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A Terapia Cognitivo Comportamental

Por:   •  25/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  294 Visualizações

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Aluna: Carolinne N. C. Assis Gonçalves                                                                  TCC Noite

A1 Resenha TCC – Artigo: “Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva

Introdução

O artigo em análise faz uma abordagem acerca da Terapia Cognitiva desde de sua primeira descrição na literatura e o progresso contínuo no desenvolvimento da teoria. Cumpre esclarecer que, ao longo dos anos as características essências da Terapia Cognitiva se mantiveram, especialmente, no que diz respeito à influência do pensamento distorcido e da avaliação cognitiva irrealista de eventos sobre os sentimentos e comportamentos do indivíduo.

O fundador da Terapia Cognitiva foi Aaron Beck e o mesmo criou diretrizes tais como: a construção de uma teoria abrangente de psicopatologia que dialogasse de forma clara com a abordagem psicoterápica; pesquisas acerca das bases empíricas para a teoria; e realização de estudos empíricos para verificar a eficácia da terapia.

Inicialmente seu foco era a depressão e como a atitude negativa, ou seja, autodestrutiva do próprio paciente era capaz de manter o quadro depressivo, embora houvesse aspectos positivos na vida do mesmo. Ao longo do tempo foi desenvolvendo-se e abrangendo outros tipos de psicopatologias.

Objetivo

A Terapia Cognitivo Comportamental pode ser compreendida como uma psicoterapia que tem como foco os pensamentos de uma pessoa e como os mesmos geram sentimentos, ou seja, a forma como uma pessoa pensa pode determinar como ela irá se sentir e, consequentemente, como irá agir.

Sendo assim, podemos dizer que o objetivo da Terapia Cognitivo Comportamental é proporcionar ao paciente a capacidade de realizar avaliações adaptativas no lugar das não adaptativas. Isso se chama técnica de revalidação ou reestruturação adaptativa e se caracteriza como um dos aspectos fundamentais da TCC. É através da percepção dos pensamentos automáticos que o terapeuta irá auxiliar seu paciente a realizar a reestruturação cognitiva, na medida que transforma o pensamento não adaptativo por meio da eliminação do mesmo ou a modificação para torná-lo adaptativo.

Portanto, seu foco é mudar forma como as pessoas pensam para que suas atitudes e sentimentos também possam mudar, no intuito de não desencadear as psicopatologias.

Resultados

Muito se fala acerca da eficácia da TCC e os estudos demonstraram um efeito grande para depressão unipolar em adultos e em adolescentes, transtorno de ansiedade generalizado, síndrome do pânico, transtorno de estresse pós traumático e transtornos de depressão e ansiedade em crianças.

Sendo também possível encontrar resultados positivos nos sintomas para bulimia nervosa, nos tratamentos de relação conjugal conflituosa, raiva, transtornos somáticos na infância e dores crônicas.

Podemos citar também os achados de outras metanálises que indicam que os protocolos de TC/TCC são mais efetivos do término de sintomas de pânico e ansiedade do que os tratamentos farmacológicos, bem como com relação ao uso de antidepressivos no tratamento de depressão unipolar em adultos.

Com relação à esquizofrenia e ao transtorno bipolar, os resultados demonstraram que a aplicação da TC como tratamento adjuvante tem uma boa relação custo-efetividade. E, ainda, demonstrou prevenção de recaídas com resultados melhores no que diz respeito à episódios bipolares em menor número e mais curtos, menor número de hospitalizações e menor variabilidade de sintomas maníacos ao longo de um ano.

Além da eficácia no que concerne às psicopatologias citadas acima, também podemos apontar a eficácia dos resultados das intervenções cognitivas nos tratamentos de doença coronariana, hipertensão, câncer, dores de cabeça, dor crônica, dor lombar crônica, síndrome da fadiga crônica, artrite reumatoide, síndrome pré-menstrual e síndrome do cólon irritável.

Por fim, podemos relacionar os resultados da TC na melhor da qualidade de vida global.

Discussão

O modelo comportamental tradicional começou a ser questionado através de uma revolução cognitiva que teve início em 1960. Foi por meio da pesquisa de Albert Bandura que teve como escopo os modelos de processamento de informações e aprendizagem e as evidencias empíricas, uma vez que a abordagem comportamental apresentava limitações para explicar o comportamento humano.

A partir daí, diversas abordagens começaram a aparecer e as terapias cognitivo comportamental foram classificadas em três divisões principais:

  1. Terapias de enfrentamento, ou seja, têm como objetivo desenvolver habilidade no intuito de propiciar instrumentos ao paciente para lidar com as situações conflituosas que venha a se deparar;
  2. Terapia de solução de problemas que, busca o desenvolvimento de estratégia para que o paciente consiga enfrentar as dificuldades pessoais; e
  3. Terapias de reestruturação que se baseiam na premissa e que os problemas emocionais são consequências dos pensamentos mal adaptados, cujo foco é transformar esses pensamentos distorcidos e, consequentemente, gerar pensamentos adaptativos.

Podemos citar alguns modelos conceituais de modificação cognitivo comportamental que surgiram neste momento, dentre eles: o treinamento de auto-instrução; o treinamento de inoculação de estresse; a terapia de solução de problemas (cuja proposta é o treinamento de habilidades para solução de problemas  e consequente mudança de comportamento); terapia racional emotiva comportamental (onde uma experiência ativa uma crença individual que gera uma consequência emocional, comportamental e fisiológica); terapia construtivista (dá ênfase ao processo de pensamento e geração de significado).

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