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O COMPONENTE CURRICULAR: PSICOPATOLOGIA II

Por:   •  10/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  893 Palavras (4 Páginas)  •  298 Visualizações

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS

CURSO DE PSICOLOGIA

COMPONENTE CURRICULAR: PSICOPATOLOGIA II

PROFESSOR: VITOR DE MELLO NETTO

ACADÊMICA: BRUNA RENATA THIBES PADILHA

      TRABALHO: Para onde foi a histeria nos DSMs III, IV e V?

 

O termo histeria deriva da palavra grega hystera, de útero, referem que a histeria é uma espécie de neurose que pode apresentar quadros clínicos variados: os conflitos psíquicos inconscientes aparecem através de sintomas corporais como ataques ou convulsões aparentemente epiléticas, ou então, de paralisias, contraturas, cegueiras. (RABUSKE, Anelise R.)

Ao tratar as primeiras pacientes histéricas - Freud (1895) estava fundamentalmente preocupado com a questão do trauma e já destacava então que o traumático não era a sedução em si, mas a recordação da cena. As histéricas sofriam de reminiscências inconscientes. (RABUSKE, Anelise R.)

Nasio (1991) explica que o trauma não é a agressão externa, mas o vestígio psíquico deixado pelo trauma, as marcas deixadas no eu: “a causa da histeria não é um acidente mecânico externo e datavel na história do paciente, mas o vestígio psíquico superinvestido de afeto; não é o fato em si da sedução que atua, mas a representação psíquica que constitui seu traço vivo”. O autor também fala do recalcamento, dizendo que a neurose histérica é provocada pela inabilidade do eu para lidar com a representação sexual intolerável.

O impulso essencial da histeria, portanto, consiste no conflito entre uma representação portadora de um excesso de afeto, por um lado, e por outro, uma defesa infeliz - o recalcamento – que torna a representação ainda mais virulenta. Quanto mais o recalcamento se encarniça contra a representação, mais ele a isola e a torna perigosa. (Nasio, 1991, p.29).

Segundo Terra, as descrições clínicas da histeria existem há quase 2 mil anos, com pormenores que pouco diferem dos de descrições mais recentes. Restam importantes lacunas de conhecimento sobre o que teria tomado, na atualidade, o lugar dos antigos sintomas histéricos. Sabe-se, porém, que inúmeras categorias nosográficas surgiram nas últimas décadas, como a fibromialgia, a sensibilidade química múltipla, a somatização.

 Em 1993, com a décima edição da Classificação Internacional das Doenças (CID-10) e, em 1994, com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-IV), ficou estabelecido o fim da categoria histeria, com sua redesignação sob novas nomenclaturas diagnósticas.

Histeria desapareceu dos manuais de classificação nosológica e foi substituído por termos como transtornos somatoformes e dissociativos.

Segundo Ávila, aparentemente ganhou-se um maior rigor descritivo, pois agora esses sintomas estão devidamente enumerados e catalogados. Possivelmente, também, essa alteração, ao favorecer uma diferenciação mais efetiva entre patologias psiquiátricas e orgânicas, pode ter suscitado um melhor manejo clínico dos doentes.

Pelo fato de a histeria permanecer desconhecida e enigmática para a medicina, ela teve finalmente seu conceito suprimido e enterrado sob o campo da medicina psicossomática. Assim, a psicossomática seria, ao mesmo tempo, o representante moderno e o túmulo da antiga histeria. (TERRA, João 2010).

Na segunda edição do DSM, de orientação mais psicanalítica, a histeria retornou como neuroses e neuroses histéricas, sendo subdividida em tipos conversivo e dissociativo. Ao contrário do DSM-I, essa segunda edição também admitiu a histeria como um transtorno de personalidade, a chamada personalidade histérica atual transtorno de personalidade histriônica. O DSM-III utilizou o epônimo “síndrome de Briquet” como sinônimo para transtorno de somatização; esse termo foi eliminado, posteriormente, pelo DSM-IV.

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