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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: INTERVENÇÕES COM SEGMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR”

Por:   •  8/9/2020  •  Resenha  •  1.641 Palavras (7 Páginas)  •  359 Visualizações

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RESENHA DO TEXTO

“ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOLOGIA ESCOLAR: INTERVENÇÕES COM SEGMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR”

Fabiola de S. BrazAquino

Lorena Fernandes Rodrigues

RESENHA

 

Fabiola Aquino e Lorena Rodrigues, apresentam em seu texto:  Estágio supervisionado em psicologia escolar, suas experiências e reflexões acerca do assunto. A resenha apresenta um relato de experiência de estágio supervisionado curricular no campo da psicologia escolar educacional realizado em uma escola pública na cidade de João Pessoa.

Como parte do curso de Graduação em Psicologia, uma de suas disciplinas regulares são os estágios supervisionados. Com a implantação do novo projeto político pedagógico, em 2009 a ênfase de psicologia educacional passou a compor as seis ênfases do curso, abarcando disciplinas especificas ao campo da psicologia escolar educacional, proporcionando uma escolha mais consciente e crítica do trabalho do psicólogo em cenários ligados ao ensino e aprendizagem.

 

ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURRICULAR EM PSICLOGIA ESCOLAR: FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS E         AÇÕES IMPREMENTADAS.


        As atividades da estagiária na escola se fundamentaram nas premissas centrais da teoria de desenvolvimento de Vygotsky, sobre a concepção de desenvolvimento humano, segundo a qual os sujeitos se desenvolvem e aprendem a partir de sua imersão em um contexto histórico e cultural, envolvendo a ideia em que interação social mediada e o trabalho se constituem enquanto ferramentas essenciais para o desenvolvimento de funções psicológicas superiores, tais como a consciência, o pensamento e a linguagem.
        
        Deriva-se desse modelo a compreensão de que, na escola, a mediação de docentes e outros profissionais da educação promove a socialização dos conhecimentos socioculturalmente organizados, a apropriação de         significados e conhecimentos partilhados pela cultura, com também a produção de sentidos sobre as vivências dos sujeitos na escola. Sobre este argumento, podemos acrescentar o papel da fala como uma das principais ferramentas mediadoras da relação entre profissionais e estagiários. Algum tempo depois, Petroni e Souza (2014), afirmaram que uma das funções que pode ser exercida pelo psicólogo na escola é a de mediar as relações, os conhecimentos, a transformação e a conscientização do sujeito sobre si mesmo e o outro. Esse momento, segundo as autoras, possibilita uma reorganização das funções psicológicas superiores, como resultado uma amplificação da consciência.         

         Para outros autores, outra importante função do psicólogo escolar é colaborar com a melhoria do desenvolvimento e da aprendizagem dos educandos junto à equipe institucional. Para isso, este profissional deve ter uma perspectiva integral do sujeito no contexto da escola. Deve promover o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social e motor. O psicólogo escolar deve atuar como parceiro dos outros profissionais daquele mesmo ambiente, com o objetivo de auxiliar o processo de ensino e aprendizagem de acordo com as demandas no contexto escolar. Para que isso ocorra, é necessário haver em tal ambiente, planejamento, reflexões e ações sobre temas e vivências que contribuam para a formação social dos sujeitos.         

        A experiência de estágio relatada nesta resenha, ocorreu numa escola pública de Ensino fundamental do Pernambuco. A escola funciona nos três turnos, foi escolhido pela estagiária atuar no período matutino, estando lá presente de segunda a quinta-feira, no horário das sete às onze e quarenta e cinco minutos. Nas sextas-feiras ocorriam as reuniões de supervisão durante toda a manhã.

         
         Ao iniciar o estágio supervisionado curricular, a primeira atividade da estagiária foi de escolher a escola onde seria realizado o estágio.         A estagiária entrou em contato com a escola de sua preferência e depois de concedida a permissão, foi marcado um dia para que a supervisora, a estagiária e a diretora se reunissem, afim de esclarecer a proposta de estágio que pretendiam desenvolver naquela escola.

        Antes de iniciar seu trabalho com estagiária naquela escola, a aluna foi orientada por sua supervisora a construir um protocolo de mapeamento institucional. Este material tem o objetivo de proporcionar maior aprofundamento teórico e apropriação gradativa de habilidades especificas da área que facilitassem a realização de um trabalho consciente, crítico e efetivo na escola. A partir das orientações em supervisão e realização de leituras de diferentes autores, foi construído um instrumento entendido como síntese das citadas propostas. Esse protocolo esteve à disposição da escola para discussão e esclarecimentos. A unidade referida oferece ensino fundamental II, ensino médio regular e ensino médio profissionalizante no período da manhã e tarde, e à noite oferece educação a jovens e adultos – Eja.         

        A escola atendia a um quadro composto de pré-adolescentes e adolescentes, na faixa etária de 11 aos 18 anos, nos turnos manhã, tarde e noite que moravam no próprio bairro que se localizava a escola, dentro de uma comunidade periférica da cidade. Haviam na escola 34 professores e 383 estudantes divididos em 24 turmas. A estagiária procurou informações com a gestão acerca da periodicidade das reuniões, explicitando sua intenção de participar delas. A participação em reuniões é uma prática que tem como intensão a inserção e envolvimento ativo do psicólogo para a construção de sua proposta na escola. São nessas horas que o estudante pode dialogar com a equipe pedagógica e conhecer suas percepções e suas relações de trabalho em grupo. A partir daí a estagiária recebeu orientações de sua supervisora de estágio para marcar uma reunião com os professores com a intenção de explicar o papel do psicólogo no contexto escolar.

         Foi então preparado um folder com as informações geral sobre psicologia escolar, as funções do estagiário psicólogo na escola. Na ocasião houve diversos relatos e levantamento de problemas por parte dos docentes. As principais queixas eram sobre o mau comportamento de alunos ou sobre problemas na gestão e o funcionamento geral da instituição que acabavam por interferir negativamente na rotina escolar. Visando conhecer melhor o grupo de docentes e a forma como trabalhavam, a estagiária junto com sua supervisora entrevistou os colaboradores em uma entrevista semiestruturada. A entrevista continha tanto questões que buscavam levantar informações sociodemográficas quanto         perguntas que envolviam aspectos diversos como rotina e planejamento das aulas e temas. Foi analisado pela estagiária junto com sua supervisora, as ações já feitas pela escola, as propostas, a maneira de organização do trabalho, as principais demandas, escuta, pontos positivos e pontos negativos, houve um levantamento de interesses e demandas com base nas observações da estagiária em sala de aula.         

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