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Unidade I - O Aluno “Docente”: Possibilidades e Desafios do Estágio

Por:   •  6/4/2020  •  Resenha  •  859 Palavras (4 Páginas)  •  414 Visualizações

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Atividade Reflexiva

Unidade I - O Aluno “Docente”: Possibilidades e Desafios do Estágio

O processo de construção da vida profissional de um docente certamente envolverá a compreensão das reais situações inseridas nos diversos contextos da escola onde esse professor atuará. Nesse sentido, um dos elementos mais importantes da formação de um professor é, sem dúvida, a realização do Estágio Supervisionado. É nesta etapa que o docente ainda em formação terá a oportunidade de estabelecer um elo entre a teoria e a prática, o que contribuirá fortemente para a construção dos seus saberes e com a sua vida profissional, como um todo.

O Estágio Supervisionado deverá possibilitar ao futuro professor conhecer, analisar e refletir sobre seu ambiente de trabalho. Sendo assim, é importante que o aluno de Estágio encare a realidade escolar em que for inserido, tendo sempre em mente as teorias que aprendeu e as habilidades que desenvolveu ao longo do curso universitário que escolheu, as reflexões que faz a partir da prática que observa, as experiências que viveu e que vive enquanto aluno e as concepções que traz consigo sobre o que é ensinar e aprender.

Segundo Pimenta e Lima (2012), “o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental”. Ainda de acordo as referidas autoras, o Estágio Supervisionado, enquanto campo de conhecimento, “se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas” (Pimenta e Lima, 2012).

Por outro lado, não se pode negar a existência de grandes desafios a serem enfrentados quando pensamos no ensino de Ciências na atualidade. Não é raro, por exemplo, ouvir dos alunos que concluem seus cursos de licenciatura que a profissão docente se aprende ‘na prática’ e que as disciplinas ofertadas na Universidade são demasiadamente ‘teóricas’. Nesse sentido, torna-se ainda mais evidente a importância da realização de um bom Estágio Supervisionado, no qual o estagiário deverá assumir um papel ativo, na busca por experiências que possam contribuir de fato com sua formação profissional, ajudando-o, assim, no enfretamento dos desafios do ensino em sua atuação como professor em sala de sala.

Ser Professor de Ciência não é uma tarefa simples de ser realizada, podendo se mostrar um desafio para muitos professores recém-formados que começam a lecionar e que precisarão lidar com uma possível frustação caso não consigam um retorno esperado dos seus alunos em termos de aprendizagem. Na prática, em sala de aula, podem surgir, por parte do professor, alguns descontentamentos ou dúvidas como, por exemplo: a) por que não consigo realizar as minhas atividades? b) por que os alunos estão desinteressados? c) por que os alunos não aprendem o conteúdo?

Acredito que um dos pontos que contribuem para aumentar a dificuldade inicial em ser professor de Ciência é a formação acadêmica do próprio professor que se desenvolve, geralmente, de maneira abstrata, muito distante da realidade da escola, constituindo um abismo enorme entre a teoria e a prática. A realidade em sala de aula exigirá que o professor trabalhe o conteúdo de forma dinâmica, estimulando sempre os alunos a terem uma aprendizagem significativa.

Ao final da graduação, muitos professores são levados a crer que os conhecimentos adquiridos por eles na Universidade são suficientes para que possam lecionar durante toda a sua carreira profissional. Esse é outro fator que pode contribuir significativamente para aumentar a dificuldade do professor de Ciências em sala de aula. Nesse sentido, Gatti (2003) afirma que “[...] formas interativas que propiciam convivências e interações com novos conteúdos culturais, com pessoas de outros ambientes e com ideias e níveis de informação diversificados, constituídas com o objetivo de entrosar elementos do contexto existente com novas experiências, parece ser o caminho mais propício à criação de condições de integração de novos conhecimentos de modo significativo e de mudanças ou criação de novas práticas.” Abreu, Bejarano e Hohenfeld (2003) também compartilham da mesma ideia ao afirmar que “[...] os professores necessitam de uma formação contínua em longo prazo para que possam tanto ter oportunidade de rever suas concepções quanto aprender a ensinar na perspectiva investigativa”.

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