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Resenha do Livro Pedagogia do Oprimido

Por:   •  28/10/2021  •  Resenha  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

Componente Curricular: Práticas Educativas em EPT

Produção Textual: A Partir do Livro Pedagogia do Oprimido

Em seu primeiro capítulo que tem como título “justificativa da pedagogia do oprimido”, Freire discute o método de desumanização causada pelo opressor a seus oprimidos. Ele relata, que a forma de obrigação que o opressor envolve o oprimido, e faz com que estes sejam inferiores, isto é, vejam-se em condições onde ele precise do seu usurpador. Neste capítulo Paulo Freire desenvolve dois conceitos importantes:  revolução de contradição. Para ele uma mudança no campo da opressão, por procurar mudanças daqueles que dominam, acabam gerando novos opressores e oprimidos. Já na contradição o opressor se reconhece como maior e o principal e o oprimido consegue vê-se dominado por outro. É a contradição que gera a consciência. Mas a autor adverte que o procedimento de desintoxicação da opressão deve ocorrer de maneira cuidadosa para que os opressores jamais venham a tornar-se novos oprimidos.

O processo de liberdade deve estar visível e ser sentida por ambas as partes. A libertação da condição de opressão é uma circunstância social, nunca podendo então, acontecer isoladamente. O homem é um indivíduo social e por isso, a consciência e transformação do ambiente deve ocorrer em sociedade. Em todo o contexto de seu livro, o autor busca demonstrar como a educação no Brasil produz um fetiche social, reproduzindo a disparidade, a marginalização e a insignificância. Ele coloca que o ensinar a não pensar é algo puramente preconcebido pelos que estão no domínio, para que possam possuir em suas mãos a maioria possível de oprimidos, que uma vez se sentindo fragilizados, necessitam dos que dominam para sobreviverem. Mas como poderá o homem sair da opressão se os que nos “ensinam” são também aqueles que nos oprimem? No desdobramento de seu livro, Paulo Freire busca conscientizar o docente de sua aptidão e sua função de apontar problemas na realidade do educando.

Em seu segundo capítulo, Paulo Freire discute “a concepção ‘bancária’ da educação como ferramenta de opressão. Seus pressupostos. Suas críticas”. Ele traz a discussão de que é o professor quem faz o seu aluno um mero depositário, ao considerar o aluno como impossibilitado de gerar conhecimento, e desconsiderar-se como um indivíduo em formação contínua. Para Paulo Freire, ensinar a pensar e problematizar sobre a sua realidade é a forma correta de se reproduzir conhecimento, porque é a partir daí que o aprendiz terá a aptidão de compreender-se como um ser social. Uma vez conhecendo sua condição na sociedade, o educando nunca se curvará para a situação de oprimido, pois seu lema será a igualdade e por ela buscará. A educação bancária, transformar a consciência do aluno em um raciocinar mecânico, ou seja, em entender como se a realidade social fosse algo exterior a ele e de nada lhe aferisse. Já a educação problematizadora gera consciência de si incluído no universo em que vive e diz respeito ao pensamento de que deve existir um intercâmbio ininterrupto de sabedoria entre educadores e educandos, com a intensão de que os últimos não se limitem a repetir mecanicamente o conhecimento transmitido pelos primeiros.

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