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Tcc Psicanalise dos contos de fadas na educação infantil

Por:   •  25/3/2020  •  Monografia  •  8.177 Palavras (33 Páginas)  •  180 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A literatura infantil desenvolve o interesse de ler nas crianças, partindo para um lado lúdico e magico, é assim a forma mais prazerosa e divertida de se aguçar o interesse. E assim juntamente com um adulto que já vive em um mundo mais real e letrado, desperte na criança a paixão pela leitura.

Este trabalho tem como objetivo principal, investigar e abordar de que forma a aplicação da literatura infantil, em especial os contos de fadas em sala de aula contribuem para o desenvolvimento do imaginário da criança.

O trabalho está estruturado em quatro capítulos. No 1° capitulo: A ORIGEM DOS CONTOS DE FADAS, relata o contexto histórico e todo o caminho percorrido até chegar nos contos de fadas que chegamos hoje.

No subcapitulo 1.1- OS IRMÃOS GRIMM, relata com um pouco mais de detalhes sobre a vida desses escritores que foram grandes colaboradores para esse avanço na literatura.

O segundo capitulo-O QUE É IMAGINÁRIO, relata sobre a construção de imagens, e como o imaginário está presente em nossas vidas desde muito cedo, e não damos tamanha importância.

No terceiro capitulo- OS CONTOS DE FADAS E O DESENVOLVIMENTO DO IMAGINARIO INFANTIL, relata a extrema importância da literatura na infância, pois a criança acaba aprendendo a sonhar, e assim ajudando no seu desenvolvimento.

No quarto capitulo- A IMPORTANCIA DOS CONTOS DE FADAS NO CONTEXTO ESCOLAR, relata a extrema importância de contar historias em sala de aula, não apenas como um momento de distração para os alunos, mas principalmente como estimulação do imaginário e assim criando a vontade de ler nas crianças.

  1. A origem dos contos de fadas.

Antigamente na Europa as reuniões em volta da fogueira era um encontro familiar, e nesses encontros eram passadas de geração em geração as lendas antigas que existiam naquelas regiões, os contadores de lendas, eram pessoas simples como músicos, camponeses, barqueiros, que muitos deles eram analfabetos, mas tinham esse tipo de conhecimento, por ser uma tradição do local.

Existem evidências que relatam a existência dessas lendas antes mesmo do folclore, no século XIX, pois eram usadas no tempo medieval por pregadores para transmitir conceitos morais para as pessoas.

A origem dessas histórias são exibicionistas, grotescas e violentas, pois não eram contadas para as crianças, mas para diversão dos adultos.

É bem verdade que, num nível manifesto, os contos de fadas pouco ensinam sobre as condições especificas da vida moderna da sociedade de massa, eles foram inventados muito antes de seu surgimento, no entanto, por meio deles pode- se aprender mais sobre os problemas íntimos dos seres humanos, e sobre as soluções corretas para suas dificuldades em qualquer sociedade do que qualquer tipo de história compreensível por uma criança. (BETTELHEIM, 1986, p 11, 12)

Segundo Bettelheim, de modo geral as situações impostas pelos contos de fadas, são adequadas para um aprendizado de moral e de valores para as crianças, independente da época em que vivemos, pois os problemas sociais são basicamente os mesmos, e os contos são flexíveis para passar e ensinar isso para muitas gerações.

Segundo estudiosos e folcloristas encontram cerca de 10.000 contos, contadas em diferentes modos. Uma única historia pode representar varias versões, mas sem perder um foco principal, que seria a moral da historia, como a historia da Chapeuzinho Vermelho, que o seu núcleo é formado pela menina que vai até a casa da avó e encontra o lobo na floresta.

Como todos os contadores de histórias, os narradores camponeses adaptavam o cenário de seus relatos ao seu próprio meio; mas mantinham inatos os principais elementos, usando repetições, rimas e outros dispositivos mnemônicos. (DARNTON, 1988)

Os antigos contadores de historias usavam meios com que as suas historias ficassem mais atraentes, fazendo como se fosse um pequeno teatro, acrescentando poemas, e assim era um meio de diversão e aprendizagem para o publico que presenciava o espetáculo.

 Embora o elemento do desempenho, que é central no estudo do folclore contemporâneo, não transpareça nos antigos textos, os folcloristas argumentam que os registros da Terceira República fornecem evidências suficientes para que possam reconstruir, em linhas gerais, uma tradição oral existente há dois séculos.

(DARNTON, 1988)

Há dois séculos um encontro de narrativas orais da idade média contados com uma estética textual que moldou a Literatura infantil e fez com que as historias da carochinha se tornassem universais.

Essa afirmação pode parecer extravagante, mas estudos comparativos revelam surpreendentes semelhanças em diferentes anotações do mesmo conto, mesmotendo sido feitas em aldeias remotas, muito afastadas umas das outras e da circulação de livros. (DARNTON, 1988)

É impressionante existe uma variedade de versões no mesmo conto, cada um contada do seu jeito, com as suas características e com isso fazia com que houvesse essas modificações.

Num estudo do Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, Paul Delarue comparou trinta e cinco versões, registradas em toda uma vasta área da langue d’oil. (DARNTON, 1988)

As versões consideradas originais dos contos de fadas são totalmente diferentes da versão em que conhecemos em nossas infâncias, e que são passadas para as crianças nos dias hoje, os contos atuais tem um ar mais fantasioso, que trabalha muito mais com o lúdico.

Vinte versões correspondiam exatamente ao primitivo

Conte de lá meregrand citado acima, com exceção de alguns poucos detalhes (algumas vezes, a menina é devorada, em outras escapa através de um artifício). Duas versões acompanham o conto de Perrault (o primeiro a mencionar o capuz vermelho).

(DARNTON, 1988)

Mesmo os contos com o ar mais inocente para as crianças existem essas variações de versões, como também nos três porquinhos, em algumas eles são devorados em outras eles escapam do lobo.

 E o resto contém uma mistura dos relatos orais e escritos, cujos elementos se distinguem tão nitidamente quanto o alho e a

mostarda num molho de salada francês. (DARNTON, 1988, p. 31)

O primeiro a escrever um livro de conto de fadas foi o francês Charles Perralt, que nasceu em Paris no século XVII, aos 70 anos escreveu o seu primeiro livro de contos, era conhecido como “Historias da mamãe gansa”, era uma coletânea de oito historias e só teve sua publicação em janeiro de 1697, era uma redação simples, que em forma de versos traziam conceitos morais, esses livros traziam historias de bruxas, fadas e princesas que habitam até os dias de hoje no imaginário infantil como “A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela”, entre outros.

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