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A Terapia e Técnicas de Grupo

Por:   •  9/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.347 Palavras (10 Páginas)  •  132 Visualizações

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GRUPO INSTITUCIONAL

 

A pesquisa sobre grupos começou no final do século XIX denominado psicologia das massas ou psicologia das multidões por Gustav Le Bom dando origem à psicologia social. Ao decorrer do tempo novos estudos foram sendo realizados e Kurt Lewin desenvolveu a primeira teoria consistente sobre grupos.

Temas importantes da teoria de grupos de Lewin é que o grupo precisa ter um objetivo em comum, uma liderança e uma coesão. Kurt Lewin também aponta a teoria do campo grupal onde aparecem desejos, expectativas, medos, identificações, papeis, comunicação, resistências, elaborações, etc.  

Existem várias características que determinam e diferenciam os grupos como, homogêneo e heterogêneo, aberto e fechado, tempo, duração, espaço, assuntos, formas de seleção e ingresso, etc.

O grupo institucional é um tipo de grupo operativo, onde ocorre a evolução dos membros na forma de aprendizagem, ensino e troca de experiências sobre um determinado assunto aplicado em instituições como escola, igreja, associações, empresas, etc. sempre direcionadas com normas estipuladas pelo líder ou pela instituição.

AADA – ASSOCIAÇÃO DE APOIO AO DEFICIENTE AUDITIVO

A AADA – Associação de Apoio ao Deficiente Auditivo é uma instituição organizacional não governamental, sem fins lucrativos cujo objetivo é atender crianças e adolescente até 18 anos.

Fundada em 24 de maio de 1989, a associação foi criada, por não haver em São José dos Campos nenhuma instituição que pudesse atender crianças e adolescentes com deficiência auditiva e surdez.

A ideia surgiu de duas profissionais recém-formadas na área de fonoaudiologia e educação, iniciando assim o atendimento especializado focado na qualidade de vida, capacitando crianças e adolescentes com deficiência auditiva para o exercício da cidadania com dignidade.

A ADDA está localizada em uma região de fácil acesso no bairro Jd. Bela Vista, próximo a rodoviária velha no centro de São José dos Campos tendo seu funcionamento de segunda a sexta-feira das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00  

A Associação apresenta uma ampla estrutura física, disponibilizando boas acomodações, acessibilidades para Pessoas com Deficiência, banheiros higienizados, equipamentos qualificados para cada área e estacionamento para o público. Atualmente é composta por 10 funcionários, sendo: 1 Presidente da                     Associação, 3 Fonoaudiólogas, 1 Psicopedagoga, 1 Instrutor de Libras, 1 Coordenadora Administrativa, 1 Psicóloga, 1 Educadora, 1 Recepcionista e 3 Voluntários.

Atualmente a AADA tem 65 usuários entre crianças e adolescentes, além dos atendimentos que são estendidos aos pais e familiares. O atendimento é voltado para residentes da cidade de São José dos Campos e outras cidades da região metropolitana do Vale do Paraíba.

A Associação atende projetos na área da saúde e na área social, sendo este último o maior deles devido a parceria com a prefeitura de São José dos Campos.

A oficina de convivência é composta por crianças/adolescentes e seus responsáveis, além da psicopedagoga, da psicóloga e do instrutor de libras. Ela é dividida em dois momentos. O primeiro momento tem como objetivo trabalhar a convivência e a interação desses responsáveis com as crianças e os adolescentes em libras, pois, acredita-se que para alguns, este é o único momento que eles têm para interagir com pessoas surdas. Alguns dos atendidos estudam na escola bilíngue municipal Profª Maria Aparecida dos Santos Ronconi, no Jardim Jussara localizada na região central da cidade.

Em um segundo momento, ocorre uma divisão na oficina de convivência, onde as crianças e os adolescentes passam a ficar com a psicopedagoga e o instrutor de libras trabalhando temas importantes a fim de auxiliar o convívio deles com os ouvintes. Em seguida os responsáveis acompanham a psicóloga para outro ambiente mais reservado, onde o grupo passa a ser chamado de Grupo de Pais.

Esse grupo surgiu através de outro programa chamado Sala de Recursos, onde duas vezes por semana esses responsáveis se dirigiam até a AADA para serem auxiliados com duvidas em relação à escola, carteirinha para ônibus, documentação para o INSS, laudos da fonoaudióloga para comprovação que essas crianças/adolescentes continuam surdos, além dos relatos de problemas familiares, a difícil aceitação no ambiente familiar e suas angústias.

A ideia do grupo é fazer com que esses responsáveis vejam a AADA como um espaço não só como uma instituição para o filho e sim que eles vejam que o espaço é para eles também, pois são pais que se sentem sozinhos em diversos momentos de suas vidas, e através do grupo pela troca de experiências eles percebem que não estão sozinhos.

O grupo é fechado, as sessões são conduzidas por uma psicóloga (de abordagem psicanalítica), os conteúdos são desenvolvidos em cima de temas previamente elegidos pela psicóloga ou trazidos pelos responsáveis, através de alguma vivência ou dúvida.

        

  RELAÇÃO ENTRE O GRUPO INSTITUCIONAL, AADA E A PSICANÁLISE

No texto "Psicologia das massas e análise do eu" Freud convoca a psicanálise a se ocupar do social, poderíamos dizer, dos laços sociais. A explicação da libido e do amor como aquilo que uniria a massa, junto à necessidade que tem o indivíduo de um outro, é o que acrescenta Freud aos pesquisadores mencionados, segundo sua interpretação. Recordemos que ele disse, desde o projeto, que o inicial desamparo do ser humano é a fonte primordial de todos os motivos morais. Assim, Freud explicará o fenômeno de massas artificiais, como o exército e a igreja, pelos laços libidinais, duplos, ao condutor e entre os membros da massa.

Os grupos humanos apresentam mais uma vez o quadro familiar de um indivíduo de força superior em meio a um bando de companheiros iguais.

Desde o princípio, houve dois tipos de psicologia, a dos membros individuais do grupo e a do pai, chefe ou líder.

Em uma reflexão mais profunda, os membros do grupo achavam-se sujeitos a vínculos, tais como os que percebemos atualmente. O pai era livre, não necessitava do esforço do outro. A congruência nos leva a pensar que seu ego possuía poucos laços libidinais.

Na vida psíquica do indivíduo, o outro entra em consideração de maneira bem regular como modelo, objeto, ajudante e adversário, e, por isso, desde o princípio, a psicologia individual também é ao mesmo tempo psicologia social nesse sentido ampliado.

Todas as relações que o indivíduo mantém com seus pais, irmãos, o objeto amoroso, se tornam material de investigação psicanalítica e podem reivindicar o direito de serem apreciadas como fenômenos sociais.

A visão de saúde de Pichon-Rivière pressupõe uma ação humana em que figurem integradamente o sentir, o pensar e o agir. 

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