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SINDROME DE ASPERGER

Por:   •  8/4/2015  •  Monografia  •  2.906 Palavras (12 Páginas)  •  1.206 Visualizações

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PENSANDO A INCLUSÃO ESCOLAR DE

PORTADORES DA SÍNDROME DE ASPERGER

Rosangela Berini – RA 7856220

rosangela.berini@gmail.com

Letícia Girelli Bauab – RA 7872561

lelegb_18@hotmail.com

RESUMO

        As crianças com Síndrome de Asperger (SA) vivem em um universo complexo e singular. São alheios e desinteressados a novas experiências, além de estarem absorvidos em seus próprios interesses. Esse quadro faz com que tenham grandes dificuldades de interação social e de aprendizagem.        Diante deste contexto, esta pesquisa pretende contribuir com as escassas discussões sobre a inclusão escolar especificamente para os alunos com Síndrome de Asperger. Para tanto este artigo analisará o papel da educação inclusiva, numa visão mais abrangente, em desenvolver e valorizar o potencial e a capacidade de aprendizagem do aluno especial e não apenas sua inclusão social. Adicionalmente abordará em mais detalhes o papel da inclusão escolar especificamente para o estudante com Síndrome de Asperger.

Palavras-Chave: Educação, Inclusão, Asperger.

ABSTRACT

        Children with Asperger Syndrome (AS) live in a complex and singular universe. They are unrelated and disinterested to new experiences, and are absorbed in their own interests. This picture makes them to have great difficulties in social interaction and learning.Given this context, this research aims to contribute to the limited discussions on the school inclusion, specifically for students with Asperger Syndrome. For this purpose this article will examine the role of inclusive education, in a broader view, to develop and enhance the potential and learning capacity of the special student, not just their social inclusion. Additionally it will detail the role of school inclusion specifically for students with Asperger Syndrome.

        Keywords: Education, Inclusion, Asperger.

  1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem por objetivo analisar como se dá o processo de aprendizagem e interação social em sala de aula de uma criança com necessidades especiais, mais especificamente pretende-se discutir a inclusão de crianças portadoras da síndrome de Asperger, considerando o contexto do ensino fundamental.

O desenvolvimento do trabalho, realizado com o apoio de análises teóricas, pretende contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos e métodos pedagógicos, de forma a debater a atuação dos educadores no ato de inclusão. Além disso, apresenta uma abordagem  prática sobre o papel da educação inclusiva, onde nota-se certa carência de literatura.

Inicialmente se definirá o conceito de oferta da educação especial na visão da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e sua evolução no Brasil. Essa discussão inicial é importante para o entendimento do papel da educação especial na escola regular.

Em seguida o trabalho abordará a maneira de pensar e agir do aluno com síndrome de Asperger, que envolve seu raciocínio abstrato, assim como em algumas de suas dificuldades, tais como seu interesse restrito, suas dificuldades de interação social no ambiente escolar, sua intolerância a alterações nas rotinas, suas preocupações excêntricas, suas fixações intensas, seus problemas de coordenação motora fina, seus comportamentos repetitivos e por vezes agressivos, dentre outros aspectos.

Adicionalmente se discutirá como se dá o processo de ensino e aprendizagem do aluno com Síndrome de Asperger, através de um embasamento teórico que nos permitirá um melhor entendimento de como esta síndrome afeta o estudante em sua vida escolar e social. A partir disso se buscarão e se discutirão estratégias específicas visando o desenvolvimento escolar e social dos alunos com SA, para que sirvam de apoio adicional aos educadores e que contribuam com novos saberes em prol da inclusão escolar.


  1. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A INCLUSÃO ESCOLAR

A oferta de educação especial é dever do estado – está expressa na Constituição Federal de 1988 (art.205 e 208) e também na LDB de 1996 (art.58, § 3°). A educação especial é entendida, na LDB, como a modalidade oferecida para educandos portadores de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Esse processo tem sido chamado de inclusão (Libâneo, 2008, p.265). O artigo 58 da LDB define o que entende-se por educação especial e os serviços necessários de apoio especializado:

“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.”

O artigo 59 destaca as adaptações necessárias na infra-estrutura para receber os alunos com necessidades especiais:

“Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

II  - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os super dotados;

 III  - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como os professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;”

Mas, mesmo com esta especificação legal, que é atribuída à Educação Especial,  Libâneo (2008, p.265) afirma que:

“O processo de inclusão de alunos, especiais, no Brasil teve início antes mesmo da capacitação dos professores. Não houve preocupação de capacitar os professores antes de tão importante definição, como também não se adequou a escola, nem mesmo fisicamente, para receber tais alunos”.

Porém, apesar de toda esta deficiência no preparo das escolas em receber os alunos especiais, a educação especial no Brasil vem crescendo como mostra o senso Escolar da Educação Básica de 2008 (Figura 1), apontando um crescimento significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino regular.

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