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Psicanalise e o comportamento alimentar

Por:   •  1/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  440 Visualizações

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1. A anorexia geralmente inicia-se com a negação do apetite e o controle obsessivo do corpo. Para a ciência, esse aspecto pode indicar um transtorno alimentar proveniente de um quadro psiquiátrico. O diagnóstico da anorexia é determinado com base em características como a perda de peso intensa e intencional, através de dietas extremamente rígidas, busca desenfreada pela magreza, distorção grosseira da imagem corporal, medo intenso do ganho de peso e alterações do ciclo menstrual. Para o tratamento, é indicado acompanhamento psiquiátrico, médico e nutricional. Nesse caso, os profissionais necessitam de habilidade no aconselhamento educacional e comportamental, além de trabalhar em um passo que o paciente possa alcançar. No entanto, para o senso comum, que adquire sua sabedoria no cotidiano, a rejeição/negação do alimento é vista como “frescura” ou até mesmo doença, e, muitas vezes, tem como solução a imposição da alimentação, uma vez que comer é uma necessidade fisiológica essencial e cultural, além do fato de alguns associarem o peso a saúde, como a crença de que “criança gordinha é a mais saudável”. Assim, tal “diagnóstico” e “tratamento” podem agravar ainda mais o transtorno alimentar, além de retardar o real diagnóstico.

2. O alimento é um dos primeiros contatos com o mundo externo, uma vez que o bebê necessita do leite materno para se desenvolver e com o passar do tempo o simples prazer da saciedade é passado para o objeto que lhe proporciona a saciedade, o alimento. À mediada que a criança cresce, vai desejando coisas diferentes e encontra diferentes formas de gratificar esses desejos através das necessidades fisiológicas e descobertas. A forma como é conduzida a apresentação dos alimentos, bem como o meio social de interação, influenciam na relação afetiva alimentar durante a vida. Assim, os processos sensoriais proporcionarão registros na memória que associam as percepções sobre determinados alimentos. Na fase oral do desenvolvimento as necessidades básicas bem como a gratificação encontram-se na boca. Ao receber o alimento as tensões são aliviadas levando a associação do ato da alimentação com a redução da tensão e sensação de prazer pelo contato afetuoso do adulto. Nessa fase, ainda que a necessidade orgânica tenha sido saciada a criança ainda desejará sugar objetos por conta da pulsão que o direciona na busca pelo prazer. No entanto, quando a mãe não compreende os apelos do filho respondendo sempre com alimentação impossibilita a criança de distinguir entre fome e outras sensações de desconforto, desenvolvendo, no adulto, compulsão alimentar como forma de preencher o vazio desconhecido dentro de si. Essa incompreensão também pode desenvolver fixação na fase oral, em que a pessoa permanece envolvida com formas de gratificação simples decorrente da maturação psicológica incompleta. Outra situação associado a fase oral é a regressão, que consiste no retrocesso ao comportamento primitivo como forma de evitar a ansiedade, como no caso de pessoas que desconta as frustrações comendo excessivamente afim de sentir-se mais feliz e protegida como na fase em questão. Assim, percebe-se que o comportamento alimentar, bem como a escolha alimentar dependem da interação com o meio familiar, social e cultural no qual a criança está inserida e das experiências socioemocionais relacionadas a alimentação,

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