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A Compreender a Fenomenologia

Por:   •  21/11/2017  •  Resenha  •  633 Palavras (3 Páginas)  •  187 Visualizações

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Compreender a Fenomenologia

Quando se faz a transposição da complexidade da fenomenologia,  (considerando que a fenomenologia não é uma filosofia fácil de ser entendida, que requer muito esforços para sua compreensão e também, não tem muitos seguidores) para outros campos do saber, há como consequência  a simplificação, o distanciamento de boa parte dos seus conceitos,  problema que ocorre frequentemente no campo das ciências humanas e da saúde.

Mas a fenomenologia é uma filosofia simples, por trata do imediato, do fenômeno que ocorre naquele momento, então estamos diante de um paradoxo entre o simples e complexo.

A frase de Merleau Ponty “ A filosofia não é um certo saber, ela é a vigilância que não nos deixa esquecer a fonte de todo saber.” Sabemos que muitas vezes nas ciências, o cientista se acha detentor do conhecimento em uma determinada área, e  acha seu saber superior ao da sabedoria popular, ou a do seu cliente, e com isso se fecha em seu próprio saber, não se abrindo a novos conhecimentos, a novas verdades. E como falamos aqui de fenomenologia, é necessário viajar, para conhecer, reconhecer novas verdades que perpassam pelos nossos olhos, de perguntar, de procurar conhecer. O universo é a fonte de todo saber.

A autentica filosofia continua a investigar, não para, pois a busca é mais importante do que encontrar, a pergunta é o que movimenta, muito mais que respostas dadas e fechadas.

Nesse ponto, podemos relacionar a filosofia a atitude fenomenológica, que é atitude de busca, de questionamento, de investigação constante. E Há uma continuidade, aproximação entre o pensamento cético e a fenomenologia, em termos históricos e conceituais.

A fenomenologia não é apenas uma “escola” de pensamento, nem uma “corrente” nem uma “abordagem”.  A fenomenologia é um modo de acesso ao mundo, dessa forma, ela pode ser apropriada pela psicologia.

“Temos no vocábulo “sujeito” uma acepção receptiva e outra ativa. Por um lado, sujeito é o que sofre a ação (o que se sujeita a); e, por outro, é o que se coloca, que “exerce” uma ação ( o que atua, que age). Então, ao falarmos de “resgate da subjetividade” queremos significar essa dupla acepção, esta dialética sob qual se estabelece boa parte da tradição filosófica ocidental, e que vai desembocar em uma série de novas reflexões posteriores, com significativas repercussões para outros campos do saber.”  Pagina 28 do texto. Essa dialética tão facilmente percebida, onde somos sujeitos tanto de recepção como de ação, onde recebemos as ações dos outros, os fenômenos da vida, muita vezes superiores a nós, e como agimos com os outros, com nós mesmo, como significamos todos esses fenômenos, e como somos sujeitos de ação e transformação enquanto ser.

Fenomenologia é, pois, uma epistemologia tanto enquanto esta pode ser entendida como “teoria do conhecimento” ( como preocupação sobre a própria possibilidade de conhecimento e do conhecer), quanto como crítica do conhecimento estabelecido (em suas bases, estruturas e conceitos). A fenomenologia pode ainda ser entendida como uma filosofia, se esta for entendida como um “pensar” a realidade, não com uma concepção de “escola” filosófica,  mas como uma concepção muito mais próxima de reflexão sobre a realidade. A fenomenologia é um método, uma metodologia de pesquisa desta mesma realidade.

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