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Teoria do desenvolvimento psicossocial

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Por:   •  25/2/2015  •  Artigo  •  1.212 Palavras (5 Páginas)  •  642 Visualizações

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A Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson centra-se no processo de desenvolvimento da identidade do Homem, sendo esta baseada na perspectiva freudiana em relação ao desenvolvimento da personalidade, essencialmente nos primeiros cinco estádios de desenvolvimento. Em relação à teoria de Freud, Erikson considerou alguns conceitos como a energia libidinal e do id da psicanálise clássica. Porém, este centrou a sua teoria na capacidade de adaptação do ego ao meio, ou seja, no contexto sociocultural. Erikson considerava o Homem como um ser social, que vive e interage com grupos sociais e que é pressionado e influenciado por estes.

Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estádios psicossociais, perspectivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o nascimento até à morte, pertencendo as quatro primeiras ao período de bebe e de infância, e as três últimas aos anos adultos e à velhice, cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa. O autor dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato ser a transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta. Desenvolvimento Moral

Numa área tão ampla e complexa como a do desenvolvimento moral, que abrange inúmeras ramificações, pode-se perceber no campo da Psicologia um interesse crescente pelo desenvolvimento moral e pelo estudo do julgamento moral, em especial após a publicação dos trabalhos de Piaget e Kohlberg.

Estudando o desenvolvimento moral, Piaget preocupou-se com o aspecto específico do julgamento moral e com os processos cognitivos subjacentes a ele. Estudou o desenvolvimento moral e definiu estágios através de entrevistas e observação de crianças em jogos de regras.As pesquisas de Piaget permitiram-lhe concluir que existem diferenças quanto ao respeito às regras em crianças de idades diferentes, distinguindo-se as fases de anomia, heteronomia e autonomia moral:

Na fase de heteronomia moral a criança percebe as regras como absolutas, imutáveis, intangíveis. As regras têm um carácter místico podendo ser consideradas como de origem divina. Nesta fase a criança julga a acção como boa ou não com base nas consequências dos actos, sem uma análise mais ampla e sem considerar as intenções do autor da acção. Considera que se um indivíduo foi punido por uma determinada acção, esta acção é errada. A criança tende a considerar que sempre que alguém é punido esse alguém deve ter feito algo de errado, assumindo uma conexão absoluta entre a punição e o erro. Para uma criança de seis anos, se um menino deixar cair um doce no lago, é culpado por ser desastrado e não deve receber outro doce. A criança de seis anos dirá provavelmente que um menino que partiu cinco copos enquanto ajudava a mãe é mais culpado do que aquele que deixou cair apenas um copo enquanto roubava geleia.

Piaget percebeu que a criança tem dificuldades para ter em conta as circunstâncias atenuantes enquanto uma adolescente já faz julgamentos com base na equidade, sendo capaz de pensar em termos de possibilidades e de um numero maior de alternativas.

Na fase da autonomia moral (entre 8’e 12 anos) o propósito e consequências das regras são consideradas pela criança e a obrigação baseada na reciprocidade. A criança caracteriza-se pela moral da igualdade ou de reciprocidade; percebe as regras como estabelecidas e mantidas pelo consenso social. Piaget constatou que por volta de 10 anos a criança passa a perceber a regra como o resultado de livre decisão, podendo ser modificada, e como dignidade respeito, desde que mutuamente consentida.

Para Piaget existem três questões fundamentais para a moralidade:

• Conhecimento da lei

• Origem ou fundamento da lei

• Mutabilidade ou não da lei

Kohlberg, pesquisador norte-americano, interessou-se pelo estudo do desenvolvimento moral ainda durante seu curso de graduação, estudando a teoria psicanalítica quanto à formação do super ego, em comparação com o trabalho de Piaget. Insatisfeito com o enfoque de teoria psicanalítica e das teorias de aprendizagem social para explicar a socialização e considerando a aplicabilidade do enfoque cognitivo, Kohlberg dedicou-se ao estudo do desenvolvimento moral, redefinindo os estágios de julgamento moral propostos por Piaget (1932).

Tentando compreender o desenvolvimento moral Kohlberg realizou uma série de pesquisas com crianças e jovens de vários países. Kohlberg apresentava aos sujeitos da pesquisa umas sequência de histórias ou dilemas morais hipotéticos destinados a colocar o indivíduo diante de um conflito entre a conformidade habitual a regras ou à autoridade em oposição a uma resposta utilitária ou de bem maior. Os dilemas apresentam conflitos entre padrões simultaneamente aceitos por grande

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