar suas vivencias culturais e experiências sociais.

Os alunos de etnia indígena do curso da Pedagogia, nos trouxeram um desafio social significativo, no sentido de ultrapassar as barreiras que impedem a efetivação de políticas afirmativas e inclusão sociocultural.  Esses alunos chegam à Universidade com dificuldades tanto nas habilidades acadêmicas, quanto na linguagem e na interação com a própria comunidade.  Nesse sentido, foi necessário repensar a monitoria em si, pois os alunos necessitavam de um auxilio maior comparado aos dos/as outros/as alunos/as.

Já para o/a monitor/a, o Programa de Monitoria, é uma oportunidade para a iniciação à docência, pois ele desenvolve junto com o professor, atividades que irão lhe proporcionar conhecimentos referentes a carreira acadêmica, isto é, no que concerne a organização, plano de ensino e outras atividades.

BASE TEÓRICA

Utilizamos de algumas reflexões do autor e sociólogo Pierre Bourdieu, pois um dos objetivos é apresentar as dificuldades vivenciadas pelo(a) monitor(a), e, também expor que o discente em sua maioria, não carrega um certo Capital Cultural valorizado socialmente, principalmente por aqueles que estão fora dos cursos que portam de certo status social. Existem uma série de capitais que não fazem parte do capital econômico que é o mais comum (dinheiro). Tem efeitos sociais, determinadas formas de relação social, de construção de legitimidade, que não são dadas somente pela posse de dinheiro.

A compreensão de que os mecanismos sociais têm um funcionamento social sútil, difícil de perceber, pois ela constrói a nossa forma de perceber o mundo, ou seja, a trajetória define a percepção. É nesse sentido que os mecanismos perversos ficam invisíveis, funcionando como algo natural. Bourdieu (1992), aponta uma solução que é a de uma Pedagogia Racional no qual Nogueira e Nogueira (2007, p. 68) afirmam sobre isso:

Na ausência de uma pedagogia racional capaz de neutralizar metódica e continuamente, da escola maternal à universidade, a ação dos fatores sociais de desigualdade cultural, a vontade política de dar a todas chances iguais diante do ensino só consegue triunfar sobre as desigualdades caso se arme de todos os lados os meios institucionais e econômicos. E reciprocamente, uma pedagogia realmente racional, isto é, fundada sobre uma sociologia das desigualdades culturais, contribuiria sem dúvida para diminuir as desigualdades diante da escola e da cultura.

Dessa forma, evidencia-se a violência simbólica, que segundo BOURDIEU, 1992. “[...] se manifesta sob a forma de um direito de imposição legítima, reforça o poder arbitrário que a estabelece e que ela dissimula.” Ou seja, daquilo que está sendo valorizado num determinado momento histórico e contexto social. Aqueles que são portadores dos outros conteúdos ou conhecimento se veem diminuídos.

Partindo disto, este resumo irá trazer reflexões macrossociais perante o desempenho acadêmico de alunos que buscaram atendimento junto aos trabalhos de monitoria.

OBJETIVOS

  • Relatar as experiências e atividades que foram desenvolvidas durante a monitoria no primeiro semestre de 2018 junto à disciplina de História da Educação I do curso de Pedagogia, especialmente aos alunos da etnia Xavante;
  • Avaliar a contribuição do Programa de Monitoria para a formação docente dos monitores/as;
  • Ressaltar a importância da monitoria e sua contribuição para o rendimento de alunos/as ingressantes na Universidade;
  • Contribuir para as ações afirmativas da UFG/Inclui a partir do atendimento individualizado e adaptativos dos/as alunos/as Indígenas e/ou Quilombolas.

METODOLOGIA

Durante o desenvolvimento do plano de monitoria, foi relatado pela professora que os/as alunos/as estavam com dificuldades em se situarem no contexto histórico. Por este motivo utilizamos de uma experiência anterior realizada com considerável êxito pelo Prof. Mestre Alan Ricardo Pereira Duarte.

O plano consistia em trazer para os/as alunos/as alguns conceitos, a partir do Dicionário de Conceitos Históricos (SILVA, Kalina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique) para cada conteúdo estudado. Percebemos com esse exercício uma melhor assimilação dos contextos e relações entre eventos históricos, o que é fundamental na disciplina.

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