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ESCUTA, ZÉ-NINGUÉM

Por:   •  8/4/2019  •  Resenha  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  149 Visualizações

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ESCUTA, ZÉ-NINGUÉM!

O livro “Escuta, Zé Ninguém!” foi escrito pelo autor Wilhelm Reich em 1946. “Zé Ninguém” é um termo utilizado pelas pessoas importantes para se referir aquele “homem comum” ou “homem médio”. É assim que o Zé Ninguém é visto pelas pessoas ao seu redor (chefes ou representantes), mas é assim também que ele próprio se vê. Ele se vê como uma pessoa comum, que não tem capacidade para ter opinião própria e nem para tomar decisões sobre a sua própria vida.

É fácil para muitas pessoas se identificarem como o “Zé Ninguém” descrito no livro, pois muitas vezes as pessoas preferem acreditar que outros indivíduos tem as respostas para seus problemas, isso acontece porque temos uma dificuldade de tomar a frente de algo e confiar em nós mesmos para enfrentar nossas próprias questões. O autor afirma que “Só tu podes libertar-te”, o futuro da humanidade depende dos Zés-Ninguéns, porém isso está longe de acontecer. O Zé Ninguém não consegue se libertar, ele não consegue perceber que tem valor e que tem poder na sociedade, por isso passa toda sua vida fugindo dessas responsabilidades. Reich tenta mostrar para os Zés-Ninguéns que eles importam e que tem forças o suficiente para que possam tomar controle da situação e fazer uma transformação concreta na sociedade. Ainda assim, é muito difícil para o homem comum acreditar nisso, pois ele mesmo não acredita em si, em sua própria força e em sua importância para.

Em minha opinião, é muito interessante quando o autor diz que o Zé-Ninguém não deve servir a consciência nacional e sim a internacional para que faça aquilo que terá uma melhoria para todos. Isso é representado muito bem pela nossa atual situação política, em que o presidente nos diz o que é certo e errado e muitas pessoas simplesmente aceitam ou concordam com ele, sem entender que o que o presidente prega afeta direta ou indiretamente a vida de todas elas e muitas dessas mudanças são para pior. Bastaria os Zés-Ninguéns dessa nação se levantarem e tomarem o poder que lhes pertence para que ocorra mudanças verdadeiramente boas para toda a nossa sociedade. Mas como o autor coloca, todos os Zés-Ninguéns são iguais, muitos tem medo do que pode ocorrer caso decidam se levantar, outros realmente acreditam que a autoridade maior do país deve ter a última palavra e que tudo o que essa autoridade prega é a verdade e deve ser seguida, independente do que a sociedade que ele governa pensa.

Esse texto retrata que muitos nos sentimos oprimidos e injustiçados, mas nenhum de nós tem a coragem de fazer algo para mudar a situação ou de sequer questionar as “pessoas importantes”. Seria muito fácil nos levantarmos e nos impormos perante as injustiças sofridas, porém também temos medo e não temos confiança o suficiente em nós mesmo. As pessoas importantes, chefes, autoridades nos chamam de Zé-Ninguém e nós acreditamos e até mesmo passamos a nos denominar dessa forma.

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