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Resenha do livro de Maria Montessori

Por:   •  10/1/2016  •  Resenha  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  5.888 Visualizações

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Rohrs, Hermann. Maria Montessori; tradução: Danilo Di Manno de Almeida, Maria Leila Alves. – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

Catiâne dos Santos[1]

Esse texto é resultado da leitura atenciosa do livro Maria Montessori que faz parte da coleção de educadores do MEC, e que tem como objetivo a contribuição para a formulação e implementação de politicas integradas de melhorias e qualidade da educação.

Maria Montessori foi à primeira mulher italiana, em 1896 a concluir o curso de medicina, com um estudo sobre neuropatologia. E em seguida, trabalhou dois anos como assistente na clinica psiquiátrica da Universidade de Roma, onde foi encarregada de estudar o comportamento de jovens com retardos mentais. Além de ser uma figura fundamental para o movimento da nova educação. Inspirada pela experiência que tinha adquirido na clinica em contato com as crianças, Maria Montessori decidiu se dedicar aos problemas educativos pedagógicos.  E em 1900, ela trabalhou na Scuola Magistrale Ortofrenica, instituto encarregado da formação dos educadores das escolas para crianças deficientes e retardadas mentais.

Após ter estudado pedagogia, ocupou-se na modernização de um bairro pobre de Roma, San Lorenzo, encarregando-se da educação das crianças. Para atender às suas necessidades, ela fundou uma casa de crianças (Casa dei Bambini) onde estas podiam aprender a conhecer o mundo.  No inicio de sua pesquisa, Montessori concentrou seus estudos com crianças pequenas e só posteriormente ampliou o campo de suas pesquisas para incluir as crianças mais velhas e a família. A infância era, a seu ver, a fase critica na evolução do individuo.

Montessori foi também exemplar em, conjugar teorias e prática: suas Casas das Crianças e seus materiais didáticos testemunham essa exigência. Nenhum outro representante do movimento da Educação Nova aplicou suas teorias em uma escola escala tão vasta.

A importância do trabalho de Montessori é que ela contribuiu com a sua pesquisa à educação das crianças uma base cientifica sólida constantemente verificada pela experiência.  Ainda que sua ação fosse fundada sobre princípios científicos. Maria Montessori não considerava a infância menos que uma continuação do ato da criação. Fazendo experiências e observações precisas em um espírito cientifico, ela via na fé, na esperança e na confiança, os meios mais eficazes de ensinar as crianças a independência e a confiança em si.

O conceito fundamental que sustenta a obra pedagógica de Montessori é que as crianças necessitariam de um ambiente apropriado onde possam viver e aprender. A característica fundamental de seu programa pedagógico é que ele da igual importância ao desenvolvimento interno e ao desenvolvimento externo, organizados de forma a se complementarem.

 Montessori preconizava, para a etapa inicial do processo educativo, a utilização de um material didático constituído de varias series de objetos padronizados e valorizava a abstração além de  se preocupar  muito com o estagio experimental e reconhecia, ao mesmo tempo, que é necessário encorajar, aprofundar essas tendências, esses centros de interesses por meio de exercícios.

As casas das crianças fundadas por Montessori eram ambientes especialmente equipados para atender às necessidades desse público. Nesses locais, tudo era adaptado às crianças, às suas atitudes e perspectivas próprias: não só os armários, as mesas e as cadeiras, mas também as cores, os sons e a arquitetura. Era esperado delas que vivessem e se movessem nesse ambiente  como seres responsáveis e que participassem do trabalho criador como das tarefas de funcionamento.

Nas casas das crianças em que Montessori era responsável com o seu método, liberdade e disciplina se equilibravam, e o principio fundamental era que uma não podia ser conquistada sem a outra. Considerando sob este ângulo, a disciplina não era imposta do exterior, era antes um desafio a ultrapassar para se tornar digno de liberdade. Montessori escrevia a respeito disso: “nos chamamos de disciplinado um individuo que é senhor de si, que pode, consequentemente, dispor de si mesmo ou seguir regras de vida.” (MONTESSORI,1969 apud ROHRS, 2010,  p.19)

Montessori considerava a educação social como um elemento importante dessa primeira fase, visto que a autodeterminação deve receber sua orientação de outrem para que o individuo possa atingir a perfeição enquanto ser  social.

O material didático tinha a igualmente a função de ajudar a criança a “crescer na paz” a fim de que adquirisse um senso elevado de responsabilidade. Esse material, que constituía um dos elementos do “ambiente preparado” da casa das crianças, era concebido e padronizado, de maneira que a criança que tinha escolhido livremente ocupar de um dos objetos propostos se encontrasse localizadas em uma situação previamente determinada e fosse conduzida, sem saber, a encarar o seu desígnio intelectual.

Montessori acreditava que para que as crianças progredissem com eficiência era necessário que a vida prática e a vida social estivessem intimamente misturadas à sua cultura e o material didático devia permiti à criança tomar a iniciativa e progredir na sua vida da realização.

De acordo com Montessori o material sensorial pode ser considerado como ‘uma abstração materializada’, quando a criança se encontra diante do material, ela responde com um trabalho concentrado que, sério, que parece extrair o melhor de sua consciência. Parece realmente que as crianças estão atingindo a maior conquista de que seu espirito é capaz: o material abre à inteligência vias que, nessa idade, seriam inacessíveis sem ele.

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