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Resenha - Documentário Fora de Série

Por:   •  18/6/2018  •  Resenha  •  356 Palavras (2 Páginas)  •  1.608 Visualizações

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Discente: Matheus Melo Mendes da Silva

Docente: Jaqueline Ventura

Disciplina: Educação de Jovens e Adultos

Todo mundo tem uma história, e parece cada vez mais necessário reafirmar essa máxima, ainda mais quando se fala da Educação de Jovens e Adultos. Toda movimentação com o intuito de desmarginalizar e humanizar aqueles que se encontram na EJA é bem vinda e dotada de grande nobreza. O acesso a esse debate escancara janelas que nos mostram a luta e conquistas de uma educação voltada para os que da própria educação foram privados, excluídos ou abandonados.

A forma documental do filme, que não pretende apresentar nada de inovador, até porque essa não é a proposta, não será tratada aqui como ponto alto, o conteúdo, por outro lado, é de onde tiro minhas críticas.

O primeiro grande ponto é a diversidade dos alunos, das idades, das motivações para voltar a escola. Alguns saíram por instabilidade e outra pela estabilidade do casamento, uns para trabalhar e outros porque ficaram desempregos, suas histórias só se cruzam quando se fala de pobreza. Qualquer formação de indivíduos adultos e com vidas formadas vem carregada de uma possibilidade de troca muito maior, e é claro, com suas dificuldades únicas. Cada relato nos aproxima mais não só da realidade excludente como dos próprios protagonistas dessas exclusões fazendo assim uma ponte necessária para um real entendimento, é necessário admiração e respeito para que se possa ensinar mesmo alguém.

 Outro ponto que é fundamental frisar são os saberes dos alunos, esses que sem formação formal vivem e sustentam suas famílias, seus saberes empíricos os tornam não só alunos mas sim companheiros de estudos. Enquanto ensinamos o que nos passam na academia, eles nos retornam com o que só quem viveu, e superou, pode saber. Ainda assim, dado tanto preconceito, a EJA é vista com maus olhos e seus alunos tratados com um coitadismo aparentemente obrigatório, e contraditório.

Enfim, usar a arte como canal para o reconhecimento no outro, além de forma de reclamar políticas públicas que procurem reconhecer e lidar com esses problema, foi sensato e pertinente, tão quanto foi eficaz. É um filme e real, visivelmente relevante na formação acadêmica e pessoal.  

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