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O Suicídio em Idosos

Por:   •  9/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.122 Palavras (5 Páginas)  •  105 Visualizações

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VIDA DE ROLLO MAY

Considerado o pai da psicologia existencial, Rollo May nasceu em 21 de abril de 1909 na cidade de Ada, Ohio, e faleceu em 22 de outubro 1994 na Califórnia aos 85 anos. Nascido em uma família desestruturada, era o mais velho dos 6 irmãos, e devido a separação dos pais passava grande parte do dia cuidando de seus irmãos e principalmente de uma irmã que sofria de esquizofrenia. Após concluir o ensino médio. Ao se tornar estudante universitário na Universidade de Michigan, trabalhou durante um tempo numa revista de perfil radical o que lhe acarretou problemas juntos a instituição e consequente expulsão. Foi para Faculdade de Oberlin, Ohio, e ali se graduou em Artes em 1930. Rollo May foi trabalhar no Grécia e lá se aprofundou nos estudos em mitologia e filosofia. Suas experiências o deixavam com muitas dúvidas, sendo assim decidiu voltar para os EUA e estudar teologia em Nova Iorque na no Union Theological Seminary de New York, prestigiada instituição religiosa de caráter liberal.

A graduação de May em Teologia foi completada em 1938 quando tinha 29 anos e então ele começou a trabalhar como ministro da Igreja Congregacional em New Jersey. Na condição de homem religioso e próximo dos fiéis, constitui-se um “conselheiro”, empreendendo uma reflexão acurada no modo como lidar com as pessoas em situação de aconselhamento.

Em 1939 enquanto estudava, escreveu seu primeiro livro “A Arte do Aconselhamento Psicológico”, onde abordava aspectos como religião, saúde mental, empatia e os problemas de personalidade. May apontava para necessidade de se perceber a pessoa como um todo, ali em atendimento, e como deve o aconselhador relacionar-se com esta pessoa e não com o seu “problema”. Ressalta a importância da empatia como processo-chave na resolução de ajuda.

Na Universidade de Columbia ele iniciou seu doutorado em Psicologia Clínica e suas incursões filosóficas sobre o drama existencial começavam a ficar cada vez mais incisivas.

Enquanto trabalhava no seu doutorado, May contraiu tuberculose e precisou interromper os estudos devido a uma internação que durou 1 ano e meio. Época difícil acompanhada de mais dúvidas, surgindo uma necessidade constante de entender qual era a razão do sofrimento e das adversidades cotidianas. A partir deste momento, Rollo May se deu conta de que sua missão como pesquisador e terapeuta era de ajudar as outras pessoas a superarem as dificuldades, dar um significado à suas vidas e a melhorar seu potencial de ser humano, e com isso em 1953 publicou sua obra “O Homem a Procura de Si Mesmo”.

Rollo May foi um inovador na área da psicologia que mostrou como entender melhor as adversidades do ser humano. Seu pensamento possui forte influência da psicanálise freudiana pois gostava muito de ler sobre Freud. Ajudou muitas pessoas a encontrarem coragem para enfrentar suas limitações e medos e também a abrir seus caminhos para desenvolver a liberdade e lidar com o destino de suas escolhas. Seu propósito era fazer com que as pessoas enxergassem a beleza até nas situações de contrariedades, mostrando uma nova maneira de observar o mundo e a si próprio.

May entende o sofrimento como um espectro da natureza humana, e não um sinal de patologia. É natural que as pessoas procurassem viver situações que gerassem à elas prazer e comodidade, porém evitar a vivência de situações desprazerosas é algo que prejudicial, pois estaríamos lutando contra processos que nos trariam grande crescimento e desenvolvimento se fossem aceitas em nossas vidas, assim como os sentimentos negativos não deveriam ser evitados e reprimidos, mas sim deveriam ser aceitos por nós.

Durante o período em que esteve hospitalizado, imagina-se que May sentiu pavor ao ver os outros pacientes ocasionalmente morrerem ao seu lado provavelmente o deixaram ainda mais sensível a angústia. Assim relaciona-se não apenas como angústia como problema conceitual, psicológico, mas como vivência e ciências irmanadas.

May diferentemente de outros psicólogos humanistas que tendiam a desprezar os achados psicanalíticos agrega os dois pontos de vista como necessário. Tais experiências fizeram com que May se alinhasse cada vez mais a uma concepção psicológica de cunho existencial, fazendo – o aprofundar-se cada vez mais nessa corrente.

O psicólogo norte americano em sua teoria de condição humana, acreditava que conforme a evolução da civilização moderna o ser humano estava se afastando dos outros e de si mesmo, comprometendo a capacidade de se fazer escolhas, fazendo com que as pessoas se decidissem por determinismo, que são escolhas que não são suas, é apenas coisas que o mundo espera que os outros façam. Segundo ele, muitas pessoas deixaram de conquistar sua liberdade pois preferiam atender as expectativas externas, fazendo sempre o que os outros diziam ser mais adequado. Ele destaca que cada um é responsável pelas suas escolhas, sendo essas o que define cada um como ser humano único. A consciência e a escolha são marcas que definem a saúde psicológica e com isso estão sempre interligadas, já que quanto mais escolhas livres fizermos, mais conhecimento sobre nós vamos adquirindo, pois é a consciência que faz com que o homem atue sobre suas expectativas, e não seja apenas um mero espectador das coisas do destino. A intencionalidade é a base sobre a qual o homem constrói a sua identidade, por isso é considerado como ser intencional. As relações interpessoais contribuem para o desenvolvimento da personalidade, mas estas relações podem ser tanto libertadoras, que é bom para nosso desenvolvimento, quanto escravizantes, pois podemos acabar criando um senso de alienação nos deixando incapazes de nos aproximar de outras pessoas. Pode-se afirmar que não existe pessoas com personalidades iguais, ela é única pois cada um tem seu jeito individual de fazer sequências de escolhas, traçar caminhos, se orientar no mundo de acordo com o que interpreta, fazendo com que cada um seja responsável pela modelação da sua própria personalidade.

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