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A ANÁLISE DO FILME: CIDADE DE DEUS

Por:   •  26/9/2022  •  Resenha  •  2.451 Palavras (10 Páginas)  •  85 Visualizações

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR

FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES – FAAr

ANÁLISE DO FILME: CIDADE DE DEUS

VALDEMIR MENDES DA SILVA

        

        

ARIQUEMES

2022

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ANÁLISE DO FILME: CIDADE DE DEUS

Relatório apresentado ao curso de Psicologia das Faculdades Associadas de Ariquemes – FAAr, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Psicologia Jurídica sob a orientação da professora Esp. Maria Jarina de Souza Manoel

ARIQUEMES

2022

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar as discussões sobre o filme, Cidade de Deus: uma verdadeira guerra pela disputa do tráfico de drogas. Dividido em três fases (anos 60, 70 e 80), o filme faz uma escalada que vai dos românticos assaltos a caminhões de gás realizado na década de 60 pelo "Trio Ternura" até a guerra entre quadrilhas de traficantes que espalha terror e sangue pelas ruas da favela.

Cidade de Deus" mostra a curta; porém, lucrativa atividade do tráfico. A primeira impressão, não necessariamente a que fica, é que o filme retrata um ciclo de violência, recheado de muito sangue, palavrão e pó. No entanto, analisando um pouco mais a evolução do tráfico mostrado nas cenas, nos questionamos quanto à existência de um ciclo sem-fim; ou ainda quanto à impossibilidade de não ser integrante desse ciclo, apesar da convivência e de toda facilidade que o tráfico dispõe.

Fazendo uma analogia à primeira cena do filme, onde traficantes correm atrás de uma galinha que foge da panela, o destino do personagem Buscapé (Alexandre Rodrigues) parece fazer a mesma corrida em busca de sua sobrevivência. Desde pequeno familiarizado com a vida do crime, o narrador tem seu irmão morto gratuitamente pelo então menino Dadinho (Douglas Silva), portador de uma crueldade inaudita, e vê seus amigos de pelada nas ruas da favela tomarem novas projeções na escalada à criminalidade.

O sonho de ser fotógrafo transforma-se, então, na esperança de conseguir seu próprio sustento e ter uma vida mais digna e duradoura do que seu irmão e amigos; transforma-se na fuga do círculo vicioso da criminalidade. O Filme "Cidade de Deus" mostra através de Buscapé, que apesar do convívio, das precárias condições de vida que são compartilhadas por todos os moradores da favela, da posição de relegados à própria sorte, sem nenhuma assistência de instituições governamentais, há destinos e caminhos diferentes a serem percorridos.

O filme vai além, mostra que não se trata de personagens meramente fictícios e que a história retratada nas cenas poderia ser a estória de cada um de nós. Cada personagem (Buscapé, Zé pequeno, Bené, Zé Maria) tem direito a realizar sua escolha; os que optam pelo tráfico sabem que se tornam escravos das armas e da violência por elas produzida e mais, ficam as espreitas da própria morte.

Nosso protagonista, no entanto, escolhe outro tipo de arma para lutar contra as dificuldades: a fotografia. Porém, encontrar a porta de saída da criminalidade numa comunidade como a da Cidade de Deus requer força de vontade e caráter. Uma das seqüências mais hilárias é a tentativa de Buscapé de se tornar bandido, percebe-se de imediato que o protagonista não tem o menor talento para tal profissão. A boa índole sobrepõe-se às dificuldades financeiras, à falta de oportunidade de emprego digno e até mesmo à falta de reconhecimento e respeito dos demais bandidos. Buscapé, apesar de todos os percalços de sua vida, dá um grito de não à apologia ao crime e à transgressão de valores.

A violência exagerada, diria muitos, mostrada nas telas de forma explícita, é senão um dos recursos para nos atentar à realidade. Exagero, sim, mas de ingenuidade! Ver o filme e não acreditar que se trata de um retrato real de nossa sociedade; não acreditar que traficantes como Zé Pequeno (Leandro Firmino da Hora), aspirante ao título de bandido mais respeitável da favela, que desde de menino comete crimes pelo puro instinto de perversidade, e que quando cresce, acompanhado do aumento de sua maldade, manda e desmanda, escolhe quem matar e que tipo de morte seus inimigos merecem, qual mulher deseja ter, inicia crianças na vida do crime com um prazer de pai que ensina o filho à futura profissão; são personagens reais e atendem por nomes de Elias Maluco, Beira Mar, Celsinho e tantos outros que afligem e transgridem a ordem social

 

1 CRIME

Discorrer sobre os crimes que são retratados no filme, Cidade de Deus é uma proposta bastante intrigante, uma vez que neste, vemos todos os crimes imagináveis, portanto nos delimitamos a versar sobre a personagem Zé Pequeno, seus atos, sua ambição e possíveis transtornos em sua personalidade. Não se pode ignorar o personagem Mané Galinha, que a princípio era um homem bom, trabalhador e ao ter sua esposa violentada e familiares mortos pelo Zé Pequeno dá início a uma vingança que levaria a uma guerra na Favela.

Temos por crime a definição dada pelo Conselho Nacional do Ministério Público onde a doutrina define crime como o "fato proibido por lei sob ameaça de uma pena".

Na infância Zé Pequeno respondia pelo apelido de Dadinho, já nessa fase de sua vida se mostrava seduzido pelo crime, acompanhava o Trio Ternura em roubos e sugeriu a este trio o assalto ao motel, onde foi-lhe atribuída a função de vigiar a possível chegada da polícia, sentindo-se figurante na ação resolve entrar no motel, ao fim da ação de seus parceiros e matar todos os que lá estavam, nas palavras de Buscapé (protagonista e narrador) ele “matou a vontade de matar”.

Visto que Dadinho se une a Bené e cresce em idade e crueldade, já adulto por indicação de seu guia espiritual troca seu apelido para Zé Pequeno. Sua ambição o leva a buscar crescer no mundo do crime, desejava ser o maior criminoso do mundo, dado ao fato que se tornou dono de quase todas as bocas de fumo da favela, com a única exceção àquela que pertencia ao Cenoura.

Em sua crueldade desejou a esposa do Mané Galinha, como dito, um homem bom e trabalhador, sendo desprezado por esta, a violenta sexualmente na presença de seu marido, ordena a sua gangue que metralhem a casa da família provocando a morte de dois entes querido de Mané.

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