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UNIVERSIDADE UNIDERP ANHANGUERA DESAFIO PROFISSIONAL

Por:   •  25/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.405 Palavras (22 Páginas)  •  510 Visualizações

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UNIVERSIDADE UNIDERP ANHANGUERA

DESAFIO PROFISSIONAL

CURSO: EDUCAÇAO FÍSICA

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

PENSAMENTO PEDAGÓGICO

INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo a educação vem sofrendo mudanças consideráveis tanto quanto na forma de se lecionar, tanto quanto o perfil dos docentes.

Sabe-se que a docência é algo de suma importância para educação como um todo, refletindo no educando, como no educador e na sociedade.

Nos primórdios da docência notava-se um respeito considerável pelo educador, uma forma de reconhecimento pelo profissional e pelo que ele representava.

Notava-se também um perfil de gênero feminino com mais representatividade.

Esse trabalho discorrerá a história da educação no Brasil e suas mutações no decorrer dos anos, levando em conta, relatos de docentes com larga experiências vivenciadas ao longo da carreira, destacando os motivos pelos quais optaram e quais são os resultados obtidos.

Analisando a história política da formação de professores, inclusive no Brasil, observamos que esta se inicia com o advento do mundo moderno, das ideias liberais de secularização e extensão do ensino primário para todas as camadas da população. Assim, o modelo de formação e de escola que se estabelece no Brasil é o europeu, mais especificamente o francês. Devido a nossa tradição colonial, somos forjados na submissão da cultural, da domesticação do pensamento hierarquizado culturalmente pela hegemonia dominante.

Em 1835, na Província do Rio de Janeiro, foi criada a primeira escola normal, através da lei no. 10 do mesmo ano; determinando também sua organização interna, a escola seria regida por um diretor, que exerceria também a função de professor.

Entretanto a consolidação da formação docente só ganhou êxito a partir de 1870, através das ideias liberais de democratização e obrigatoriedade da instituição primária. Somente com as transformações políticas, ideológicas e culturais influenciadas pela fase iluminista é que o setor educacional sofre mudanças, considerando que um país se faz pela educação. Diante dessa afirmativa, a ampliação do ensino começa a ser reclamada, as escolas normais passam a ser valorizadas, com melhoria do currículo, ampliação dos requisitos para o ingresso e sua abertura para o público feminino.

A recorrência aos aspectos históricos da profissionalização teve o objetivo de atentar que a análise das relações entre o Estado e a profissão, no caso da docência, não se reduz a responsabilizar o Estado pela desvalorização, baixa remuneração, submissão às políticas educacionais - desprofissionalização, em que afirmam os estudos encontrar-se o professorado -, porque teriam perdido a autonomia necessária sobre o seu trabalho, ao submeter-se a regras externas à sua profissão.

Ao longo dos anos, foram surgindo diversos modelos de formação de professores e diversos mecanismos de recrutamento. Isso vem colaborar com a reflexão sobre a multiplicidade de episódios vividos em cada época, adequados às características de cada sociedade em seu momento histórico e consequentemente com a diversidade e descontinuidade que moldaram a constituição do sistema escolar brasileiro.

As relações de poder existentes entre o Estado e professorado e que são geradoras de tensões, podem ser consideradas próprias das lutas travadas pelos professores na busca por reconhecimento e valorização profissional. Ou seja, as tensões são próprias do processo de profissionalização docente.

É preciso lembrar que a profissionalização docente só foi possível quando a regularidade no pagamento se estabeleceu de modo a que este pudesse se constituir em um trabalho de tempo integral e dedicação exclusiva. No início da década de 1960, houve as primeiras manifestações de insatisfações salariais pelos professores primários. Cabe aqui, ressaltar que a grande maioria desses profissionais da educação eram mulheres, o que permite demonstrar o posicionamento social e político do sexo feminino, numa sociedade que ainda tentava se estruturar vários foram os movimentos da categoria, mas as dificuldades, encontradas nesse universo, repleto de divergências e disputas, causaram certo atraso nos processos de articulação e legitimação da profissão docente no Brasil.

As primeiras escolas normais eram destinadas apenas aos elementos do sexo masculino, excluindo o sexo feminino. Aliás, mecanismo de exclusão do saber refletiam-se descaradamente no currículo, que para o sexo feminino era mais reduzido e diferenciado, contemplando o domínio de trabalhos domésticos.

Durante todo o século XIX, veremos firmada essa diferenciação nos currículos tanto das primárias femininas, quanto nas seções femininas das escolas normais, na qual o ensino das disciplinas da área de exatas era ausente.

Somente no final do século, com a experiência da coeducação, num momento em que o número de mulheres superava o de homens, vamos ter um currículo unificado. Porém, disciplinas como matemática nunca seria dada com nível de profundidade igual. E até hoje essa atitude é percebida nos cursos normais secundários - nível médio - que ainda existem. Foi dada uma importância menor às disciplinas da área de exatas, tanto por parte dos alunos que se dizem incapazes de assimilar tais conteúdos, como dos professores que selecionavam os conteúdos mais fáceis e superficiais de disciplinas como física, química, matemática, geometria.

Até o final do século sucederam-se pequenas reformas na Escola Normal que não mudaram em essência o caráter das disciplinas do curso. O advento do novo regime não trouxe alterações significativas para a instrução pública, nem inaugurou uma nova corrente de ideias educacionais, tendo o quadro social, político e econômico da Primeira República pouco favorecido à difusão do ensino. A importante função de repassar aquilo que era considerado importante, fez com que o ser humano produzisse as mais variadas maneiras de se relacionar com o mundo que o cerca. Dessa forma, a educação sofreu mudanças desde a antiguidade

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