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Reflexão sobre racismo pautada na analise de dois artigos.

Por:   •  22/9/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.926 Palavras (8 Páginas)  •  159 Visualizações

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Reflexão sobre racismo pautada na analise de dois artigos.

  • PORFÍRIO, Francisco. "Racismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm. Acesso em 21 de setembro de 2021.

Aspectos centrais do texto:

Racismo é um problema social ainda presente no século XXI que causa diretamente exclusão, desigualdade social e violência. Denominação do racismo: é a denominação da discriminação e do preconceito (direta ou indiretamente) contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia ou cor. Diferenciação dos tipos de racismo: Preconceito e discriminação racial ou crime de ódio racial ( forma direta, quando individuo ou grupo manifesta-se de forma violenta física ou verbalmente contra outro por conta da etnia, raça ou cor); Racismo institucional ( manifestação de preconceito por parte de instituições publicas ou privadas ); Racismo estrutural (Conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutidas de preconceito racial de forma indireta ou indiretamente) ; Racismo é uma forma de preconceito, observa-se que uma ação de preconceito somente é considerada racista quando há uma utilização sistêmica e baseada em uma estrutura de poder e dominação contra a etnia da vítima. Causas do racismo: A supremacia da raça branca, advinda de várias origens, visão eurocêntrica, discriminação dos povos gregos quanto aos estrangeiros (bárbaros), a escravização dos povos africanos e a tardia abolição irresponsável.

O texto aborda questões de estudos de dois pensadores brasileiros, ainda de forma resumida Gilberto Freyre e Florestan Fernandes crítico das ideias de Gilberto Freire, e alguns assuntos são citados de forma breve como a exclusão social, o sistema de relações de poder, uma democracia não existente, a miscigenação fruto de estupros sistêmicos e de relações abusivas dos senhores; Relações entre miséria e a população negra no Brasil. A visão de Florestan Fernandes abre espaço para críticas em relação à democracia racial proposta por Gilberto Freyre e abre os olhos de intelectuais e autoridades sobre o racismo estrutural no Brasil. O fato é que houve, por aqui, um predomínio muito forte do racismo estrutural, durante anos imperceptível, ao passo que nos Estados Unidos havia um sistema oficial de segregação de raças, o que levou a um grande levante negro contra a discriminação.

Racismo: Previsto na Lei nº 7.716/1989. É um crime contra a coletividade e não contra uma pessoa específica. Realizado por meio da verbalização de uma ofensa ao coletivo, ou atos como recusar acesso a estabelecimentos comerciais ou elevador social de um prédio. É inafiançável e imprescritível.

O autor do texto tende a chamar a o “racismo reverso” como uma forma de reação, logo o considera inexistente. Porfírio, deixa a seguinte afirmação e indagações para nos suscitar a reflexão e quem sabe a possível transformação:

 

Infelizmente, o racismo é recorrente, e essa notoriedade negativa de certos casos ainda representa uma pequena parcela do racismo brasileiro. Nesses casos, as vítimas somente foram reconhecidas, amparadas e levantaram a opinião pública contra a discriminação racial porque havia pessoas instruídas e amparadas por um status social que os permitia ter voz. E os casos de racismo que nunca aparecerão na mídia? E os casos de pessoas ofendidas, discriminadas, violentadas e mortas, nas periferias e nos interiores, por representantes do Estado e por civis? Esses casos ainda são inúmeros e devem também chamar a atenção popular.

  • Alves, S.C. Cynthia. “O racismo na escola e o combate com ações pedagógicas”. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Estadual da Paraíba. Disponível em: https://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1338/1/PDF%20-%20Cynthia%20Cristina%20de%20Souza%20Alves.pdf. Acesso em 21 de setembro de 2021.

O artigo tem como finalidade transmitir ao leitor a importância de combater o racismo nos dias de hoje, mostrando como o professor pode ser um instrumento transmissor da importância e valor do negro na nossa sociedade, destacando costumes, crenças e a cultura, por meio de estratégias. A autora tece fatores de como se deu o processo histórico do racismo, vale destacar que o racismo pode ser visto como prática (durante o período escravista os negros eram vistos como coisas), e como ideologia (teorias criadas construíram imagens negativas acerca do preconceito contra os negros).  Os filósofos da época viam o negro com pouca ou nenhuma capacidade de produção intelectual. Observa-se que mesmo o Brasil sendo multicultural principalmente os negros sofrem discriminação e ainda são impedidos de cultivar e praticar suas crenças e costumes.

O racismo é um comportamento, uma ação resultante de aversão e se divide em dois subprodutos, sendo eles o preconceito racial (julgamento negativo antecipado) e a discriminação racial (racismo na pratica). Apesar da negação da existência do racismo em teoria, no nosso cotidiano vemos o seu feitio e a negação se contradizer na pratica de pequenos hábitos, como por exemplo piadas com conteúdos racistas. Para compreendermos como contribuir com a transformação da realidade é necessário antes compreender a nossa realidade, entender que o Brasil foi estruturado em todas as áreas com a burguesia sendo favorecida, e os negros vistos como seres-animais. Se faz necessário identificar as influências negativas e positivas dentro e fora do espaço escolar, dado que ninguém nasce com preconceitos e que estes são construídos a partir do crescimento da criança, e a escola como um dos órgãos que norteia o crescimento do ser para o mesmo se tornar cidadão e quando crescido exercer seu papel como cidadão, onde está a falha?

A autora citou que o racismo se apresenta de cinco formas e descreveu-as de forma breve sendo o individual, institucional, cultural, primário, comunitarista ou diferenciarista.  Ressalta que o racismo nos dias de hoje não mudou muito comparado a antigamente pois o negro ainda é considerado e tratado como um ser inferior sendo atacado de varias maneiras tanto no ambiente social quanto escolar. Cita ainda como uma estratégia de desconstrução do racismo para as crianças a música, a princípio do cantor Gabriel O pensador, intitulada “Lavagem cerebral”, que nos mostra uma visão critica sobre o racismo. Os professores devem estar capacitados para avaliarem as particularidades das formas do racismo e tentar promover a igualdade entre os alunos, uma vez que o enraizamento sobre essas ideias deu-se por médicos, juristas, escritores, filósofos que tentaram comprovar a supremacia da raça branca, considerando também que os currículos escolares não possuem conteúdo para discutir e falar sobre a cultura e a historia do povo africano relacionado ao sistema escravista colonial, dado que o negro era considerado um povo sem cultura, com identidade sem valor para a sociedade.

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