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O Filme Gênio Indomável

Por:   •  2/5/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  78 Visualizações

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Filme Gênio Indomável

Rafaela Rampinelli Velozo Fachinetti

  1. Will era um garoto órfão, bastante problemático, que está sempre se envolvendo em confusões e briga. Observando o modo de existir de Will, vemos um significado do porque de ele ser e agir com determinadas atitudes, Will foi criado em orfanato passando de casa em casa, ao ser “adotado”, seu pai o machucava, mandando escolher com qual “instrumento” queria apanhar, apanhando sempre, não recebendo nenhum tipo de carinho e afeto por quem deveria ser dado, e no fim de todas as situações era sempre abandonado. Então Will acaba tendo medo de se envolver com as pessoas de criar vínculos, em estar ligado a alguém, pois sempre que criava vínculos, era abandonado, assim hoje em dia ele passa a desfazer o vinculo antes de sentir a dor do abandono.  Will possui esses comportamentos de acordo com seus traumas sofridos na infância, podemos assim observar a singularidade, e em como ele foi afetado pelas relações que estabeleceu com os outros e o mundo. Heidegger afirma que o homem é sempre um ser-no-mundo, ou seja, um ser-em-situação. Porém, que ele não está preso à situação em que se encontra; mas sim, sempre aberto para tornar-se algo novo. Já Will, de inicio é bem firme, não querendo mudar, querendo permanecer ao que era, sem estar aberto ao novo, a modificação, zombava das sessões psicologias que fazia, falando que ali iriam curalo, não levando a serio. Suas dificuldades e seus isolamentos não são sintomas isolados, assim ao entendermos esses sofrimentos podemos compreender esse modo de ser no mundo, que ele tem em relação a si, com os outros e os espaços em que habitam. As experiências internas se relacionam com as experiências externas, fazendo parte da constituição da subjetividade e das singularidades de cada um.
  2. Os primeiros psicólogos que atenderam Will não iniciaram a sessão tentando buscar em primeira mão uma sintonia em busca de uma confiança entre paciente e terapeuta não soube acolher de fato como era necessário o paciente, para dar abertura para que ele se sinta confortável de ser ele mesmo, e começar a falar sobre suas vivencias, assim Will que era bastante resistente, e tinha grande facilidade de manipulação, pois conseguia achar o ponto fraco das pessoas e usavam contra elas, acabava irritando de certa forma os psicólogos fazendo desistir dele na primeira sessão, mostrando assim que não buscavam entender o porque de Will de certo modo ser assim, de se colocar no lugar do mesmo. Já Sean, apesar de ter sido irritado pelo mesmo, ao tocar em seu ponto fraco em relação a sua mulher, consegue perceber também que diante das suas atitudes, Will e apenas um garoto frágil que usa essas atitudes como auto-defesa, tocando assim na sua sensibilidade de deixar com que ele continue as sessões, e através da empatia de Sean ele consegue se colocar no lugar de Will buscando sentir a sua dor e compreender o que leva a agir daquele modo, na segunda sessão leva Will para o parque entrando na sua intimidade, perguntando se ele tem medo de dizer quem realmente é, descobrindo assim que Will possui uma anti-relação entre o eu e o eu ideal, causando esses desajustamento por não haver harmonia entre ambos. Em nenhum momento ele força o garoto a falar, fica ate mesmo uma sessão inteira em silencio, para que tudo aconteça com espontaneidade quando Will estivesse a vontade, teve paciência para esperar o momento certo, entendia da sua genialidade, mas não ficava puxando seu saco, o chamava de burro pela forma em que se agia.Sean soube como “domar” a fera que existia em Will, apesar de não haver formulas para lidar nas sessões, soube acolher, escutar, orientar e estimular, questionou suas atitudes, foi simpático e empático, conseguiu fazer uma mudança em Will, ver com outros olhos o significado de sua vida, fazendo a mudança do ser. Ambos se ajudaram a sair dos seus fantasmas, ate mesmo o terapeuta em relação a sua esposa, uma vez que o vinculo foi criado um fez bem ao outro, se questionaram, se reconheceram e respeitaram a subjetividade e autonomia de cada um. Sean se manteve como um elemento a mais, e não como um líder na terapia. Mostrou um coração aberto que o acolheu, para se sentir protegido e sair dos seus traumas, pode mostrar que ainda e possível ter uma conexão com alguém alem de si mesmo, mostrando que não há nada que troque sentimentos verdadeiros trocados entre duas pessoas, conectadas em que uma interfere na vida do outro, mostrando que ninguém é perfeito o que é perfeito e a vontade de ser perfeito um para o outro, e para isso foi preciso ouvir a se colocar no lugar do outro, e ficar vulnerável como Sean fez com Will, ajudando a fazer algo com que os outros fizeram dele, como dizia Sartre.
  3. O desafio mais difícil para o terapeuta é ser empático, pois deve considerar valido todo aquele sofrimento descrito pelo paciente, mesmo que para ele não seja considerado como tamanho sofrimento, ate porque nem sempre o que e sofrimento para o outro e considerado sofrimento para mim. Para ser empático o terapeuta tem que ter bastante experiência, pois tem que desprender de todas as suas características pessoais, sabendo separar o seu ser de pensamento pessoal do ser profissional, tem que deixar da porta pra fora todo e qualquer tipo de preconceito, gênero, raça, sendo capaz de desempenhar um papel sensível de se colocar no lugar do outro, sem banalizar ou julgar o sofrimento relatado pelo paciente. Depende do seu autoconhecimento pessoal, para saber ate que ponto é capaz de conversar sobre determinados assuntos que não se concorda, que não esta de acordo com suas vivencias, respeitando ate mesmo seus próprios limites, sabendo ate que ponto vai conseguir lidar com o assunto relatado. A empatia se torna mais fácil quando nos tornamos capazes de tirar a vista somente de nos, tirando a barreira do egoísmo para pensar nos outros. Trazendo um pouco do filme, os primeiros psicólogos não conseguiram lidar com Will pois era e agia diferente dos seus princípios, não foram capazes de falar sobre seus pontos fracos que Will teria conseguido encontrar e apontar, para eles extrapolaram os seus limites, como forma de nem conseguir se colocar no lugar do mesmo, não tendo nem um pouco de empatia em relação ao sujeito, não conseguindo considerar toda a sua trajetória de vida, apenas considerando o relato e a ação do sujeito em meio a terapia, desconsiderando a opção de permanecer a sessão com o paciente pelas origens diferentes das suas. 

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