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A CURA ATRAVÉS DO HUMOR

Por:   •  9/2/2020  •  Resenha  •  1.855 Palavras (8 Páginas)  •  205 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Resenha Crítica de Caso

Rosanne Alves de Souza

Trabalho da disciplina: Saúde Mental na Atenção Básica e na Saúde da Família

                                                Tutor: Profª. Rosane de Albuquerque Costa

Fortaleza - Ceará

2019

A CURA ATRAVÉS DO HUMOR: MISTURANDO SAÚDE MENTAL, HUMOR E NEGÓCIOS

Referência: TAYLOR, Michael. LEVIT, Tatiana. A cura através do humor: Misturando Saúde Mental, Humor e Negócios. Richard Ivey School of Business Foundation, 2013.

Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/PG0057/docs/estudo_de_caso_01.pdf

Acesso em: 21 de agosto de 2019.

Os autores relatam a trajetória da escola de stand-up comedy da cidade de  Regina, localizada no Canadá, chamada Cura Através do Humor(HTH). Seu fundador Ian Morrison projetou a escola visando dar as pessoas que vivem com adoecimento mental de encontrar um sentido positivo em sua vida através da escrita e através de apresentação stand-up comedy. As metas principais da HTH era elevar autoestima e desenvolver habilidades de vida para sensibilizar a comunidade sobre os problemas de saúde mental e romper com o paradigma da discriminação relacionada a saúde mental.

        O trabalho era gratificante para Morrison, no entanto, possuía poucos alunos, indicando que muitas ainda desconheciam a existência da escola, sendo assim, precisava encontrar estratégias para aumentar a conscientização sobre a escola e consequentemente beneficiar mais pessoas.

        Uma pesquisa realizada pela Associação Canadense de Saúde Mental (CMHA) e do Instituto Canadense de Saúde apontam que 20% dos canadenses vivenciará algum adoecimento mental na vida. Muitas pessoas com demandas mentis não gostam de falar sobre o assunto e muitas vezes ocasionando silêncio, significando não diagnósticos e tratamentos. Além disso, a comunidade em geral não tem acesso à informação, provocando não compreensão sobre a saúde mental e denominando as ações destes como comportamento irresponsável.

        O fundador nasceu e cresceu em Regina e tinha fortes ligações com a comunidade. Morrison, agora com 32 anos, sofreu de uma doença mental por toda a vida. Ele entende dos desafios e da abordagem diferenciada necessária na forma de ensinar as pessoas que são acometidas por adoecimento mental. Depois de se formar em uma turma de mídia e refletir sobre suas próprias experiências, foi que decidiu abrir a escola e usar a terapia do humor para auxiliar a mudar as percepções das pessoas sobre a saúde mental. Não se considerava uma pessoa de negócios, mas garantiu patrocínio inicial com a Associação Canadense de Saúde Mental (CMHA) e da Sociedade de Esquizofrenia de Saskatchewan (SS) e atraiu a atenção da mídia, fazendo da HTH possível e impulsionando uma posição de liderança.

        A escola HTH foi iniciada em 2009 e sua principal atividade era programa de ensino de escrita e apresentação stand-up comedy, com foco em reduzir stress, aumentar a auto competência, adquirir habilidades para lidar com a doença e senso de controle através do riso e discussões em grupo. O tema das apresentações visava reduzir os estigmas públicos, o preconceito e a discriminação sobre a doença mental.

        Atualmente não existiam programas similares na cidade de Regina e a HTH tinha anseio de expandir-se, Morrison encontrou uma organização similar em Vancouver que havia atraído muitos patrocinadores e expandiu-se para outros locais em todo Canadá. Antes de iniciar a HTH, pensou em abrir uma filial da organização, mas com o custo financeiro alto decidiu seguir em frente e começar a própria organização e a HTH nasceu.

        Sobre as aulas, estas eram realizadas em um espaço doado e o financiamento das apresentações era exclusivamente da venda de ingressos. Os lucros dos shows eram distribuídos entre os participantes que haviam apresentado. Apesar de a remuneração pequena e sobretudo simbólica, beneficiava imensamente os participantes que muitas vezes tinham renda pequena e lhes dava satisfação e confiança para ser um artista bem-sucedido. Então, Morrison concentrou sua atenção em aumentar a frequência do público nas apresentações como meio principal de arrecadar recursos visto que o patrocínio era bastante limitado.

        A HTH proporcionava oportunidade para todas as pessoas que vem lutando com algum adoecimento mental que estava interessado em melhorar sua qualidade de vida e que tinha anseio de aprender e desenvolver habilidades sócias em um ambiente amigável e acolhedor. As aulas semanais auxiliavam os participantes a ganhar confiança diante do grupo, os ensinando a arte da comédia. O programa era gratuito e o lema era “Uma vez que você está pronto para rir, você está pronto para curar.”

        O perfil ideal era alguém que sofresse de uma doença mental controlável que já tivesse em processo de recuperação e que desejasse combater o estigma associado ao adoecimento, concentrando a comédia em reduzir o estigma público, o preconceito e a discriminação sobre as doenças mentais muitas vezes com humor autodepreciativo.

        Embora Morrison não fosse um terapeuta e a classe não fosse voltada para terapia grupal, ela foi usada como forma de cura, permitindo aos participantes discutirem a sua doença uns com os outros e tornassem sua situação leve. Terapia individual profissional estava disponível através de profissionais de saúde da cidade e alguns grupos de apoio. Os materiais, apostilas e planos de aula semanais eram todos criados pelo próprio fundador Morrison. Trabalhando juntos, os alunos surgiam com material de apresentação novo e eram capazes de se apresentar diante do grupo para ganhar experiência e feedback. No final de uma sessão de dois meses, eles estavam prontos para apresentar seu próprio número de stand-up comedy, militando contra o estigma da doença mental.

        Quatro vezes no ano, a HTH apresentava uma noite de comédia no Artful Dodger Cafe & Music Emporium, um café e pub no centro de Regina, com capacidade para 145 clientes. O evento era aberto ao público, a entrada custava CDN$ 5 e as apresentações eram divulgadas no site da HTH e pôsteres pela cidade. Muitos na plateia eram pessoas que ou conheciam alguém na turma ou tinham uma ligação com a HTH.

        O artigo também relata sobre as apresentações ao vivo. Era fator essencial no processo de cura para cada paciente. As aulas possibilitavam auto-expressão, partilha de ideias, experiências e histórias que tinham a intenção de ser uma experiência de transição, um porto seguro para aquelas pessoas que se sentiam separadas da sociedade em geral devido a sua doença mental. Permitiam auto-expressão, partilha de ideias, experiências e histórias. As apresentações eram uma etapa onde o participante podia sair de sua zona de conforto e enfrentar o público. A próxima etapa era integra-se com o resto do mundo e lidar com as atividades do cotidiano por conta própria. Por esta razão, quanto maior o número de pessoas na plateia, mais os artistas se sentiriam desafiados. O processo de apoio do grupo, a prática nas aulas e a superação de alguns dos medos para apresentar-se em público era conceito fundamental da HTH.

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