O Menino, o vento e a pipa: Uma reflexão sobre os conceitos de diversidade e respeito às diferenças

A partir da história “O MENINO, O VENTO E A PIPA”, uma reflexão sobre os conceitos de diversidade e respeito às diferenças. Registro de uma situação conhecida, em que o respeito às diferenças foi marcante e que também pode exemplificar situações desta natureza.

A história de João, o sonhador, uma criança com tantas privações, mas que enxergava através do Faz de Conta, seu mundo em um castelo, lugares incríveis, cenário de várias aventuras. Sua pipa, a possibilidade de alcançar voos imaginários além das paredes que o separava do mundo real, do mundo bonito (assim visto por ele). O enredo do voo da pipa, correr, subir, cair nas pedras, descer, uma vontade, uma persistência e uma alegria imensa pela força, pelo vento, pela possibilidade de ver sobre o muro.

O texto O MENINO, O VENTO E A PIPA traz uma reflexão sobre as diferentes formas de encarar a realidade da vida, sem que circunstâncias adversas afetem negativamente os sonhos e os objetivos.

Trazendo a reflexão para os conceitos de diversidade e respeito às diferenças, observa-se a ‘pureza’ de João, livre de preconceitos, em um mundo repleto de fantasias, onde a ‘alegria de viver’ pode ser encontrada em tudo e em todos.

No cenário mundial de sociedades em alta velocidade de transformação, a reconfiguração das identidades culturais e nacionais produz novas identidades. As tecnologias conectaram comunidades para além de suas fronteiras e milhões de pessoas interagiram, rompendo espaços, tempos e territórios. Dois processos podem ser encontrados: a padronização de hábitos, um processo de massificação e homogeneização, versus a (re)valorização de aspectos culturais tradicionais.

Esse quadro nos mostra a complexidade da convivência com a diversidade cultural. Como descrito na bibliografia, “reconhecer o outro em sua alteridade, ou seja, acolhê-lo em sua realidade concreta, sócio-histórico-cultural, requer constantes lampejos de lucidez. Entretanto, inúmeras cegueiras resultantes da autocompreensão exclusivista de olhar a realidade, percebem as diferenças como ameaças ao andamento da vida e, por isso, inúmeras são as tentativas de desqualificação, superposição, desvalorização, anulação, negação e exclusão dos diferentes. O respeito à diversidade cultural é uma das garantias para a promoção dos direitos humanos. É um imperativo ético inseparável do respeito à dignidade humana. Ninguém pode invocar a diversidade cultural para violar os direitos humanos garantidos pelo direito internacional, nem para limitar seu alcance (UNESCO, 2001)”