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O FUNDADOR DA PSICANÁLISE (CESAR)

Por:   •  7/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.585 Palavras (7 Páginas)  •  204 Visualizações

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Psicanálise

O FUNDADOR DA PSICANÁLISE (CESAR)

Entre o século XIX e o século XX, Sigmund Freud (1856-1939) afirmava que a sua teoria pretendia “estimular o pensamento e derrubar preconceitos”, ele funda a Psicanálise colocando as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem e suas regiões mais obscuras como problema científico que precisavam ser investigados.

O termo Psicanálise é utilizado por Freud como referência a um Método Investigativo, a uma Teoria e a uma Prática Profissional. Este termo ao referir-se a prática profissional é a análise e um processo investigatório do indivíduo que buscará resolver o autoconhecimento ou a cura. Quando se refere a Teoria são todos os conhecimentos sistematizados sobre o funcionamento e a estrutura da psique humana. Já ao referir-se ao método investigativo é a prática de que visa alcançar um significado oculto daquilo manifestado pelo sujeito, com ações, palavras, sonhos, delírios, associações livres e atos falhos.

O exercício da Psicanálise é importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes, como as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência, etc.

A GESTAÇÃO DA PSICANÁLISE (CESAR)

Para compreensão da Psicanálise se faz mister o conhecimento do seu fundador. Sigmund Freud formou-se em Medicina em Viena e especializou-se em Psiquiatria, devido a problemas financeiro não pôde se dedicar inteiramente as pesquisas e começou a clinicas atendendo pessoas com “problemas nervosos”. Recebeu bolsa de estudo para Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava histerias com hipnose. Por influência de Charcot, ao voltar à Viena tratava os distúrbios nervosos com a sugestão hipnótica. A hipnose trazia à tona a origem dos sintomas que causavam distúrbios nervosos ligados a vivências anteriores da paciente, com a rememoração das cenas e vivências os sintomas desapareciam, pois liberava as reações emotivas associadas a algum evento traumático. Esta liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião de situação traumática foi chamada por Josef Breuer, médico e cientista que foi bastante importante para a continuidade das investigações de Freud, de método catártico.
Aos poucos, Freud foi remodelando o método catártico, abandonou a hipnose e desenvolveu a técnica de “concentração”, na qual a rememoração sistemática era feita por meio de uma conversação usual.

A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE (ISA)

“ Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior...?” perguntava-se Freud.

Quando algo era penoso para o sujeito era exatamente isso que era esquecido, tanto podendo ser algo ruim quanto algo bom que se perdera ou que fora fortemente apetecido. Freud em seus trabalhos terapêuticos deixava os pacientes darem livre curso às suas idéias ou imagens que lhe ocorriam, para ele existia uma força psíquica que se opunha a tornar consciente, a deixar de revelar um pensamento, a esta força ele apelidou de resistência e chamou de repressão o processo psíquico que encobre, que faz desaparecer do consciente, uma representação dolorosa e insuportável ou uma ideia que é o motivo dos sintomas. Esses conteúdos psíquicos que foram “encobertos”, “localizam-se” no inconsciente.

O objetivo, portanto, da psicanálise é investigar e curar os distúrbios nervosos causados pela repressão que ocultou a consciência de idéias traumáticas, a forma de tratamento é suprimir essas repressões. Ela decifra o inconsciente em conjunto com sua ligação aos conteúdos na consciência. 

TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO  (MARIANA)

Freud, no seu livro A interpretação dos sonhos escrito em 1900, apresentou a primeira concepção acerca da estrutura e do funcionamento da psique humana. Esta teoria aborda três Instâncias psíquicas: o Inconsciente, que é o “conjunto dos conteúdos não presente no campo atual da consciência”. É, portanto, formado por substâncias que foram reprimidas e partiram ao inconsciente, ou podem ser desde sempre inconscientes. Este sistema é regido por leis próprias de funcionamento, por exemplo, nele não possuem noções de passado e presente, é atemporal.

 A segunda Instância Psíquica é o Pré-consciente, nele os conteúdos são acessíveis à consciência, podem não estar na consciência nesse exato momento, mas, em algum instante pode ser acessível.

E por fim, a última Instância Psíquica é o Consciente, nesta é recebido ao mesmo tempo a noção do mundo exterior e as do mundo interior. Nela pode ser destacado o fenômeno da percepção, a atenção, o raciocínio. 

 A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE INFANTIL (...)

Freud em suas investigações na prática clinica descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual localizados na vida infantil, colocando a sexualidade no centro a vida psíquica. Percebeu que as ocorrências desse período da vida deixam marcas profundas na estruturação da pessoa.

Os principais aspectos dessas descobertas foram que a função sexual existe desde o principio da vida; o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta.

As fases do desenvolvimento sexual em:

Fase oral – zona de erotização é a boca; Fase anal – zona de erotização é o ânus; Fase fálica – zona de erotização é o órgão sexual;
Latência – caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, um intervalo na evolução da sexualidade; Fase genital – quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao individuo, o outro.

No decorrer dessas fases vários processos e ocorrências acontecem, como o complexo de Édipo onde a mãe é objeto de desejo do menino e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado.

Freud construiu vários conceitos; para ele inicialmente todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato ocorrido, posteriormente descobriu que essas informações poderiam ter sido imaginadas, denominou de realidade psíquica onde o que importa é aquilo que para o individuo assume o valor de realidade mesmo que não corresponda à realidade objetiva. Freud concebeu para o funcionamento psíquico três pontos de vista: o econômico onde existe uma quantidade de energia que alimenta os processos psíquicos, o tópico, considerado como lugar psíquico onde existe um número de sistemas que são diferenciados quanto a sua natureza e modo de funcionamento, e o dinâmico onde no interior do psiquismo existem forças que entram em conflito onde a origem dessas forças é a pulsão. A pulsão é um estado de tensão que busca através de um objeto a supressão desse estado. O sintoma na psicanálise é uma produção, resultante de um conflito psíquico entre o desejo e os mecanismos de defesa, é ou pode ser o ponto de partida da investigação psicanalítica na tentativa de descobrir os processos psíquicos encobertos que determinam sua formação.

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