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O enigma de kaspar hauser

Por:   •  11/11/2015  •  Seminário  •  908 Palavras (4 Páginas)  •  354 Visualizações

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UIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

ANÁLISE SOBRE O FILME “O ENIGMA DE KASPAR HAUSER”

JESSICA

ARARAQUARA

2015

        O filme “O enigma de Kaspar Hauser” é sobre um jovem que nos seus primeiros anos de vida não teve convívio com outras pessoas, a não ser com um homem misterioso que o manteve em cativeiro por anos e depois o libertou na em uma praça pública, em Nuremberg, sabendo apenas andar, pronunciar poucas palavras, e escrever apenas seu nome. Não conseguia estabelecer diálogo com as pessoas pois não teve esse convívio para aprender.

        Devido a isso, não sabia como responder a determinadas situações (não sabia responder seu nome, de onde veio ou o que devia fazer; não entendia quando falavam com ele; não conseguia sentir medo em situações que geralmente causam medo nas pessoas); não estava acostumado a comer diferentes tipos de comida – estava acostumado a comer apenas pão e tomar água – e por isso rejeitava qualquer coisa que fosse diferente.

        Kaspar Hauser aos poucos, ao ser inserido na sociedade, foi aprendendo a se relacionar com as pessoas, e a entender as situações. Embora sofresse de uma angústia muito forte no qual não soubesse muito bem o porquê. Aos poucos aprendeu as regras da sociedade, como deveria se comportar e responder as situações de forma adequada.

        Sua história pode ser relacionada com a matéria de sala de aula em diversos aspectos. Pode –se dizer o quanto as relações e normas sociais interferem no que o indivíduo é. As normas determinam o papel a ser seguido, e isso ocorre através do relacionamento entre as pessoas, através de ordens que são impostas por “superiores” que devem ser seguidas para garantir a manutenção do poder. Kaspar Hauser não tinha nenhuma noção disso, pois não teve esse contato e convívio social. Então, para ele, não havia a noção de um papel que devia ser seguido e uma ordem no qual ele devia se submeter. Ele não sabia como responder as imposições pois não teve quem o influenciasse e ensinasse. Por isso, quando ficou preso na torre, para ele foi indiferente. Pois isso não tinha nenhum valor punitivo para ele, não havia nada de errado nisso. Isso devido, também, ao fato de ele ter vivido grande parte de sua vida preso.

        Com o passar do tempo, ao ser inserido na sociedade, começa a ter consciência do que é certo e errado, sobre a normas a serem seguidas e o padrão considerado normal de vida. Ele começa aos poucos a entender a sociedade e o convívio social, mas para ele não faz muito sentido. Por isso está sempre questionando, sempre com a sensação de que falta algo. Ele só aprendeu todas essas noções depois de anos de vida, então para ele não fazia tanto sentido. Não acreditava que devia seguir ordens impostas que não lhe agradavam sem questionar, estava sempre tentando entender tudo que o cercava.

        Outra relação que pode ser feita é sobre o preconceito. Kaspar Hauser sofreu preconceito logo que foi inserido na sociedade. As pessoas o achavam selvagem, e acreditavam que este fosse fazer algum mal para alguém. Por isso o prenderam na torre por um tempo. Acreditavam também que sofresse algum mal de espírito, por isso logo o inseriram na igreja.

        Mas, com o passar do tempo, ao conviver com Kaspar, as pessoas percebem que este não tem intenção de fazer mal a ninguém, ele apenas não sabe como responder aos questionamentos e não sabe nada a não ser andar e pronunciar poucas palavras. E aos poucos vão ensinando ele a falar, comer, responder as situações de acordo com as normas e padrões. Aos poucos inserem nele os códigos sociais necessários a sobrevivência e manutenção do grupo e do poder.

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