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Os Fundamentos do desenvolvimento psicossocial

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.459 Palavras (10 Páginas)  •  1.214 Visualizações

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Fundamentos do Desenvolvimento Psicossocial

O desenvolvimento em vários contextos com características específicas, com regras, atitudes, valores e modos de estar e ser concretos. Desde o primeiro dia em que vem ao mundo, o ser humano começa a ter consciência de que existe um mundo externo a si. É nesse mundo que aprende sobre si, a estar e a comunicar-se com os outros. Neste sentido, a primeira infância é um período de mudanças significativas no que diz respeito ao desenvolvimento social onde tem a maturação cerebral, a criança chora, sorri, ri e esses são os primeiros sinais de emoção.

Uma criança entre seis e oito meses utiliza o sorriso como um meio para chamar a atenção dos seus pais ou cuidador. Além do sorriso, o choro é uma das principais formas da criança demonstrar sentimento no primeiro momento. Outros sinais de emoção são as expressões faciais, linguagem corporal e mudanças fisiológicas.

Nos primeiros meses de vida a criança tem grandes oscilações de humor. Ao aproximar-se dos 3 anos vai tornando-se mais obediente e amável, reconhecendo, em fotografias, as pessoas mais próximas e demonstrando sentimentos de afeto, compaixão e culpa.

Emoções de autoconsciência e avaliação surgem com o desenvolvimento das regiões cerebrais distintas, mas em interação podem ser responsáveis pelos diferentes estados emocionais.

As crianças enquadram-se em três classes de temperamento e estado: crianças fáceis, difíceis, e crianças de aquecimento lento. Esses aspectos do temperamento geralmente são estáveis, mas podem ser modificados pela experiência. Entre o temperamento de uma criança e o grau de harmonia junto ao ambiente ajuda na adaptação.

Diferenças culturais de temperamento podem refletir nas crianças variações genéticas e praticas educativas .

Em evidência com o imprinting analisado nos animais , não parece haver um período crítico ou determinado para a formação do laço entre o bebê e a mãe. Contudo, os bebês possuem maior necessidade de proximidade e afeto com a mãe ou o cuidador, como carinhos físicos ou demonstrações com cuidados físicos.

Na maior parte da cultura universal, as mães mesmo que tenham seus afazeres, ou trabalho fora de casa cuidam mais dos bebês do que os pais.  Em algumas culturas pais e mães diferem a maneira de brincar com os filhos.

As diferenças de gênero normalmente não aparecem até depois do primeiro ano de vida, entretanto os pais dão inicio a tipificação de gêneros de meninos e meninas praticamente a partir do nascimento, com roupas e acessórios na cor rosa ou azul por exemplo.

Contudo, começa a tomar consciência que é alguém distinto da mãe e com vontade própria, identificando que não são apenas um, mas a partir disso percebe-se que tem seus próprios desejos  e por isso o choro descontrolado muitas vezes quando suas necessidades não são atendidas.

        As três principais formas de apego são: apego seguro e dois tipos de apego inseguro: apego evitativo e apego ambivalente. Um quarto padrão , apego desorganizado-desorientado, pode ser o menos seguro.

Nos primeiros 18 meses de vida, segundo Erikson, os bebês passam por sua primeira crise no desenvolvimento da personalidade, confiança básica x desconfiança básica. Nessa fase é essencial sensibilidade, paciência e consistência ao cuidar da criança até a resolução.  

Os padrões de apego podem depender do temperamento do bebê, bem como da qualidade dos cuidados que recebem dos pais, e podem ter implicações a longo prazo no desenvolvimento.

A ansiedade de separação e a ansiedade ante estranhos aparecem na segunda parte do primeiro ano, embora tenham sido consideradas como sinais de apego, que parecem estar ligadas ao temperamento e as circunstâncias.

Os dois anos são uma idade de conflito, pois a criança vive entre a necessidade de afeto e a necessidade de independência. Como afirmam Papalia et al. (2001, p. 169): “os terríveis dois anos são uma manifestação normal da necessidade de autonomia” o que ocasiona um período de oposição em duas áreas fundamentais: nas brincadeiras (demolir e construir) e na alimentação (repugnância e preferências por alimentos).

A criança demonstra, também, dificuldade em partilhar - normalmente brinca sozinha. Aos dois anos e meio já brinca com outras crianças embora em paralelo. Por vezes acontece entusiasmar-se e morder o amigo, revelando estes comportamentos o início da socialização, gosta da companhia de outras crianças, mas tem dificuldade em se relacionar com elas.

Ainda que haja especificidades próprias de cada dimensão do desenvolvimento da criança, uma mudança numa dimensão provoca muitas outras nos restantes domínios. Observar um bebê que ainda gatinha e observá-lo um mês depois permite espantarmo-nos, pois são notórias as inúmeras conquistas já alcançadas! Talvez já ande sozinho ou se aventure a dar passos agarrado ao mobiliário ou à mão de alguém. Esta capacidade de se deslocar mais autonomamente permite ver o mundo de uma outra perspectiva e ter acesso a realidades até então desconhecidas. Tudo isto desperta o desejo da criança por novas formas de interação com os objetos e com as pessoas que fazem parte da sua vida. Uma conquista situada no domínio do desenvolvimento físico-motor, permite à criança outras possibilidades de aprendizagem e de, consequentemente, outros processos de desenvolvimento nos restantes domínios.

Não há padrões de desenvolvimento verdadeiramente iguais em todos os seres humanos uma vez que cada criança é semelhante às outras crianças em alguns aspectos, mas é única em outros aspectos. O processo de desenvolvimento do ser humano toma em si as singularidades humanas, as especificidades hereditárias do indivíduo e aquelas que são resultantes da sua experiência de interação com a realidade social e física. O processo de desenvolvimento da criança é um processo pessoal, único, situado num contexto histórico e cultural que, também, o influencia. A criança desenvolve-se em diferentes ambientes, mais ou menos familiares, que lhe oferecem as suas primeiras experiências de vida. No caso concreto deste estudo, aproximamo-nos de uma reflexão sobre os contextos educacionais dedicados às crianças até aos três anos, o contexto de pré-escola  e por isso importa debruçarmo-nos um pouco sobre o papel deste contexto.

Desenvolvimento  Físico e Cognitivo na Segunda Infância

Desenvolvimento Físico

Em torno dos três anos, as crianças começam a assumir a aparência com as proporções corporais semelhantes á de um adulto.

Essas, mudanças coordenadas pelo amadurecimento do cérebro e do sistema nervoso, promovem o desenvolvimento de uma ampla gama de habilidades motoras.

As crianças em idade pré-escolar comem menos do que os bebês proporcionalmente a seu tamanho, como o crescimento desacelera-se necessitam de menor quantidade de calorias. As crianças comem quando sentem fome e não são pressionadas a comer tudo que é oferecido, e a tendência mais regular ao seu próprio consumo.

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