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A SAÚDE MENTAL E TRABALHO

Por:   •  22/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  162 Visualizações

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Os limites impostos ao campo da SM&T

Os limites são muitos de acordo com o ponto de vista teórico, mas será citado um dos considerados mais importante. Identificado por Le Guillant ( 2006) e que consiste na dificuldades em apreender como se dá a passagem entre uma situação vivida, seja ela qual for, e o distúrbio mental.

A dificuldade maior é a prevalência da ideia de uma causalidade direta entre transtorno mental e trabalho e junto a isso a exigência de estabelecer o peso exato das experiências pessoais em relação ás experiências vividas no trabalho.

Como consequência da dificuldade de estabelecer o nexo entre o transtorno e o trabalho que executam, permanece em aberto a questão do atendimento adequado a esses trabalhadores. A preocupação é em não cair na armadilha onde a psicologia estaria entrando nas empresas por um caminho equivocado o de oferecer um atendimento psicológico aos empregados com o intuito de permitir que suportem melhor o que é de fato insuportável.

Ainda se tem a ideia vinculada de que os problemas no mundo do trabalho têm sua origem em questões estreitamente pessoais, isso tem levado à propagação de outra ideia que lhe é complementar: a de que o tratamento psicológico individual deveria saná-los. Mas isso pode levar a perder de vista o que é defendido por Le Guillant onde ele propõe que antes das pessoas o trabalho deveria ser cuidado em todos os sentidos.

Outro limite encontrado é o de permanecer presos ao plano da denúncia dos problemas que estariam na origem dos transtornos mentais do trabalho. Mas não se basta apenas identificar e denunciar sem ações efetivas para transformá-la.

Outra ideia é que não se considera as determinações objetivas, cuja transformação só pode se dar na e, pela prática. Transformação essa que, para ser eficaz, necessita ser efetivada por aqueles que são diretamente afetados por elas.

Também como limitação tem-se a ênfase excessiva ao diagnóstico das causas dos transtornos mentais, em detrimento do estabelecimento de ações efetivas para lidar com os mesmos. Deve-se levar a sério a perspectiva da clínica da atividade ao propor que a atividade não se limita a ser um objeto de estudo, podendo ser um instrumento clínico por excelência de restauração da saúde.

Os desafios que apresentam para o campo da SM&T

Um dos desafios é a adoção de uma perceptiva teórico-metodológica voltada para a transformação do trabalho, cuja base seja o conhecimento efetivo da realidade vivida no trabalho, visto como sujeito ativo tanto na produção desse conhecimento quanto na busca de soluções dos problemas identificados.

Os obstáculos a serem enfrentados pelo campo da SM&T

Um dos obstáculos foi a publicação do livro: A loucura do trabalho, de C. Dejour, em 1987, ela acabou por trazer como consequência um novo problema, ao se colocar como portador da melhor, senão a única, perspectiva válida nesse campo.

Como isso surge o maior obstáculo considerado para o desenvolvimento do campo da SM&T que é a ausência de um debate entre as diversas correntes que compõem, portanto é preciso que haja um real debate entre as escolas, o qual permita formar um coletivo sólido, suscetível de ter um amparo frente às inúmeras dificuldades, tanto teóricas quanto práticas, que é enfrentadas cotidianamente.

Quais as perspectivas para o campo da SM&T

Em primeiro lugar e possível identificar avanços na busca de novas interlocuções, dialogando com disciplinas que poderão efetivamente ajudar o campo da SM&T  a se desenvolver teórica e prática. Acredita-se que a interlocução com a clínica da atividade pode trazer a ênfase na ação.

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