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PSICANÁLISE E AUTISMO: UMA REALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

Por:   •  14/9/2017  •  Resenha  •  2.091 Palavras (9 Páginas)  •  446 Visualizações

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PSICANÁLISE E AUTISMO: UMA REALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR .[pic 2][pic 3][pic 4][pic 5]

Janete Antunes Santos[1] 

Daniela de Freitas Vieira[2]

Resumo: O presente trabalho tentará descrever o autismo, como é visto num contexto psicanalítico e a inclusão do autista no espaço escolar. O papel da escola é elaborar estratégias para que estes alunos com autismo desenvolvam suas capacidades para se integrar e interagir no ambiente escolar. Isto é, indubitavelmente estabelecendo formas de abordagens educativas á crianças autistas, concernente a sua subjetividade, seu desenvolvimento cognitivo e o seu lado social afetivo. Afirmando no autismo a dimensão de sujeito, valorizando suas potencialidades. Existem procedimentos a serem cumpridos pelas instituições brasileiras que amparam a pessoa vitimada pelo transtorno e esses também serão discutidos neste artigo. A inclusão do autista na sociedade é fundamental, auxilia em seus tratamentos na perspectiva de que possam verdadeiramente participar, incluindo-os na sociedade e não enquanto pessoas diferentes, dependentes e infelizes. Tem como objetivo de inserir a psicanálise na atenção psicossocial, atribuindo que muitas das vezes as questões familiares permeiam o cenário escolar, isto é indubitavelmente, a importância da história pessoal, o contexto familiar, escolar e social em que a criança está inserida.

 

        

Palavras-chave:

Autismo, Psicanálise, Escola, Inclusão.

      1 INTRODUÇÃO[pic 6]

                                        

O presente artigo vem tratar de informações sobre a temática do autismo no contexto escolar ou melhor dizendo na educação. Serão tratadas as principais características do transtorno. Na segunda parte há a apresentação do autismo numa visão da psicanálise. A terceira parte visualiza a aplicabilidade de soluções voltadas à inserção do autista nas escolas e sociedade brasileira. É importante saber como as pessoas autistas se comunicam com os outros e como é sua forma de aprendizagem. O mundo globalizado tem visto com outros olhos na contemporaneidade a inclusão de pessoas autistas. Essa situação faz com que haja mais investimentos no setor educacional e especializado, aumente a concorrência de clínicas particulares, ofertas de medicamentos, colaboradores capacitados que estejam à disposição do paciente afim, de que aperfeiçoe todo seu potencial humano e se desenvolva alcançando altos índices educacionais e profissionais, enfim sendo verdadeiramente um ser atuante na produção acadêmica e econômica do Brasil como um todo.

2 AUTISMO

     

“O termo autismo vem dos gregos autos que significa em si mesmo. Faz referência a um sujeito retraído que evita qualquer contato com o mundo exterior e que pode chegar inclusive ao mutismo” (ROUDINESCO; PLON, 1944, p. 57).

Segundo (SILVA, 2003) existem muitas definições sobre o autismo de acordo com as perspectivas teóricas de que partem seus autores. Defini-lo, certamente, significa atravessar um campo minado de controvérsias que cerca sua singular condição. O processo psicopatológico é definido levando-se em conta o marco dentro do qual está concebida toda a interpretação que se dará à perturbação que certamente afetará diferentes manifestações da vida do indivíduo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), define autismo infantil como:

uma síndrome presente desde o nascimento, que se manifesta

invariavelmente antes dos 30 meses de idade. Caracteriza-se por

respostas anormais a estímulos auditivos ou visuais, e por problemas

graves quanto à compreensão da linguagem falada. A fala custa a

aparecer e, quando isto acontece, nota-se ecolalia, uso inadequado dos

pronomes, estrutura gramatical imatura, inabilidade de usar termos

abstratos. Há também, em geral, uma incapacidade na utilização social,

tanto da linguagem verbal quanto corpórea. (CID,1984, p.81 apud SILVA, 2003).

Ainda de acordo com a definição da OMS, a criança autista desenvolverá problemas muito graves de relacionamento social, como incapacidade de manter contato visual, ligação social e jogos em grupo. O comportamento se manifestará de modo usualmente ritualístico, podendo incluir rotinas de vida anormais, resistência a mudanças, ligações a objetos estranhos e um padrão de brincar estereotipado (SILVA, 2003).

3 PSICANÁLISE E AUTISMO

A partir de uma prática clínica com crianças, no levantamento bibliográfico, verificou-se uma demanda que está inserida desde a construção do ideal que os pais fazem na gestação da criança. Para a psicanálise este transtorno se reflete em certa forma de se relacionar.

 “Quando os pais decidem ter um filho e esperam por ele, constroem um mito de que esta criança será melhor do que eles, de que herdando seus ensinamentos, se transformará em uma pessoa muito melhor do que a que os pais foram. Freud (1914) afirma que o filho é prolongamento do narcisismo parental, isto é, os pais veiculam em relação aos filhos uma série de desejos e demandas que se articulam na história dos desejos edipianos parentais. A entrada da criança na escola é marcada por esses significantes. É fator de ansiedade entre os pais a escolha da primeira escola, a escolha da melhor escola, que tenha os melhores professores, que forme os melhores alunos. No entanto, para uma criança que sofre de distúrbios graves, essa construção mítica não se sustenta, e toda a escolarização pode ficar fragilizada.” (SALGADO, 2012).

Além do desenvolvimento afetivo, deve-se olhar o desenvolvimento psíquico, que na psicanálise é chamado trânsito libidinal que está relacionado com as trocas de prazer e desprazer, o que quer dizer que a pessoa pode ser carinhosa e não estar fazendo o trânsito libidinal. A relação tem uma característica muito precisa, ela falha em um aspecto muito importante e esta falha não tem haver com a afetividade dos pais, não tendo relação com o afeto, existem autistas filhos de pais afetivos e até mesmo autistas afetivos (SALGADO, 2012).

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