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O que a análise do comportamento tem a dizer sobre a Esquizofrenia?

Por:   •  22/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.022 Palavras (5 Páginas)  •  344 Visualizações

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       FICHAMENTO

“O que a análise do comportamento tem a dizer sobre a

Esquizofrenia? ”

A esquizofrenia é um transtorno mental de causa desconhecida, mas com inúmeras concepções sobre sua etiologia, é constituída por muitas incertezas e questões a serem respondidas, porém há uma concordância entre elas, a respeito da desorganização da personalidade apresentada pelos esquizofrênicos, à interação de variáveis culturais, psicológicas e biológicas, devido a sua ocorrência e importância clinica segundo Tsuang; Stone e Faraone (apoud Dalgalarondo, 2010), é a principal forma de psicose.

Afonso (2010) afirma que a esquizofrenia pode se manifestar em homens e mulheres, mas nas mulheres aparece mais tarde, normalmente tem início logo após a adolescência e começo da vida adulta, acomete 4,5 para cada 1000 habitantes. A causa da esquizofrenia é sustentada por diversas hipóteses, Silva (2006) fala da hipótese genética que propõe a existência de vários genes envolvidos, que ao entrarem em contato com fatores ambientais favorecem para o aparecimento da doença, outra hipótese sobre os neurotransmissores, a dopamina e nas primeiras pesquisas à serotonina e ao glutamato, Afonso (2010) aborda a hipótese de alguma perturbação do neurodesenvolvimento ou maturação do cérebro no período perinatal. Segundo Silva (2006) é a partir da hipótese familiar que surge uma das primeiras teorias psicológicas, que tentam explicar a doença através de relacionamentos familiares patológicos e padrões de comunicação interpessoais anormais. Existe sobre tudo entre essas hipóteses a preponderância do saber médico nero-psiquiatrico da compreensão da doença, apesar dessa predominância do olhar da neuro-psiquiatria, é relevante lembrar do trabalho do psicólogo na saúde mental, Oliveira (2014) afirma que especialmente nos serviços públicos de saúde a maioria dos psicólogos que atuam são psicanalistas ou existencialistas-humanistas, mas outras abordagens da psicologia também têm sua colaboração como a Análise do Comportamento apresentam colaboração introdutória nas práticas de saúde mental.

  A maioria das teorias psicológicas tentam buscar uma explicação para o fenômeno da esquizofrenia, algumas explicam esse transtorno mental através de visões mentalistas e organicistas, contrapondo a essas teorias a Análise do comportamento não ignorando o funcionamento fisiológico do organismo a ser estudado, apresenta a doença como um problema comportamental.

A partir de Burrhus Frederic Skinner e através do avanço dos princípios do behaviorismo metodológico de John Watson, surgiu o Behaviorismo Radical como filosofia da ciência do comportamento humano, que é a base da abordagem psicológica Análise do Comportamento, ela compreende o ser humano a partir de sua interação com o meio (mundo material, mundo social, história de vida, interação consigo próprio). O behaviorismo de Watson só os comportamentos observáveis poderiam ser foco de estudo psicológico, diferente de do behaviorismo radical, Skinner (1945) discorda das concepções de Watson, esclarecendo que os eventos que não eram observáveis também eram objetos de estudos da psicologia através da visão do behaviorismo radical, tais como pensamento, sentimentos e emoções.

A análise do comportamento considera os organismos em três níveis:  filogenético, ontogenético e cultural. Para analisar uma simples unidade do comportamento de um organismo é preciso, portanto, levar em conta a história evolutiva da espécie, os aprendizados do organismo em sua vida, e as particularidades da cultura em que está inserido.  Dessa forma as psicopatologias não são para a Análise do Comportamento, causas de comportamentos, cognição, emoções e tampouco os sentimentos. O diagnóstico médico que a pessoa recebe não estabelece a forma em que se comportará, porque se sente triste, nervoso ou confuso, as explicações do comportamento não devem ser realizadas a partir de dentro do sujeito, pois isso impedirá o conhecimento das variáveis que realmente afetaram e afetam o comportamento da pessoa quando ela interage com o ambiente no qual está inserida.

Para a Análise do Comportamento existem dois tipos de comportamentos respondente (reflexo), são os comportamentos inatos, e os operantes (ação), é um comportamento em que a resposta é controlada por suas consequências, ao falarmos em psicopatologia na Análise do Comportamento, sendo o comportamento ora operante, ora respondente, como qualquer outro comportamento mental considerado normal, o transtorno mental obedece aos mesmos conceitos básicos.

A análise funcional do comportamento tem por objetivo identificar a função do comportamento, levando em consideração os acontecimentos anteriores aos mesmos e os acontecimentos que vêm após estes comportamentos serem emitidos pelo sujeito, diferentes da análise topográfica realizada para determinar alguma patologia, por esse motivo é que as topografias ou sintomas descritos nos manuais médicos como DSM-IV-TR ou CID-10 não são o foco da análise e intervenção direta do analista do comportamento no caso da esquizofrenia, dessa forma o analista do comportamento, sem antes analisar a função de tal comportamento nas relações e interações do indivíduo com seu meio, não vai considerar esse determinado comportamento do esquizofrênico, como por exemplo delirar, mas serão considerados como comportamentos verbais que são controlados pelas consequências que produz.

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