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Importância da participação dos pais no processo de ensino aprendizagem

Por:   •  15/12/2016  •  Projeto de pesquisa  •  13.733 Palavras (55 Páginas)  •  470 Visualizações

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Introdução

        O presente trabalho, realizado na Escola Estadual Major Guilhermino Mendes de Andrade, teve por objetivo discutir a importância da participação dos pais no processo de ensino aprendizagem do educando. Uma vez que essa parceria já é algo presente na instituição, porém ainda podemos observar que no que se trata do acompanhamento acadêmico há possibilidades de melhorar.

        Para isso foram exibidos vídeos, apresentado palestras e discutido temas que versavam sobre essa temática, visando assim um melhor acompanhamento dos pais para com seus filhos, resultando em um melhor aproveitamento acadêmico.

        Essa parceria família-escola é algo que vem cada vez mais sendo incentivada pelos novos modelos de educação e segundo aponta a literatura, apesar de haver as diferenças de cada instituição, tanto a família como a escola podem ser consideradas como complementares. Ambas têm como objetivo a formação do indivíduo para sociedade da melhor maneira possível, e há autores que afirmam depender dessa participação familiar para se obter o sucesso escolar do educando, além disso também podemos considerar que aumenta a relação de afeto entre os pais e os filhos. Filhos esses que estão passando por um processo de mudança, devido ao ingresso na adolescência e a mudança de escola municipal para estadual, como foi observado no decorrer do desenvolvimento do projeto.

        Para dar conta do objetivo discutimos no decorrer dos encontros sobre esse processo de mudança que foi para os responsáveis ao participar do projeto e tratamos de assuntos como os papéis desempenhados pela instituição familiar e pela instituição educacional, explicando suas similaridades e no que distinguem, sobre as diferentes formas de aprender que os alunos podem possuir de modo a explicar suas particularidades, sobre a importância da tarefa e do ajudar do pais para essa atividade, explicando os resultados para o educando, além de questões que surgiram no decorrer dos encontros realizados.

  1. Fundamentação teórica
  1. Psicologia Escolar

De acordo com Souza (2009), do ponto de vista histórico, a Psicologia Escolar e Educacional permaneceram como campos distintos até recentemente, onde a primeira é vista como o campo da prática profissional e a segunda como área de pesquisa em Psicologia.

Para Antunes (2008) a Psicologia educacional é um dos fundamentos científicos da educação e da prática pedagógica e a Psicologia Escolar é entendida como modalidade de atuação profissional que tem no processo de escolarização seu campo de ação, com foco na escola e nas relações que ali se estabelecem.

Ainda segundo o autor, Psicologia Educacional e Psicologia Escolar são intrinsecamente relacionadas, mas não são idênticas, nem podem reduzir-se uma à outra, guardando cada qual sua autonomia relativa.

Barbosa e Souza (2012) afirma que essa divisão clássica e hoje tradicional é muito disseminada por alguns teóricos e profissionais que mantêm a idéia de que Psicologia Educacional fica a cargo de responder pela teorização e pelas pesquisas, e a Psicologia Escolar, pela prática.

Portanto de acordo com Antunes (2008), a Psicologia Escolar refere-se a um campo de ação determinado, isto é, o processo de escolarização, tendo por objeto a escola e as relações que ali se estabelecem, fundamentando sua atuação nos conhecimentos produzidos pela psicologia da educação, por outras sub-áreas da psicologia e por outras áreas de conhecimento.

Para Souza (2009) é a área da psicologia que busca compreender o fenômeno educacional como produto das relações que se estabelecem no interior da escola.

Contudo segundo Antunes (2008) se trata de uma ciência que tem sua história no Brasil identificada desde os tempos coloniais, quando preocupações com a educação e a pedagogia traziam em seu bojo elaborações sobre o fenômeno psicológico.

E como afirma Souza (2009), atualmente podemos considerar que temos no Brasil um conjunto de trabalhos de intervenção e de pesquisa que rompe com a culpabilização das crianças, adolescentes e suas famílias pelas dificuldades escolares, que constrói novos instrumentos de avaliação psicológica e de compreensão da queixa escolar e que articula importantes ações no campo da formação de professores e de profissionais de saúde.

Portanto para Antunes (2008), é condição para a discussão de compromissos, assim como das perspectivas que se colocam a partir deles, a explicitação do lugar a partir do qual se fala. Compromisso que implica três instâncias: aquele que se compromete (neste caso, à psicologia Escolar e Educacional), aquele com quem se compromete (as classes populares), e aquilo com o que se compromete (a construção de uma educação democrática).

  1. A atuação do psicólogo escolar

Segundo Andaló (1984), o papel do psicólogo escolar dentro da instituição-escola é pouco valorizado, até mesmo dispensável, haja em vista a inexistência de serviços dessa natureza. De acordo com a autora, isso se dá porque dentro da psicologia, historicamente, a área escolar tenha-se caracterizado como um desmembramento da área clínica, o que gerou uma visão de Psicologia Escolar Clínica.

Para Andrada (2005), durante muito tempo permaneceu a ideia de que a prática desse profissional, cujos instrumentos         iniciais eram testes para medir a capacidade dos alunos, separando os aptos dos não aptos para a aprendizagem, caracterizando um pensamento excludente, moderno e linear, ou seja de causa e efeito.

Portanto como afirma Carvalho e Souza (2012), o papel do Psicólogo Escolar esteve limitado à avaliação e diagnóstico de crianças nas instituições de ensino.

De acordo com Andaló (1984), está implícita nessa visão de Psicologia Escolar uma vinculação com a área da saúde mental, onde os problemas são equacionados em termos de saúde x doença, o que na escola se traduz como problemas de adaptação.

Como afirma Andrada (2005), se seguirmos esse pensamento de que um fenômeno isolado é a causa de outro fenômeno, inúmeros argumentos serviriam de explicação para o fracasso do aluno, como por exemplo a desestruturação da família, a baixa capacidade de concentração, deficiência mental, incapacidade intelectual, carência afetiva, hiperatividade, etc.

Para Andaló (1984) este é, portanto, uma visão conservadora e adaptativa, uma vez que os problemas surgidos ficam centrados no aluno.

No entanto de acordo com Carvalho e Souza (2012), a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), tem como entendimento que psicólogos escolares e educacionais, trabalham visando melhorar o processo de ensino-aprendizagem no seu aspecto global (cognitivo, emocional, social e motor), através de serviços oferecidos a indivíduos, grupos, famílias e organizações. Portanto, a psicologia dentro da escola encontra-se engajada ao processo pedagógico, funcionando como         apoio da coordenação.

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