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A FILOSOFIA POR EPICURO

Por:   •  23/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.037 Palavras (9 Páginas)  •  90 Visualizações

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EPICURISMO

A FILOSOFIA POR EPICURO

1. Introdução

A filosofia é o conjunto de reflexões e estudos que buscam entender a vida e a realidade partindo da razão. Um dos praticantes deste estudo é o Epicuro de Samos, a doutrina de seus pensamentos fundou o “Epicurismo”, que é um sistema filosófico estudado e debatido até a atualidade.

O filósofo ateniense, considerado o “Apóstolo da amizade” foi aluno de Pânfilo, um dos seguidores das ideias de Platão, estudioso no qual Epicuro fazia oposição com a finalidade de buscar uma filosofia prática e com menos discussões. Com isso, fundou “Jardim”, sua própria escola na qual incentivava uma boa relação entre mestres e simpatizantes. Em conjunto, pregou a doutrina do egoísmo, o que parece contraditório vindo do “Apóstolo da amizade”, entretanto seu pensamento egoísta tem como base o dar e tomar; ser vosso melhor amigo, sendo amigo para os demais; ser gentil para que você se sinta bem consigo mesmo. Neste trabalho, serão apresentadas algumas de suas ideias, como forma de reflexão e estudo.

2. Quem foi Epicuro?

Filósofo grego que viveu no período Helenístico. Foi denominado “profeta do prazer” e “Apóstolo da Amizade”. Epicuro foi o primeiro a dar os passos iniciais para o que seria considerado a teoria Darwiniana, mesmo 2.300 anos antes de Darwin ele já apresentava um espoço bem interessante sobre a evolução das espécies.

Epicuro nasceu na Ilha de Samos na Grécia por volta de 342 e 341 a.C. e morreu entre 271 e 270 a.C ... Enquanto jovem, Epicuro foi para Teos, onde estudou com um discípulo de Demócrito. Em 323 a.C. se mudou para Atenas e acredita-se que foi nessa época que ele conheceu os ensinamentos de Xenócrates, sucessor de Platão na Academia. Em seguida iniciou uma série de viagens e retornou para Atenas apenas em 306 a.C., foi quando comprou seu famoso Jardim, e ficou lá até seus últimos dias de vida.

Seguiu a sua vida estudando filosofia sendo discípulo de Pânfilo que era um seguidor das ideias de Platão, porém, Epicuro rejeitava as ideias de Platão. Enquanto Platão separa o mundo sensível e o mundo inteligível, o qual privilegia, acredita na imortalidade da alma, na vida eterna e no mito. Epicuro não divide o mundo em dois, defende os sentidos e valoriza as sensações, é materialista, não concorda com o mito pois o mesmo causa medo e não se preocupa com a morte.

Em seguida, ele entra em contato com a teoria atômica e aceita o materialismo defendido por esses, mas rejeita o mecanismo defendido. Epicuro utiliza a teoria anatômica para revelar que os átomos poderiam formar qualquer coisa mesmo com a morte física. Ele reformulou a teoria no que achava necessário para se ajustar ao seu pensamento. E acrescentou que os átomos eram diminutos e indivisíveis e que as mudanças iriam ocorrer na junção ou na separação desses átomos. O principal objetivo que ele pretendia alcançar com as adaptações nessa teoria era de trazer a ideia de crença na liberdade humana.

3. Principais Ideias

Ao dissertar sobre o Epicurismo, é notório a firme presença da cultivação do prazer, e a partir da noção clara disso, se obtém o reflexo exposto por essa sensação: a tranquilidade que é conhecer a serenidade interior. Tendo em vista toda essa bagagem defendida por Epicuro, se tem acesso também aos princípios fundamentais dessa doutrina filosófica, como a amizade, o livre arbítrio e a indiferença à morte e aos deuses.

De fato, para o filósofo do Jardim, todo prazer é desejável na medida em que proporciona gozo e satisfação, em oposição às perturbações e dores; e estas devem ser evitadas por trazem em si o desequilíbrio, não favorecendo a felicidade.

Sendo totalmente contra aos prazeres exacerbados, sua ideia era tornar a vida o mais agradável possível, aproveitando o momento presente e as oportunidades que foram concedidas ao longo dos anos. Todavia, acreditava que era necessário reconhecer os limites na busca desses prazeres e desejos, pois faz com que perca a concentração, trazendo prejuízos para saúde mental e o bem espiritual.

“O sábio, porém, nem desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não-viver não é um mal. Assim como opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo ele colhe os doces frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve.” (EPICURO. Carta sobre a felicidade [A Meneceu]. São Paulo: Unesp, 1999. p. 30 e 31).

Outro fundamento importante defendido por Epicuro é a amizade, pois só a partir do convívio, da bondade e gentileza, pode-se alcançar a verdadeira felicidade obtida através do compartilhamento dos pequenos prazeres da alma. O cultivo das amizades deveria ser um princípio seguido pelos epicuristas em razão de sua importância no processo de condução às finalidades pregadas pela filosofia. O pensador segue sua linha, ressaltando a importância de se adquirir amigos e sorrir das ambições de seus amigos, e auxiliá - los nos momentos de necessidade. Ele acredita que a maneira de ser realmente feliz é partilhando a felicidade com os amigos, logo que, o prazer mais importante, e mais duradouro do mundo é a Amizade - frase dita por Epicuro.

Além disso, acreditavam também que era necessário ter um contato frequente com a natureza pois favorece a introspecção e aproximava da liberdade, tanto que, a escola de Epicuro ficava localizada numa propriedade afastada do centro da cidade, rodeada de natureza tornando-se um lugar tranquilo e acolhedor. Por sua beleza natural, o terreno onde ficava localizada a escola, passou a ser chamado de ‘’jardim’’, e Epicuro juntamente com seus seguidores, denominados de “filósofos do jardim”.

O abandono do medo da morte e dos deuses também é um princípio que aparece na filosofia epicurista. Na Grécia Antiga, os Deuses exercia grande influência na vida das pessoas, as divindades interferiam desde os fenômenos naturais até mesmo aos comportamentos humanos, porém Epicuro acreditava que devíamos respeitar, e não temer , pois são seres imortais e bem-aventurados, e não são seres caprichosos e vingativos, como retratavam.

Sua crença era que, depois da morte não existia nenhum outro tipo de vida, mas, que representava realmente o fim, vivemos e morremos por acaso, pois, não éramos considerados filhos de Deus.

Epicuro pregava, que não devíamos temer a morte, e que devemos nos preocupar com nossos prazeres e bem-estar enquanto vivos, pois não há nada após

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