UMA REFLEXÃO SOBRE A DIVERSIDADE E RESPEITO AS DIFERENÇAS

UMA REFLEXÃO SOBRE A DIVERSIDADE E RESPEITO AS DIFERENÇAS

Diversidade, principalmente em ambiente escolar, é rotina para todos, entretanto, nem todos estão preparados para vivenciá-la.

Em minha vivência enquanto docente do ensino superior, pude presenciar e, até mesmo, vivenciar, diversas situações em que se destaca o preconceito, não somente relacionado a questões sexuais.

Ao longo dos anos, já tive a oportunidade de trabalhar com alunos muito diversificados, alunos com deficiência auditiva, deficiência de visão, homossexuais, mas teve um caso que me chamou a atenção. No curso de Sistemas de Informação, tive a grata oportunidade de trabalhar com um aluno autista. Obviamente, muito bem amparado e preparado pela família que, nos solicitava que não houvesse tratamento diferenciado por conta de sua situação. A minha primeira reação foi: “Como não ter um tratamento diferenciado?”, hoje, vejo claramente que esta reação se deu por conta de minha ignorância neste aspecto. Ao longo dos 4 anos do curso, este aluno enfrentou todos os seus desafios, superou todas as dificuldades e, principalmente, permitiu se incluir, mesmo com diferenças comportamentais. Nem todos os “Colegas de turma” o receberam da mesma forma, entretanto, apenas uma pequena minoria não o recebeu. Aprendi muito ao longo daqueles 4 anos. O respeito as suas limitações e forma de motivá-lo a superá-las, fizeram toda a diferença e hoje, afirmo que sou uma professora melhor graças a este aluno.

Após ter passado 12 anos apenas no magistério superior, há 3 anos também tenho trabalhado no ensino técnico integrado ao ensino médio e com este público tem me surpreendido dia a dia. Tenho percebido que a diversidade, principalmente relacionada a sexualidade é grande, mas o respeito a estas escolhas também. A inclusão de pessoas com necessidades especiais, também me surpreendeu.

Entretanto, no último mês vivi passei a presenciar atitudes que não esperava. Em uma turma do 2º ano do curso técnico em informática integrado ao ensino médio, começamos a perceber uma “guerra dos sexos”, no qual, um grupo de meninos não respeitavam as meninas que, por sua vez, se defendiam com arrogância. Passamos a presenciar cenas de preconceito quanto ao fato de sermos mulheres, inclusive com algumas professoras. Então, a duas semanas, convidamos todas as mulheres do IFPR – Campus Paranavaí, que fazem parte da direção e coordenações para conversar com tais alunos.

Na busca de conscientizar nossos alunos, preparamos uma apresentação sobre Direitos Humanos, falamos sobre a igualdade e diversidade e mostramos casos de preconceito e casos de sucesso.

Agora, continuamos com ações de conscientização, falas sobre diversidade e estamos observando e analisando nossos alunos, na busca de promover reflexões que os leve a entender que todos têm os mesmo direitos e deveres e devemos, sempre, respeitar a todos, independentemente de sexo, sexualidade, gênero, raça, crença, idade, etc.

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