Trabalho de antropologia

TRABALHO DE ANTROPOLOGIA

Luiza Elisa Furlan Phelipini

Vivemos em uma sociedade injusta, marcada pela desigualdade e pelas diferenças sociais, onde os ricos são mais favorecidos, em detrimento dos pobres, que não tem as mesmas oportunidades, sejam elas no âmbito social ou profissional.

A desigualdade social existente em nosso país e que atinge a maior parte da população, é decorrente de vários fatores, como a má distribuição de renda e o preconceito contra os negros, nordestinos e índios. Esta desigualdade existe há muito tempo, e por mais que bandeiras sejam levantadas contra esse tipo de comportamento, e campanhas publicitárias tentem mudar estes conceitos de que somos diferentes, pouca coisa mudou.

Na música Miséria, escrita e interpretada pela banda Titãs, é possível perceber que a miséria a que se referem, não diz respeito somente à fome, à falta de um lugar pra morar ou a não ter o que vestir, mas remetem também à uma miséria de espírito, à uma pobreza de alma, pois mesmo àquele que tem riquezas, podem ser pobres por dentro, e da mesma forma, os miseráveis podem ser riquíssimos interiormente, ricos pelo caráter, pelos bons sentimentos e pela experiência de vida que carrega.

O que caracteriza essa miséria interior no ser humano é a atitude de pensar que ele é melhor que o outro apenas por ter a pele branca, ou por ser rico, ou por estudar em um ótimo colégio, ou ainda por ter um sobrenome importante. E como a própria letra da música já diz: miséria e miséria em qualquer canto. Essa miséria não escolhe raça, cor ou religião, ela pode ocorrer em qualquer lugar, em qualquer canto. Essa é a triste realidade de nosso país, alguns possuem muito mais do que necessitam para viver, enquanto outros vivem à margem da sociedade, sem condições dignas mínimas de sobrevivência.

Enquanto alguns andam de Ferrari outros nem tem onde morar, enquanto uns desperdiçam alimentos, outros procuram restos no lixo. Se somos todos iguais perante a lei, porque existe tanta diferença? Porque mulheres, negros, pobres e pessoas com deficiência são tão discriminados em nosso país?

O racismo é considerado como um dos causadores da desigualdade social, porque discrimina negros, índios e nordestinos. São várias as situações constrangedoras à que eles já foram submetidos. Um exemplo disso foi o que aconteceu recentemente por ocasião das eleições presidenciais, quando os nordestinos acabaram levando a culpa pela candidata do PT conseguir a reeleição, sob alegações de que os mesmos eram um povo inculto, ignorantes e não sabiam votar.

O Governo Federal, desde o ano de 2000, passou a reconhecer oficialmente o racismo no Brasil, e a partir daí vem realizando inúmeras ações visando combater a discriminação.

A política de cotas para negros e indígenas nas universidades, como também em concursos públicos, é uma destas ações, mas que divide opiniões, pois muitos acreditam ser uma atitude racista, haja vista que se somos iguais, devemos então ter as mesmas oportunidades. Ao ofertar cotas para negros, estaríamos facilitando sua aprovação no vestibular, como se eles não fossem capazes de concorrer de igual para igual com uma pessoa de pele branca. A cor da pele