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Análise do Filme "Pro dia nascer feliz" sob uma ótica da Psicologia da educação

Por:   •  10/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  398 Palavras (2 Páginas)  •  2.070 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ[pic 1]

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Centro de Ciências da Saúde – CCS

Curso de Psicologia

  Prof.: Hamilton Viana Chaves

  Disciplina.: Psicologia e Educação

    Aluna: Gabriel Rodrigues Costa Oliveira

Análise do Filme

“PRO DIA NASCER FELIZ”

        

Fortaleza, 2016

O documentário de João Jardim, “Pro dia nascer feliz”, retrata uma realidade injusta no sistema educacional do país. O filme nos mostra as desigualdades econômicas e culturais, que existem em diferentes escolas de diferentes regiões do país, expostas através dos próprios alunos. Observa-se que ainda aqueles mais privilegiados sofrem, de alguma maneira, com uma falha na forma como a educação se organiza.

Por uma questão de identificação, traçarei um paralelo de minha experiência educacional com a da personagem Ciça, 16 anos, aluna de uma grande escola do estado do Rio de Janeiro. Suas preocupações, assim como pude perceber no filme, estão principalmente ligadas à ser boa em tudo que faz, seja no esporte, nos relacionamentos com meninos ou nos estudos, entendo que atender essa pressão familiar e social, torna-se algo tão enraizado em sua vida que a angústia de não corresponder a pressão é maior que a de trabalhar incansavelmente durante toda a vida, como lhe foi ensinado. Ciça relata com uma visível angústia o quanto estudou compulsivamente durante o ultimo ano e o quanto  ela se cobra pra ser a melhor e alcançar uma boa nota na prova para a qual está se preparando, o vestibular. Assim como a personagem, preocupações do mesmo nível ocupavam minha mente neste período da vida. O status social de superior, por estar naquela condição, estava escrito em nossa testa e nem eu, nem a Ciça, do filme, tínhamos consciência do porquê. Os privilégios que tivemos foram enormes frente à maioria.

A lógica desse modelo educacional, não só escolar, mas tudo que envolve a formação dos jovens brasileiros descende do sistema capitalista, que se move por uma lógica dinâmica de expansão e acúmulo de riquezas. Esse modelo se desenvolve à partir de uma relação alienada, não só no processo de produção, mas nas relações interpessoais dos indivíduos. É essa relação, engendrada pelo capitalismo, pela lógica da mercantilização que se fundam as relações nas outras esferas sociais (educação, política, arte...). Portanto, para aqueles que “nada” lhe faltam, em termos econômicos e sociais, é destinada a árdua tarefa da produtividade e funcionalidade que fazem a grande roda girar.

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