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AS DINÂMICAS E TERAPIA DE GRUPO

Por:   •  3/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.521 Palavras (7 Páginas)  •  169 Visualizações

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UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA

CURSO DE PSICOLOGIA

BRUNA CRISTINA SOUZA LOPES CAETANO

DINÂMICAS E TERAPIA DE GRUPO

Diário de Bordo

Rio de Janeiro-RJ

2018

bruna cristina souza lopes caetano

DINÂMICAS E TERAPIA DE GRUPO

Diário de Bordo

Trabalho apresentado à disciplina de Dinâmicas e Terapia de Grupo como requisito total da segunda avaliação.

Prof.: Adriana Marques

Rio de Janeiro-RJ

2018

    Verbos, segundo os dicionários são palavras que indicam acontecimentos representados no tempo, palavras que indicam uma ação. É entre as ações propostas a partir das aulas e o reverberar dessas ações a outros campos, corpos, ambientes, espaços, vidas etc. Que utilizo do infinitivo dos verbos para relatar nesse Diário de Bordo algumas das inúmeras experiências que adquiri na disciplina de Dinâmicas e Terapia de Grupo.

        Nossa caminha a disciplina começa a ser trilhada por uma proposta na qual a professora abriu um espaço para dizermos palavras necessárias a um compromisso com a disciplina e com o que iria ser trabalhado ali. Daí veio empatia, compromisso, respeito, tolerância, compreensão, pontualidade entre outras. E terminamos a aula em um círculo, num balanço, que falou a mim sobre sincronia.

Disponibilizar-se

       Esse primeiro momento diz sobre a formação da identidade do grupo a partir do contato com a disciplina, pois já víamos caminhando juntos desde o primeiro período. Nessa formação de identidade do grupo a sincronia disse muito, talvez sobre uma disponibilidade do grupo, disponibilidade para o trabalho que iria vir pela frente. Sincronia fala sobre movimentos que ocorrem num mesmo tempo de maneira simultânea, o que não remete a uma padronização, mas como dito antes remete ao movimento que demonstra a identidade de um grupo, num bailar muito sincrônico quanto a sua abertura e disponibilidade para esse novo momento de aprendizado.

Perceber

      A dinâmica com cartas foi um espaço muito importante e significativo, lembro-me bem da chegada da turma em sala de aula, a pergunta da professora referente à leitura do texto, nossa reação à pergunta e percepção de campo da professora de sair do texto que iria ser trabalhado e desaguar numa nova proposta de trabalho decorrente da necessidade do campo foi muito pertinente. Acredito que uma proposta de lançar mão dos ‘’processos de normatização’’ muito presente no contexto acadêmico, na nossa sociedade, de querer enquadrar os sujeitos aos estudos e teorias, foi um processo de fluidez, de experenciarmos na prática conceitos presente nos textos, nas pesquisas, nas abordagens, nos autores etc. Sem esse distanciamento, muitas das vezes tão presente, do que falamos com aquilo que sentimos e que somos.

‘’A confiança se desenvolve naturalmente, por seu processo próprio; não pode ser fabricada pelo uso de exercícios estruturados ou planejados. ’’ Técnicas para os Estádios Iniciais e de Transição – cap.4

          A proposta apresentada pela líder do grupo, professora Adriana, foi escolher duas palavras (nas cartas) que representassem como estávamos nos sentindo e o que estávamos precisando, o que possibilitou o surgimento de muitas questões individuais naquele momento, como impotência, medo, angústia, falta de esperança, insegurança etc. E correlacionando estas vivências ao estádio inicial e à dinâmica descrita anteriormente, a compreensão do campo no qual estamos inseridos é extremamente importante, pois colaboram com a forma de nos relacionarmos com nós mesmos, com os outros e com as situações que se apresentam a nós. Tanto a confiança quanto a percepção de campo são dois elementos que estão presentes nessa experiência, pois foi algo que se desenvolveu naturalmente, sem estrutura rígida de planejamento, foi algo genuíno como cita o texto.

Ressignificar

        Estar disponível a uma proposta e perceber-se nela, como grupo, como indivíduo, como pessoa, como alguém que afeta e é afetado pelo meio, é uma tarefa desafiadora, um processo que exige realmente muita disponibilidade, pois muitas vezes vamos precisar abrir mão de nossos conceitos, visões, nossos olhares, nossas pré disposições, julgamentos e nos permitirmos a novos significados. Seria um despir de tudo que nos vestimos que sem perceber abrigamos que compõe nosso ser, mas que não fazem bem a nós, que usamos como resistência etc.

         Esse processo é tão importante como os outros, pois exige um respeito a nós mesmos e com os outros, exige um respeito do outro com ele mesmo e conosco também, pois cada um tem seu tempo de se perceber, de estar disponível, de abrir mão do que já não lhe cabe mais, de dar novos significados ao que precisa.

         As propostas de novos significados me levaram a grandes desafios nas aulas e a um percurso de novos significados, pois nos processos da minha vida me senti muita das vezes como um passageiro ou talvez um passante, daqueles que está sentado no ônibus olhando pela janela, vendo à paisagem, a vida, as pessoas ou um passante olhando a tudo e todos ao seu redor, sem querer ser visto ou percebido e a cada desafio lançado, a minha vontade era de retornar ao ônibus e sentar no banco e ficar olhando pela janela, mas sempre entendi e entendo que os desafios são para nos tornar alguém melhor individualmente, socialmente, como filhos, amigos, profissionais, políticos etc. E a aulas contribuíram ainda mais para o reforço dessas ideias.

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