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Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância

Por:   •  3/12/2015  •  Seminário  •  3.598 Palavras (15 Páginas)  •  4.207 Visualizações

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Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância

A terceira infância vai dos 6 anos aos 11 e é marcada por diversas mudanças e descobertas ocorridas nessa fase, é o período em que a criança está em fase escolar e a mesma passa a ser a referência central para a criança.

Nesse período seu corpo está em desenvolvimento, elas crescem em média de 5cm a 7,5cm  por ano, dos 6 aos 11 anos dobrando o peso nessa fase. O avanço físico é notório, o corpo realiza coisas que antes não podia; O aumento significativo de diversas capacidades cognitivas, como o ler e escrever; o contato com outras crianças aumenta; crescimento do desenvolvimento social e emocional; e a presença dos amigos no cotidiano toma uma proporção maior, apesar da influência dos pais continuarem.

A terceira infância é a fase onde a criança consegue perceber que é capaz de realizar determinadas tarefas com mais habilidades que outras, desta forma a criança começa a desenvolver conceitos realistas de si próprias como:

Desenvolvimento do Eu:

Se inicia na primeira infância, onde a criança percebe ser independente dos pais e também mais envolvido com outras crianças, é capaz de realizar tarefas sozinho, segundo a teoria neopiagetiana o desenvolvimento cognitivo permite que crianças de 7 a 8 anos formem sistema representacionais- representações de si mesmas que são mais amplas e equilibradas do que antes,  é quando se desenvolve a auto estima.

Auto Estima:

A auto estima se desenvolve a medida que as crianças começam a ver a si mesmas como integrantes valiosos da sociedade.

Segundo Erikson (1982) um dos principais determinantes da auto estima é a opinião das crianças de sua capacidade para o trabalho produtivo, a questão a ser resolvida na crise da terceira infância é “produtividade versus inferioridade”. A virtude que se desenvolve com a resolução desta crise é a competência, uma visão do eu como capaz de dominar habilidades e completar tarefas.

Outra perspectiva de auto estima é identificada por Harter (1985), quando em sua pesquisa, aponta que a aparência física torna-se uma preocupação para a criança, pondo em jogo a sua aceitação social. Tanto o desenvolvimento emocional como o cognitivo contribuem para auto estima.

Desenvolvimento Emocional:

Nessa fase a criança já tem internalizado em si a vergonha e o orgulho, e isso pode afetar a opinião que a criança tem de si mesma. Elas são capazes ainda de verbalizar emoções conflitantes. A medida que o tempo passa a criança se conscientiza de seus próprios sentimentos e também das outras pessoas. Sabem controlar melhor suas expressões emocionais em situações sociais e sabem responder à perturbação emocional dos outros. (Saarni,1996,p.208).

A Criança na Família

A criança na família, durante a idade escolar, passam mais tempo longe de casa do que antes. Entretanto, as pessoas de seu convívio continuam sendo fundamentais para o seu desenvolvimento. Para compreender a criança na família é preciso observar o ambiente familiar, sua estrutura e atmosfera; mas isso, por sua vez, é influenciado pelo que ocorre fora de casa. Exemplos de outras influências são: a condição socioeconômica dos pais, se são divorciados, a profissão que exercem, se há um segundo casamento e valores culturais. “O contexto cultural” assume papéis de grupos étnicos. Estes, por sua vez, assumindo estratégias adaptativas diferentes, mas que se limitam na produção de padrões culturais, os quais influenciam no desenvolvimento das crianças.

Questões de Educação: Corregulação

Para “educar” as crianças é preciso que haja liberdade e ao mesmo tempo restrição. “Corregulação e disciplina”. A corregulação reflete aspectos sociais do autoconceito em formação da criança. À medida que começam a coordenar o que querem as crianças passam a agir da forma com que a sociedade vai pensar dela. Esse é também um processo cooperativo, pois, com relação aos pais, só terá êxito se houver comunicação entre a criança e os pais, e esse diálogo tem que ocorrer de forma clara. Desta forma, oferecendo atenção à criança, escutando-a, cooperando com o seu desenvolvimento e crescimento, é bem provável que este ambiente possua uma “atmosfera familiar” boa, logo, adequada para a criança. As crianças seguem os conselhos dos pais quando percebem que os pais são justos e se preocupam com seu bem-estar e que podem saber mais devido a suas experiências.

Efeito do Emprego dos Pais

Problemáticas que podem alterar essa atmosfera, são circunstâncias criadas ou envolvidas com o efeito do trabalho. Tanto da mãe como do pai. “As crianças em idade escolar de mães empregadas tendem a viver em lares mais estruturados do que as crianças de donas de casa em tempo integral, com regras bem definidas que lhes atribuem mais responsabilidades. Elas também são mais estimuladas a serem independentes. A independência ajuda as meninas a se tornarem mais competentes, a realizar mais na escola e ter melhor auto estima” (Bronfenbrenner & Crouter, 1982).

“Antes de tomarem conta de si mesmas, as crianças devem ser capazes de controlar suficientemente bem seus corpos para não se machucarem; guardar chaves e manusear fechaduras de maneira apropriada para evitar ficarem trancadas por dentro ou por fora de casa; saber operar com segurança os eletrodomésticos necessários; ficar sozinhas sem ficar com medo ou sentirem-se solitárias; ter condições de lidar com o inesperado; ser responsáveis o suficiente para seguir regras importantes; compreender e lembrar-se de instruções faladas e escritas; e ler e ver suficientemente bem para anotar recados pelo telefone. Elas devem saber o que dizer e fazer que fazer quando a visitantes e chamadas no telefone; por exemplo, elas não devem dizer a estranhos que estão sozinhas em casa, e não devem abrir a porta para ninguém exceto para familiares e amigos. Elas também devem saber como obter ajuda numa emergência: como chamar a polícia e os bombeiros, que amigos e vizinhos chamar e que outros recursos utilizar”.

Mas, aí surge a questão: quem ensina? Se os pais não estão em casa.

Pobreza na Criação dos Filhos

A pobreza pode acarretar danos a criança pois, pais que não tem moradia fixa, perdeu o emprego, tem que se preocupar com a próxima refeição, pagar sua dívidas, tendem a ser mais impacientes, ansiosos, deprimidos ou irritadiços. Podem se tornar menos afetuosos e até menos responsáveis para com os filhos. Eles tendem a ignorar os bons comportamentos, analisando apenas os maus comportamentos passando a serem mais agressivos. A criança por sua vez passa a desenvolver a baixa auto estima e comportamentos antissociais. Entretanto, os pais que buscam apoio emocional, auxílio no cuidado com os seus filhos e informações sobre educação podem criar melhor seus filhos.

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