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TCc Conciliação Maternidade e Estudos

Por:   •  14/6/2023  •  Projeto de pesquisa  •  3.754 Palavras (16 Páginas)  •  44 Visualizações

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MARIANA CRISTINA DA SILVA SOUZA CARNEIRO

MATERNIDADE E GRADUAÇÃO: OS DESAFIOS DA TRAJETÓRIA ACADEMICA

Belo Horizonte

2023

Trabalho de Pesquisa apresentado como

exigência da disciplina Pesquisa e Prática de

Educação VII

Orientador : MARTA MONTES

1 Formanda no curso de Pedagogia, souzacarneiro.mariana@gmail.com.[pic 2]

Resumo:

Este trabalho traz uma breve reflexão histórica da mulher, falando sobre a desigualdade de gênero que percorre desde a antiguidade até o presente momento. Será apontado as vantagens e desvantagens que as mulheres têm na sociedade em relação aos estudos quando cumprem o papel da maternidade.

Através de levantamento bibliográfico podemos observar o avanço e desenvolvimento da mulher na sociedade. Irei trazer decretos e leis a favor das mulheres e da maternidade, que auxiliam neste processo dos estudos quando ocorre a gestação antes, e durante a graduação.

Palavras-chave: Maternidade; gestação durante graduação; licença-maternidade.; desigualdade de genêro.

  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo abordar a questão da maternidade durante o percurso acadêmico, em particular no ensino superior. Sabe-se que conciliar maternidade e estudos não é tarefa fácil, especialmente considerando que as mulheres são frequentemente sobrecarregadas com múltiplas responsabilidades, incluindo trabalho doméstico, emprego formal e cuidado dos filhos.

Ao longo da história, as mulheres foram tratadas de forma preconceituosa, sendo ensinadas desde jovens a serem mães e esposas, com suas oportunidades educacionais limitadas aos serviços domésticos. No entanto, nas últimas décadas, ocorreram transformações que impactaram positivamente a vida das mulheres.         Atualmente, presenciamos grandes mudanças no papel da mulher dentro de suas famílias, passando de meras donas de casa para mulheres que trabalham fora, estudam e muitas vezes sustentam seus lares sozinhas, buscando igualdade de gênero. No entanto, elas ainda enfrentam a sobrecarga de responsabilidades em relação às suas casas e famílias. Além de atender às suas necessidades e pensar em seu crescimento e desenvolvimento pessoal, profissional e social, muitas mulheres buscam a educação superior para melhorar suas perspectivas de trabalho e lutar por igualdade de gênero, pois a desigualdade ainda está presente na sociedade.

Este trabalho tem como objetivo identificar as dificuldades e desigualdades de gênero enfrentadas pelas mulheres durante a gravidez e a maternidade no contexto acadêmico, especificamente na graduação. Como relatado por Lídia Gomes (2020, p. 13), em um momento de sua graduação, ela chegou a questionar se a universidade era realmente um espaço para mães, perguntando-se: "Esse espaço é mesmo nosso? A universidade nos trata como se não tivéssemos filhos..."

Considerando a inclusão social, igualdade de gênero e as dificuldades da maternidade, quais são os desafios enfrentados pelas mulheres para alcançar a independência e a socialização, carregando uma grande carga e responsabilidade social? O objetivo é identificar como as mulheres lidam com os estudos durante e após a gestação, e quais são as principais dificuldades enfrentadas nesse período. Além disso, será analisada a legislação e as políticas das instituições de ensino superior em relação aos direitos das gestantes e lactantes.

Esta pesquisa foi baseada em um levantamento bibliográfico, além de consultas e análises de leis relacionadas à questão da mulher e da maternidade. Para o levantamento bibliográfico, foram realizadas buscas por estudos com temáticas relacionadas no Scielo, Google Acadêmico e em leis e decretos do Brasil.

Diante da desigualdade de gênero e das dificuldades enfrentadas pelas mulheres durante a gravidez e a maternidade, é de extrema importância que esse assunto seja discutido, a fim de gerar uma reflexão na sociedade. Ao longo da história, as mulheres sempre carregaram a responsabilidade de criar e educar os filhos, mesmo quando têm apoio de seus cônjuges, familiares, vizinhos ou creches.         A sociedade impõe que a figura materna seja a primeira a ser procurada quando a criança necessita de cuidados, enquanto raramente coloca os pais como responsáveis. Muitas mulheres desconhecem os direitos relacionados à licença maternidade durante o período de graduação. Portanto, acredita-se que este trabalho possa contribuir para fornecer informações a quem não as possui, além de fomentar a discussão sobre o papel da mulher na sociedade.

  1. Desigualdade de gênero e perspectiva histórica da mulher.

Historicamente a vida da mulher sempre esteve ligada à família, cuidados com o lar e submissão ideológica ao poder masculino ( GONÇALVES, QUEIROZ, DELGADO 2017).

Segundo Queiroz, Gonçalvez e Delgado (2017) a própria educação da  família e religião ensinavam que as mulheres deveriam ser pacíficas e submissas, pois aos olhos da sociedade, a educação que cabia às mulheres não abrangia sequer aspectos básicos como, por exemplo, a alfabetização, limitando-se, apenas, aos bons costumes domésticos; afirmando a elas somente o que deveriam saber para conduzir um lar e respeitar o marido como chefe da casa. Não podiam sequer participar de decisões familiares ou públicas, papel que era exercido somente pelo homem, pois a mulher que convivia com a camada público-política, perante sua família seria corrompida, sujeitando-se a perder sua pureza e ingenuidade (LÍDIA GOMES, 2020).

A conquista das mulheres pelo direito de votar e de se candidatarem se deu através do decreto 21.076 assinado pelo, então, presidente Getúlio  Vargas, em 1932 . Mesmo após conquistar alguns direitos e espaços na sociedade o número de mulheres em cargos políticos ou em profissões de prestígio eram muito baixos (DÉBORA ANDRADE 2020). Entre 1932 e 1963 apenas 4 mulheres ocuparam cadeiras na Câmara dos Deputados . Hoje, no século XXI, ainda que as mulheres continuem sendo sub representadas na política, a participação das mulheres vem avançando de forma significativa, sendo que atualmente as mulheres ocupam 15% das cadeiras políticas no Brasil.

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