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A Epistemologia Convergente

Por:   •  6/5/2019  •  Artigo  •  9.245 Palavras (37 Páginas)  •  462 Visualizações

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A EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE COMO ABORDAGEM PSICOPEDAGÓGICA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O TRABALHO DO PSICOPEDAGOGO[pic 1]

DOMINGOS, Luiz Fabiano1

REINALDIN, Nayanna 2

RESUMO

A psicopedagogia é uma área que busca analisar, compreender, e intervir nas relações de aprendizagem, para tanto a mesma se utiliza de um grande arsenal de teorias, técnicas e diretrizes para abordarem as dificuldades de aprendizagem. O psicopedagogo geralmente é procurado quando o indivíduo, família ou instituição escola apresenta alguma dificuldade aprendizagem, e para tanto o psicopedagogo começa uma investigação. A investigação se dá por uma análise macro do indivíduo, isto é, por uma que leva em conta aspectos como: afetivos, cognitivos e biológicos. O profissional em questão ao investigar as possíveis causas do problema de aprendizagem usa de questionários, técnicas e provas que vão buscar traçar um histórico que possa contribuir para entender as causas que levam o paciente a desenvolver tal quadro. Uma das teorias que contribuem para o exercer psicopedagógico é a epistemologia convergente, onde a mesma procura analisar o sujeito nos seus vínculos, analisar como o mesmo aprende, e constrói o conhecimento, e também se utiliza de ferramentas lúdicas para conseguir investigar o psiquismo, e a afetividade do indivíduo. Portanto, a epistemologia convergente pode ser uma ferramenta relevante para o trabalho do psicopedagogo.

Palavras chave: Convergente. Epistemologia. Psicopedagógica. Vínculo.

1 INTRODUÇÃO

            A educação é uma das áreas mais pesquisadas nas universidades, para alguns educar se resume apenas a imagem estereotipada do professor ditando regras do bem viver, dos conteúdos necessários para a formação do aluno, e exercendo uma força coercitiva e moral sobre os educandos.                                                                 

________________________

1-Licenciado em Letras. Aluno do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional do Centro Universitário Internacional Uninter.

2-Professora Orientadora: Pedagoga, Psicopedagoga, Neuropsicologa, Especialista em Educação Especial, Orientadora do Centro Universitário Internacional Uninter.

Como isso se reflete no aluno, não somente com um sujeito que aprende, mas sim como ser que interage, e dinamiza sua relação com o aprendizado.

Quando usa se o léxico “ dinamiza”, isto se refere ao fato de que durante a aula, o aluno não é apenas um mero receptor de conteúdo, mas sim alguém que está criando vínculos com a escola, com seus colegas, com o professor, e também com a família, visto que pode se inferir que família também ensina aos seus rebentos.                A ciência que estuda esse fenômeno é chamada de psicopedagogia, e transita entre a pedagogia, que é tida como a ciência do ensinar, e a psicologia como ciência que estuda e discorre sobre o comportamento humano, portanto a psicopedagogia, é uma ciência própria que nasce do diálogo entre educação e psicologia.                         Existem diversos teorias que fundamentam o trabalho do psicopedagogo, sendo assim é preciso compreender que teorias podem contribuir para o trabalho psicopedagógico.                                                                                         Essa pesquisa nasce com a necessidade de compreender como uma teoria chamada “epistemologia convergente” influencia no trabalho da psicopedagogia, desse modo, a justificativa para tal trabalho é justamente compreender quais são as potencialidades da referida teoria no exercício da atividade psicopedagogo.                 A problemática para a fundamentação dessa pesquisa é a necessidade de compreender se a ‘’epistemologia convergente” é uma teoria que contribui ou não para o exercício da psicopedagogia, e assim mostrando sua consistência e relevância.         Sendo assim, como objetivo geral existe necessidade de mostrar as implicações da teoria da “epistemologia convergente”, porém ainda existem nesse sentido, alguns objetivos específicos, tais como: conceituar a epistemologia; convergente; analisar a importância da mesma para o trabalho do psicopedagogo; e elencar os pontos positivos de tal abordagem.                                                                        Em resumo, essa pesquisa buscou entender como as relações entre psicopedagogia, e a teoria da “ epistemologia convergente” dialogam, e assim que como este diálogo se traduza na prática.                                

2 PSICOPEDAGIA E DIÁLOGOS

        O exercício do profissional de psicopedagogia ainda é um dos grandes motivos de discussões no meio educacional, sinalizando assim uma falta de definição exata do espaço da psicopedagogia em vários contextos.                                        Andrade (1998) salienta que a psicopedagogia tem o seguinte caráter:

Pode-se pensar a Psicopedagogia com o espaço para o qual convergem diferentes áreas do conhecimento cujo campo de atuação seria identificado pelo processo ensino/aprendizagem. Por outro lado, ao se considerar a questão da aprendizagem como uma característica da espécie humana que tem garantido sua sobrevivência mesmo em condições adversas, desloca-se da sala de aula e da relação professor/aluno a reflexão, os estudos a atuação dos profissionais que pretendem compreender questões ligadas à aprendizagem. Aprender torna-se ato de vida humana, não de vida escolar (ANDRADE, 1998,33).

Desse modo, podemos entender a relevância da psicopedagogia como ciência que dialoga não só com os fenômenos educacionais, mas também com outros espaços, provocando a necessidade de entender que o aprendizado não é inerente à vida cotidiana.                                                                                        A relevância pode se ser entendida na sua prática, isto é, no exercer do psicopedagogo. Ao pensarmos em uma sessão psicopedagógica, devemos entender que existe aqui uma relação de pesquisa, portanto, uma investigação originada por uma queixa. E essa queixa pode surgir tanto do aluno, como dos pais, professores, e outros membros da escola.                                                                        Weiss (2007) nos explica que:

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