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Homofobia na escola: Olhar de um educador

Por:   •  27/5/2018  •  Resenha  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  334 Visualizações

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Homofobia na escola: Olhar de um educador.

Nos últimos tempos um número crescente de militantes LGBT no Brasil tem discutido e procurado chamar a atenção de todos da sociedade que, antes de sermos homofóbicos, somos heteronormativos, ou seja, marginalizando a pessoa que não é heterossexual. Apesar dessa constatação, para alguns é mero pressuposto, isso não quer dizer que tais ativistas querem fechar os olhos para a questão nefasta que a homofobia exerce no meio social que ela atua. Muito pelo contrário, visa um posicionamento aprofundado das causas do fenômeno, tomando como ponto de partida a desigualdade entre homens e mulheres.

Quando dimensionamos a homofobia, somente casos extremos são divulgados através da mídia no Brasil, através da mídia televisiva, jornalística, internet, redes sociais, etc... Nos quais a maioria dos casos ou é lesões corporais ou mutilação com requintes de crueldade que resulta em um final trágico, assassinato. Ao mesmo tempo que esses casos são gravíssimos, são também raros e aleatórios se comparados com registros numéricos de outras formas de violência. Em uma pesquisa, dados mostraram uma aguda discriminação infiltrada e disseminada nas relações sociais. Esse preconceito em partes está ligado a crenças religiosas, valores e atitudes.

Não devemos deixar de mencionar o papel que a educação e as unidades de ensino formal desempenham no tocante a homofobia. Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (L.G.B.T) as lideranças de cada um desses movimentos são taxativas ao designar a escola como instituição homofóbica. Eles fundamentam os relatos de humilhação e maus tratos (vivenciado por eles mesmos, pelo acesso a depoimentos e vídeos da internet). Dizem também que esses tratamentos afetam diretamente seus desempenhos nas escolas. As travestis são as que mais sofrem por abandonar os estudos.

No sistema de ensino formal é necessário para discutir a homofobia levar em conta o contexto que é amplo e complexo das relações entre educação e sociedade. É sabido a necessidade de uma educação de qualidade para todos. Vemos essa ideia tomar forças principalmente em anos de eleições, pois a educação além de ser para todos é um bem valioso capaz de transformar o destino de qualquer pessoa, possibilitando uma qualidade de vida melhor.

Com o convívio acadêmico é trivial os laços se fortalecerem e serem duradouros (amizades, namoros, parcerias em atividades físicas, acadêmicas, culturais, etc). É também um palco de hostilidades e inimizades. A escola é o primeiro lugar de encontro sistemático com diversidades humanas, onde os contatos podem ser enriquecedor ou haver atritos e disputas de visões globais, particulares, ou de grupos.

Dessa forma analisamos que a homofobia na escola está em um quadro maior, pois a conflitos que nela irrompem.

“A escola não é um lugar harmônico e pacífico em que as novas gerações adquirem a liderança cultural acumulada pela humanidade ao longo da vida. O que a escola é hoje, um campo de batalhas sangrentas, onde é evidente a desigualdade social, econômica, e cultural. Notamos que a homofobia não é o único ou maior problema na escola PIERRE BOUDIEU (1970)”

Falar sobre a homossexualidade ou denunciar a homofobia é um tabu em nossas escolas, causando as mais diversas reações desde surpresa, horror, vergonha, risos, desconfiança ou desdém. Uma coisa é certa, homofobia incomoda tanto e principalmente o (a) homossexual quanto quem a reproduz.

Diante de uma sociedade de padrões brancos, masculinos, heterossexuais e cristãos, a escola tem refletido esses mesmos “ideais”, transformando

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