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Altas habilidades em crianças no contexto escolar

Por:   •  5/9/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.367 Palavras (6 Páginas)  •  2.128 Visualizações

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A proposta de estágio em questão é inovadora, pois versa e está entrelaçada com a psicologia positivista, sendo esta de acordo com Melo (2015) o conjunto de esforços e trabalhos da psicologia motivados em compreender os fenômenos positivos da existência humana. Busca assim compreender como, porque e sob quais circunstâncias as emoções, instituições e traços positivos aparecem, ou seja, estudar o lado positivo do ser humano. Assim o objetivo não é inviabilizar os estudos sobre as patologias e neuroses humanas, mas integrar e atingir uma percepção mais ampla do ser humano capaz de compreendê-lo desde suas virtudes até suas fraquezas. (MELO, 2015)

O plano de estágio foi traçado buscando avaliar e definir o termo altas habilidades/superdotação, que de forma geral pode ser definido como a apresentação de elevadas potencialidades de aptidões, talentos e habilidades manifestadas no elevado desempenho de inúmeros e distintos campos de atividades do discente e/ou expressa no crescimento e desenvolvimento da criança. Porém é necessário que haja estabilidade e continuidade das aptidões no decorrer do tempo, como significativo nível de desempenho no âmbito de superdotação. “Registram-se, em muitos casos a precocidade do aparecimento das habilidades e a resistência dos indivíduos aos obstáculos e frustrações existentes no seu desenvolvimento.” (MEC, 2006)

Quando encontramos discentes que possuem notável desempenho acadêmico e elevada potencialidade em algum dos aspectos seguintes isolados ou combinados podemos dizer que estes são portadores de altas habilidades: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. Muitas crianças e adolescentes em processo de desenvolvimento apesar de sua precocidade não conseguem efetivar todo o seu potencial, o que acontece é que na maioria dos casos as altas habilidades apresentadas nestas faixas etárias apenas se evidenciam neste momento. Assim faz-se necessário o apoio e assistência correta a essas crianças no âmbito escolar afim de que continuem a desenvolver comportamentos de superdotação. (MEC, 2006)

Estudos apontam que 3 a 5% da população apresentam potencial acima da média estimada em diferentes contextos sociais, e o que deve ser feito é a focalização de técnicas de interações positivas que auxiliem o seu crescimento. Oferecer aos alunos possibilidades para o crescimento pessoal e para o aprendizado em um contexto sociocultural é um dos extensos desafios da educação e o processo de identificação do aluno tem sido uma das questões que envolvem maior reflexão sobre a superdotação. Em sua maioria são encontrados educandos curiosos, ativos em procurar respostas para sanar suas dúvidas e questionamentos, ainda apresentam expressões originais que demonstram um desempenho superior em uma ou algumas esferas do conhecimento e provavelmente um desenvolvimento atípico para sua idade cronológica. (MEC, 2006)

As altas habilidades não devem ser consideradas como um dom, como muitos pensam, mas deve ser encarada como de fato é, ou seja, características e comportamentos que podem e devem ser aprimorados no convívio com o mundo e que se apresentam numa grande variedade de combinatórias. Deve-se atentar para este grupo da população de forma que este não seja subaproveitado e deixe de dar sua contribuição social a coletividade e a si mesmo, não partilhando suas habilidades e talentos com todos. O conhecimento teórico deste grupo também deve ser ampliado em diferentes áreas acadêmicas, em especial na Pedagogia, Psicologia e Medicina como o incentivo prático de conhecimentos através de programas especiais para pessoas com altas habilidades. É necessário encorajar e orientar os alunos talentosos ou com habilidades especiais quanto ao uso, reconhecimento e compartilhamento com todo o grupo social, evitando dessa forma que ele se perca. (MEC, 2006)

Devemos também trazer a discussão sobre a escola inclusiva, que será de extrema importância para o estímulo ao aluno superdotado, podemos destacar sobre a educação especial duas vertentes distintas, a do discente com dificuldades ou com potencialidades. De acordo com Santos e Sampaio (2010) a inclusão tem como premissa o rompimento de barreiras que possam dificultar o acesso à escolarização e consequentemente ocasionar em fracasso escolar e a exclusão social, tendo como foco todas as crianças que padecem algum tipo de exclusão educacional. Trata-se de um processo capaz de detectar as diferenças e romper as barreiras de preconceito e competição de alunos, por exemplo. Desta forma a participação de todos os profissionais da educação é necessária visando incorporar na escola uma relação de cooperação e valorização das diferenças, o que irá repercutir na vida dessas pessoas em suas relações em outros ambientes. (SANTOS, SAMPAIO, 2010)

Porém o que tem sido identificado e discutido a respeito do aluno que se destaca por apresentar um potencial superior é que a escola com seu ensino típico como é aplicado hoje não consegue atender adequadamente as demandas deste. O ensino regular é preparado para o aluno médio e abaixo da média de maneira geral, o superdotado é deixado de lado neste sistema e ainda acaba sendo visto com certa estranheza pelos professores que se sentem acuados diante de um aluno questionar, que os pressiona com suas perguntas e comentários. Assim os problemas apresentados pelos alunos destaques com potencial superior

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