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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO I JUÍZO MORAL NA CRIANÇA SEGUNDO JEAN PIAGET

Por:   •  17/7/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  174 Visualizações

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Introdução

Segundo o capítulo “As Regras do Jogo”, os jogos infantis organizam fantásticas instituições sociais. Contudo, para compreendermos sobre a moral na criança, é preciso destacar que toda a moral abarca um sistema de regras, e o fundamento de toda a moralidade deve ser averiguado a medida que o indivíduo absorve essas regras. Assim, revela-se que a criança já recebe através do adulto um conceito elaborado sobre regras morais, ou seja, há uma transferência do adulto para a criança sobre a importância do respeito para conviver em uma sociedade.

Para analisar esse processo é necessário destacar a importância de estudar dois grupos que dizem a respeito das regras do jogo. Primeiramente abordaremos sobre a prática das regras, ou seja, o modo como todas as crianças de idades opostas as aplicam constantemente. E em segundo plano, trataremos sobre a consciência da regra, isto é, a maneira pela qual cada criança de idades opostas interpreta o caráter obrigatório, sagrado ou decisório, a heteronomia ou a autonomia inerente as regras do jogo.

Em relação a prática de regras, segue as definições de cada estágio:

O primeiro estágio conceitua-se como motor e individual. Assim, o sujeito manipula os objetos em função do próprio desejo e para o seu domínio motor. Durante este estágio a regra ainda não é coercitiva, seja porque é puramente motora, seja (início do estágio egocêntrico) porque é suportada, como que inconscientemente, a título de exemplo interessante e não dê realidade obrigatória.

Já o segundo estágio pode ser chamado de egocêntrico, encontra-se em crianças de idades de dois a cinco anos. É nesse estágio que se inicia o momento em que a criança recebe do exterior o exemplo de regras codificadas, mesmo seguindo esses exemplos, esta criança joga, seja sozinha ou sem se preocupar em encontrar parceiros e sem procurar vencê-los e, nem por decorrência, padronizar variáveis modos de jogar. No decorrer deste estágio a regra é considerada como sagrada e intangível, de origem adulta e de essência eterna, toda a modificação proposta é conceituada pela criança como uma transgressão.

O terceiro estágio aparece em crianças por volta dos sete a oito anos, esta a qual chamaremos de cooperação nascente: onde ocorre o início da competição, no qual cada jogador busca vencer, ou seja, ganhar o jogo de seus vizinhos. Assim, dando o aparecimento das características principais desta fase: a Unificação das regras, isto é, somente se os participantes chegarem a se entender durante uma única partida de jogo. Neste estágio, a regra é considerada como uma lei imposta pelo consentimento mútuo, cujo respeito é obrigatório, deseja-se ser leal, permitindo-se que haja o consenso geral.

No quarto estágio (11 a 12 anos) encontra-se a codificação das regras, diante disto, existe um procedimento que será determinado por códigos das regras que será conhecido por toda a sociedade.

No que se refere à consciência das regras, está é composta por três fases: A anomia, que se define pela ausência de regras (estágio um e início do estágio dois). A heteronomia, que caracteriza as regras como sagrada e intangível, nesta a regra parte do adulto (apogeu do egocentrismo e estágio de cooperativo). E, por último, a autonomia em que a regra é consentimento mútuo baseado no respeito entre iguais (final do estágio de cooperação e de codificação).

Este trabalho, através de um teste, tem a finalidade de analisar na prática os conceitos acima citados.

Metodologia

O teste foi aplicado em uma menina de sete anos de idade. Primeiramente, o entrevistador leu uma história em que um pai bate no filho porque o menino pegou suas coisas para brincar; depois leu outra versão da mesma história, mas nessa o pai não punia o garoto, ele apenas explicava que não se pode mexer nas coisas dos outros. Depois da leitura, foi realizado um questionário para saber a opinião da menina sobre a conduta de cada personagem.

As perguntas foram feitas de modo a não direcionar as respostas dela, com o resultado foi feita a análise para ser definida a fase de desenvolvimento moral em que a criança se encontra.

Segue a transcrição do teste:

Entrevistador: Quem entregou?

Sujeito: Foi o que foi explicado pelo pai.

Entrevistador: Por quê?

Sujeito: Porque ele aprendeu que não deve pegar as coisas dos outros e que era uma coisa errada fazer isso, pegar as coisas dos outros.

Entrevistador: Qual dos pais é mais justo?

Sujeito:

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