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Análise de Comportamento Operante e Comportamento Verbal

Por:   •  14/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.675 Palavras (15 Páginas)  •  318 Visualizações

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RESUMO

Este relatório tem como objetivo por meio dos princípios Behavioristas de Análise de Comportamento Operante e Comportamento Verbal, explicitar a forma de realização de um experimento no qual se pôde verificar a aquisição de conceitos disjuntivos e conjuntivos com 2 crianças da mesma idade e sexo, utilizando como parâmetro de aprendizagem a linguagem (comportamento verbal), observando através desta se houve apreensão do significado destes conceitos por meio de instrumentos e de sua verbalização. O experimento foi realizado em uma sala da clínica de Serviço de Psicologia (SEPSI). Foram previstas 2 sextas consecutivas para cada criança, porém foi necessário apenas um dia para a criança experimental. Foram utilizadas 32 cartas de fundo branco, com figuras geométricas pequenas e grandes, cromáticas e acromáticas. Os experimentos realizados foram: empilhar as cartas nos montes de acordo com o conceito exigido e por meio da linguagem (comportamento verbal) foi possível verificar a aquisição do conceito. Para a elaboração deste projeto foram necessários três experimentadores, onde um ficou responsável por distribuir as cartas, outro por cronometrar e anotar a verbalização da criança e outro para registrar as tentativas nomeando-as como certa ou errada. Os resultados comprovam que o experimento é eficaz e satisfaz às expectativas, ao demonstrar que, é possível sim aprender um novo conceito, desde que sejam respeitadas suas particularidades.

Palavras-chaves: Behaviorista; Conceito; Linguagem; Aprendizagem.

SUMÁRIO

Resumo...................................................................................................................02

Sumário...................................................................................................................03

Introdução...............................................................................................................04

Método....................................................................................................................10

Resultados...............................................................................................................13

Discussão.................................................................................................................22

Referências..............................................................................................................24

Anexos.....................................................................................................................25


        Durante o percurso da história da psicologia, houve algumas dificuldades para ela se separar da filosofia e se tornar uma ciência independente, já que para ser ciência ela precisava seguir alguns critérios, como: objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento e objetividade. Mas não possuía um objeto de estudo específico, e sim, vários. (Bock, Furtado, Teixeira; 1999)

        Depois de muitos anos aparecendo abordagens, com objetos de estudos diferentes em cada uma delas, surge o Behaviorismo, não sendo a ciência do comportamento humano, mas a filosofia dessa ciência (Skinner, 2006), com a proposta de objeto de estudo o comportamento (Rangé, 1995). No livro Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia (1999) relata que o termo "foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em artigo publicado em 1913, que apresentava o título “Psicologia: como os behavioristas a veem” (p. 45)

        O Behaviorismo se divide em duas versões: a primeira por Watson, chamada de Behaviorismo Metodológico, baseado no reflexo, ou seja, "uma relação entre estímulo e resposta" (Moreira; Medeiros; 2007;  p.18). Segundo o livro Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia (1999), "o comportamento reflexo ou respondente é o que usualmente chamamos de “não voluntário” e inclui as respostas que são eliciadas (“produzidas”) por estímulos antecedentes do ambiente. Como exemplo, podemos citar a contração das pupilas quando uma luz forte incide sobre os olhos" (p. 47). Este reflexo é representado por S (estímulo incondicionado/inato)  R (resposta incondicionada/inata) (Moreira; Medeiros;  2007).

        A segunda versão é uma evolução a primeira, desenvolvida por Skinner: O Behaviorismo Radical. Ele vem falar do comportamento operante, que diferente do respondente, o organismo gera uma consequência e é afetado por ela. "Logo, consideraremos como as consequências daquilo que fazemos nos mantêm no mesmo caminho, ou afasta-nos dele." (Moreira; Medeiros; 2007; p. 47). Ou seja, há um ambiente que é afetado pela história da espécie (filogenia), pela a história do próprio organismo (ontogenia) e pela cultura que este está inserido, isso faz ele se comportar de determinada forma, gerando uma consequência e esta o levará a se comportar dessa mesma forma ou mudar seu repertório de comportamento.

        O comportamento operante é estudado por meio da Contingência de três termos, já explicada no parágrafo anterior. Ela é representada pelo paradigma: S         (ocasião) R (resposta ou comportamento)  S (consequência), onde o traço (       ) representa a probabilidade de acontecer o comportamento e a seta (), a certeza que terá uma consequência. (Moreira; Medeiros; 2007) [pic 1][pic 2]

        Em um experimento feito com um rato, privado de água, na Caixa de Skinner, o pesquisador tinha como objetivo do experimento fazer com que o animal pressionasse a barra que gerava gotas de água. Sempre que o rato evoluía no processo, o próprio pesquisador dava-lhe água. No momento final, o rato havia aprendido como beber água pressionando a barra, sem depender do pesquisador. (Moreira; Medeiros; 2007) Diz-se, então, que o "comportamento do ratinho é controlado por suas consequências, ou seja, pressionar a barra é mantido porque continua produzindo a mesma consequência." (Moreira; Medeiros; 2007; p. 50)

        Nota-se até agora, como o comportamento pode produzir consequências e ser controlado por elas e como, também, elas aumentam a probabilidade desse comportamento voltar a acontecer, a isso, dá-se o nome de reforço. Ele se divide em dois tipos: o reforço positivo e o reforço negativo (Moreira; Medeiros; 2007). O reforço positivo irá aumentar a probabilidade de o comportamento voltar a ocorrer pela a apresentação de um estímulo reforçador (apetitivo, agradável ao organismo) ao ambiente. (Moreira; Medeiros; 2007) Por exemplo, Maria precisa tirar nota boa na prova, para isso, ela estuda bastante e a consequência agradável (apetitiva, reforçadora) seria ter um bom resultado na prova. Por conseguinte, o reforço negativo irá aumentar a frequência de o comportamento voltar a ocorrer novamente pela remoção de um estímulo aversivo (punitivo, desagradável). Ele se subdivide em dois: em comportamento de fuga, aquele que o estímulo aversivo está presente no momento do comportamento e você foge dele. (Moreira; Medeiros; 2007) Exemplo: Fernanda tem muito medo de cachorro grande, mas ela precisa atravessar uma rua onde possui um cachorro com essa característica, dessa forma, ela aumentará a frequência de correr para se livrar desse estímulo aversivo que está presente no ambiente. Há também o comportamento de esquiva, onde o estímulo aversivo não está presente no ambiente no momento em que o comportamento é emitido, e sua consequência é de não entrar em contato com esse estímulo. (Moreira; Medeiros; 2007) Ou melhor, usando o exemplo da Fernanda, se ela sabe que o cachorro está naquela rua, ela irá evitar esse contato indesejado (aversivo) passando por outra rua.

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