O Edgar Morin

A Ética em Edgar Morin

Edgar Morin:

 Nascido em Paris, 8 de julho de 1921;

 Filho único de um casal judeu;

 Perdeu a mãe aos 9 anos;

 Foi militar, e é formado em direito, história, geografia, cinema, ciências políticas, filosofia e sociologia;

 Seu verdadeiro nome é Edgar Nahoun, mas devido à perseguição vinda dos nazistas, Morin precisou mudar seu nome;

 Por ser judeu, passou por vários países e se envolveu em diferentes partidos políticos;

 Sempre esteve presente em grandes movimentos revolucionários, como a Guerra Civil Espanhola;

 Teve influência marxista e sempre se posicionou diante de atos que ferissem aos direitos humanos.

Paradigma Antigo x Novo:

 Morin se opõe ao pensamento reducionista, enxergando o indivíduo em toda sua completude (dimensão humana);

 No paradigma antigo tem-se a ideia de uma verdade absoluta, concreta, fechada, que acabava por reduzir os saberes;

 Tentativa de furto da verdade, ao passo que não ocorre a compreensão do todo;

 Fragmentação do saber;

 No novo paradigma defende-se um pensamento desprovido de certezas, com a finalidade de chegar em algo organizado e complexo;

 Não ocorre a busca de uma causa linear para as coisas;

 Ao estudar algo, sempre se procra contextualizar esse conceito, pois não deve ser separado do mundo;

 As partes do todo devem ser interligadas;

 Morin desenvolveu o pensamento voltado ao problema, em vez da solução.

Princípios da Inclusão e Exclusão:

Exclusão:

 Expressado pelo egocentrismo, o qual pode vir a se tornar egoísmo, favorecendo a origem de muitos atos não aceitos eticamente;

 Capaz de exigir o sacrifício de tudo, em prol de interesses individuais;

 Garante a identidade singular do indivíduo, e inclui também a concorrência e o antagonismo em relação ao semelhante.

Inclusão:

 Princípio que faz o indivíduo sentir-se parte de uma coletividade;

 Permite ao sujeito incluir o Eu em um Nós, e esse Nós no centro do seu mundo;

 Este princípio se manifesta desde o nascimento, pelo apego à pessoa próxima;

 O sujeito pode ser conduzido ao sacrifício de si pelo seu grupo;

Sujeito:

 É entendido através de três fontes: a interna (consciência do sujeito), externa (cultura, crença, normas sociais) e inerente (transmitida geneticamente);

 Sujeito capaz de se auto-organizar e de se posicionar crítica e criativamente em sociedade;

 Capacidade de estabelecer relações com o outro, transformando-se continuamente, superando-se, sendo, portanto, capaz de autotranscender-se, modificar o seu meio através da auto-eco-organização, a partir da sua dimensão ética.

Ética:

 Teve fonte kantiana;

 Tríade: indivíduo, espécie e sociedade;

 Para Morin, a ética surge dentro do sistema sujeito-sociedade-espécie, e compreende a indissociabilidade e o antagonismo dos termos que estão a serviço da humanidade;

 O indivíduo só consegue alcançar a ética por meio de seu pensamento complexo;

 Para que ética seja exercida, devemos enxergar o outro como ser amado em sua dimensão humana. Olhar para a humanidade do outro e valorizá-la;

 Para ele, o sujeito nasce na barbárie e deve ser inserido na ética.

Auto